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Desafio das 5 frases
Ia andando pelas ruas desertas e pensando nela. Não conseguia acreditar que ainda estavam separados. Sentia fome. Mas não era avidez por comida que lhe turvava os outros sentidos naquele momento, sua sofreguidão refletia a falta dela. Onde estaria? O que estaria fazendo? Chutou uma latinha pra descontar um pouco da sua frustração. Não adiantou. Apressou o passo.
Sentiu as primeiras gotas de chuva. Não se importou. Parou um pouco e olhou para cima, fazendo uma prece silenciosa.
"Se ela voltasse..." - O que? O que faria? Nem acreditava em Deus para início de conversa. Aquela era a sua primeira oração desde que passou a ter livre arbítrio para escolher entre orar ou não. Melhor deixar isso para lá. Focou a rua e apressou ainda mais o passo. As gotas de chuva estavam parecendo lascas de gelo sob a sua pele. Estava completamente gelado. Ia acabar pegando uma pneumonia. Era só o que faltava. Doente e solitário. Perfeito.
Ao chegar à porta do seu apartamento notou uma pequena caixa em cima do seu capacho. Quem a colocara ali? O que teria dentro? Aquele objeto devia significar alguma coisa. Se aproximou e pegou-a. Era um embrulho retangular, achatado e fino. Possuía um enorme laçarote azul, tão grande que parecia desproporcional à caixa que fechava. A curiosidade o fustigava e a cautela o prendia. Puxou a fita e o laço se desfez. Levantou a tampa com cuidado. Dentro havia um bilhete com letras sinuosas.
"Nada para Deus é impossível. Abra a porta e terás uma surpresa".
Pegou a chave no bolso o mais rápido conseguia. Inseriu-a na fechadura. Simplesmente não pensara nas consequências. Girou a chave e escancarou a porta. Sobre o sofá estava ela, como se nada os tivesse separado todas aquelas semanas. Recostada sob as almofadas, meio deitada meio sentada, olhava o teto enquanto ouvia seu Ipod. Batucava nas pernas a melodia. A casa cheirava a ela. Não podia ser uma ilusão. Estava ali mesmo, tinha que estar. Aproximou-se pra tocá-la e confirmar que não estava enlouquecendo. Percebendo a movimentação, ela o encarou. E assim permaneceu, sem se mexer. Seus olhos cintilavam na escuridão do apartamento, cuja única luz provinha da lua que entrava pela janela. Ainda acompanhando a melodia com as mãos, continuava ouvindo a música e mantendo aquele brilho provocante no olhar. Conhecia aquela expressão. Ela o havia perdoado e terminariam a noite no quarto. Tocou-a na face, enquanto pensava:
"Obrigado Deus, nunca mais duvidarei do Senhor".

"Se ela voltasse..." - O que? O que faria? Nem acreditava em Deus para início de conversa. Aquela era a sua primeira oração desde que passou a ter livre arbítrio para escolher entre orar ou não. Melhor deixar isso para lá. Focou a rua e apressou ainda mais o passo. As gotas de chuva estavam parecendo lascas de gelo sob a sua pele. Estava completamente gelado. Ia acabar pegando uma pneumonia. Era só o que faltava. Doente e solitário. Perfeito.
Ao chegar à porta do seu apartamento notou uma pequena caixa em cima do seu capacho. Quem a colocara ali? O que teria dentro? Aquele objeto devia significar alguma coisa. Se aproximou e pegou-a. Era um embrulho retangular, achatado e fino. Possuía um enorme laçarote azul, tão grande que parecia desproporcional à caixa que fechava. A curiosidade o fustigava e a cautela o prendia. Puxou a fita e o laço se desfez. Levantou a tampa com cuidado. Dentro havia um bilhete com letras sinuosas.
"Nada para Deus é impossível. Abra a porta e terás uma surpresa".
Pegou a chave no bolso o mais rápido conseguia. Inseriu-a na fechadura. Simplesmente não pensara nas consequências. Girou a chave e escancarou a porta. Sobre o sofá estava ela, como se nada os tivesse separado todas aquelas semanas. Recostada sob as almofadas, meio deitada meio sentada, olhava o teto enquanto ouvia seu Ipod. Batucava nas pernas a melodia. A casa cheirava a ela. Não podia ser uma ilusão. Estava ali mesmo, tinha que estar. Aproximou-se pra tocá-la e confirmar que não estava enlouquecendo. Percebendo a movimentação, ela o encarou. E assim permaneceu, sem se mexer. Seus olhos cintilavam na escuridão do apartamento, cuja única luz provinha da lua que entrava pela janela. Ainda acompanhando a melodia com as mãos, continuava ouvindo a música e mantendo aquele brilho provocante no olhar. Conhecia aquela expressão. Ela o havia perdoado e terminariam a noite no quarto. Tocou-a na face, enquanto pensava:
"Obrigado Deus, nunca mais duvidarei do Senhor".
