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Desencontros

Posted by Nanda Cris on 28 de outubro de 2011 22:15 in ,


Assim que vi a imagem que a Olhos Celestes escolheu pra mim meu cérebro começou a borbulhar... e eu precisei psicografar minha estória, rs! Acho que foi o meu recorde de tempo! Espero que gostem e sim, já vou avisando, que tem romance! Kkkkk.


X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X.X


-Duvido! Duvido! Duvido! - Samuel falava de um modo cantado, enquanto dançava algo muito semelhante a um ritual da chuva.

Danilo apenas o olhava. "Meu Deus, porque ainda mantenho essa amizade?" pensou consigo mesmo. Continuou encarando o amigo e viu quando, ainda dançando, Samuel tentou beber um gole de Diaka direto da garrafa. Estava tão embriagado que só Deus sabe como ele ainda conseguia se manter em pé. Seu pai o mataria por aquela iguaria líquida ter sido consumida assim, levianamente, pelo seu amigo, e sua mãe o ressucitaria só para matá-lo novamente caso Samuel vomitasse no tapete persa dela. Depois de meia garrafa de vodka, esta era uma possibilidade nem um pouco remota. Suspirou. Correu os olhos pela sala. Não conseguia entender ainda como aquela festa na sua casa tinha começado. Parece que alguém espalhou um boato e todo mundo apareceu para conferir. Estava tudo um pandemônio e ele só queria subir até seu quarto, trancar a porta, botar seus headfones no último volume e jogar um pouco de World of Warcraft. Mas se tudo já estava um caos com ele ali, tentando contemporizar, imagina se simplesmente fizesse como Pilatos e lavasse aos mãos? "Não, definitivamente é melhor permanecer aqui". Continuou olhando em volta, observando cada rosto. E foi então que a viu. Helena. Belíssima como sempre. Ela ria de alguma coisa que Luciana, sua melhor amiga, tinha dito. Que sorriso... perdeu-se ali. Naqueles olhos azuis, naquele cabelo negro e sedoso. Sentiu seu ombro chacoalhar. Era Samuel.

-Terra chamando Danilo! Alooooooouuuuu! - Cambaleou até ficar entre Danilo e Helena, cortando sua contemplação sem nem mesmo perceber. Nada adentraria naquela névoa densa de álcool, pensou Danilo, muito menos algo que ele não sabia e não poderia nem imaginar ou transformaria em motivo de chacota. - Cara, você vai ou não topar o desafio?

- Me dê um bom motivo para isso. - Danilo tentava manter a calma. Nunca teve muita paciência para bêbados.

- Ora, para mostrar a Helena como você pode ser engraçado e não esse maldito intelectual pedante.

Danilo apenas o encarava. Como ele poderia saber de Helena? Nunca havia falado do que sentia por ela para ninguém.

- Agora eu tenho sua atenção, hã? - Samuel ria, um riso sádico de quem se regozijava por não ter sido passado para trás. - Um dia vou tirar uma foto da sua cara de idiota quando olha para ela. Você não precisava me dizer, bastava adivinhar. Todo mundo do colégio já sabe. Acho que até mesmo ela! - falava tão alto que todos que estavam perto podiam escutar, apesar das caixas de som em um volume não permitido para o adiantado da hora.

Danilo encarou-a através da multidão. Ela desviou o olhar assim que seus olhos se cruzaram. "Merda", pensou para si mesmo. "Se ela quer um babaca sem cérebro, eu posso me tornar um desses." - Pegou o maço de cigarros que Samuel esticava para ele e começou a abrí-lo. Samuel urrava de felicidade, e chamava a atenção de todos, como se fosse um apresentador de circo gritando a plenos pulmões o que Danilo faria.
O desafiado não levantava os olhos, estava concentrado na sua tarefa. Se faria aquela idiotice, faria do melhor jeito possível. Colocou todos os cigarros na boca e pegou o isqueiro que Samuel estendia enquanto pulava sem sair do lugar, mal contendo sua felicidade. Para não perder a coragem, fechou os olhos. Torceu para não tossir. Nunca havia fumado e ia começar logo com 20 cigarros de uma vez. Mas Helena merecia esse sacrifício. Merecia muito mais. Já estava quase acendendo os cigarros quando sentiu uma mão em seu braço, abriu os olhos e encarou Luciana, a menina que fizera Helena rir há alguns minutos atrás. Deveria estar ridículo com aqueles cigarros todos na boca, os olhos arregalados de espanto. Mas Luciana não parecia nem notar aquilo, encarava-o com o semblante fechado. Desviou o olhar para onde Helena estava antes daquele espetáculo começar. Ela não estava mais lá. Tirou os cigarros da boca para pedir uma explicação, mas Luciana já estava falando, falava tão rápido que era difícil de entender com o som alto da música:

- Não sei qual o seu intuito com esta palhaçada, mas eu já estou de saco cheio de escutar a Helena suspirando pelos cantos por você e não ver nenhuma atitude sua de se aproximar. Hoje, quando seu amigo gritou aos quatro ventos que você gostava dela, achei que finalmente teríamos um pouco de ação nessa estória. E o que você faz? Você...

Danilo interrompeu-a, meio desnorteado com a descoberta:

- Peraí, Helena suspirando pelos cantos... por mim?

- Sim, seu idiota. Ela gosta de você desde a sexta série! Mas ela gosta de você como você é e não fazendo macaquices para agradar seu amigo imbecil. - E lançou um olhar de desprezo para Samuel que nada percebeu pois estava recolhendo apostas com um chapéu pela sala.

- Onde ela está?

- Falou que ia para casa, que tinha se enganado com você.


Danilo não falou nada, não agradeceu, apenas correu, correu e correu como nunca havia corrido em sua vida. Alcançaria Helena e a beijaria como tantas vezes havia feito em sua imaginação. Se ela queria um intelectual pedante ao seu lado, não havia mais o que protelar.

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Posted by Olhos Celestes on 20:20 in ,
Vou aproveitar para desafiar a Nanda, amiga, aceita essa imagem?

E desafio também o Balta com as seguintes frases:
• Não fui eu, eu juro!
• Sai desesperado, deixando-a de cabeça baixa entre lágimas.
• Vai se catar e me deixa em paz...
• Ele é seu?
• Eu te amo!
Aceita?

E PatyDeuner, desafio-te com as seguintes frases:
• Isso é um relógio?
• Caminhava lentamente pela rua escura
• Sorri ao ver aquela cena
• Me deixe trabalhar, por favor.
• Mas, você é o meu melhor amigo!
Aceita?

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Desafios pendentes + novo desafio

Posted by Nanda Cris on 19:23 in ,
Gente, fiz uma varredura meio rápida nos desafios e achei alguns pendentes. Atenção: não é uma cobrança, é que eu queria lançar novos desafios e queria saber quem tinha algum pendente. Aí, de quebra, facilito a localização e relembro quem esqueceu.
O mundo só termina em 2012, então, sem pressa minha gente!!!
Se estiver faltando algum, galera, podem editar meu post. Como eu disse, a varredura foi rápida, então eu posso ter deixado algo passar. (sou de gêmeos e muito dispersa, kkk)

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Paty para continuar sua saga:

1. A vela já estava quase se apagando.
2. Por favor, não o mate!
3. Você sabe manejar uma espada?
4. O cavalo relinchou, em protesto.
5. A água do rio estava gélida e intempestuosa.

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Balta:



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Kbeça:



e

1- Quero 1 milhão de dólares por isso.
2- Quando abriu a porta, seu coração acelerou.
3- Sério, como alguém poderia querer algo assim?
4- Os quadros eram do século passado.
5- Ela começou a chorar desesperadamente

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Marcinha:



e

O ano era 5423. Dentro na nave não era possível sentir frio ou calor. Sua localização era tão distante do planeta Terra, que não dava para adivinhar se era dia ou noite. Os mantimentos estavam acabando. No ar, era possível sentir a tensão. Pela janela dispontava um planeta novo. Sua crosta era nebulosa. Não era possível avistar muita coisa da nave.

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Agora vamos ao novo desafio!
Srta Olhos Celestes, futura senhora Balta e mãe do Júnior, aceita a imagem abaixo?


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Uma pequena homenagem

Posted by Kbeça on 11:16 in , , , , , ,
Para o casal Balta e Denize, uma singela homenagem.


Eduardo E Mônica
Renato Russo - Legião Urbana

Quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eram
Enquanto Mônica tomava um conhaque
Noutro canto da cidade
Como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram no começo pra tentar se conhecer
Foi um carinha do cursinho do Eduardo que disse
- Tem uma festa legal e a gente quer se divertir
Festa estranha, com gente esquisita
- Eu não estou legal, não aguento mais birita
E a Mônica riu e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
- É quase duas, eu vou me ferrar

Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de camelo
O Eduardo achou estranho e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo

Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
De Van Gogh e dos Mutantes
Do Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda estava
No esquema "escola, cinema, clube, televisão"

E, mesmo com tudo diferente
Veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia
Como tinha de ser

Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro e artesanato e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar
E ela se formou no mesmo mês
Em que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela e vice-versa
Que nem feijão com arroz

Construíram uma casa uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana e seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram

Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo
Tá de recuperação

E quem um dia irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer
Que não existe razão?

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História de ginecologista

Posted by PatyDeuner on 09:06 in , , , , , ,


 Numa estação de radio canadense, dão um prêmio de
U$1.000 a U$5.000 dólares à  pessoa que contar um fato verdadeiro e que tenha ocasionado um verdadeiro embaraço, daqueles que nos fazem querer enfiar-nos pelo chão abaixo.
    Esta historia recebeu o premio de 5.000 dólares.
                         



Narração: 

                          "Com consulta marcada no ginecologista para essa
semana, ficaram de me avisar o dia e a hora. Logo pela manhã, recebo um telefonema da secretária do consultório, informando que a minha  consulta estava marcada pela manhã, as 9:30hs.
                          Tinha acabado de tomar café com meu marido e as crianças, iniciando meus afazeres. Eram precisamente 08h45hs. Fiquei em pânico, não tinha um minuto a perder.
                          Tenho a certeza de que sou igual a todas as
mulheres e que temos, todas, muito cuidado e uma particular atenção com a nossa higiene pessoal, principalmente quando vamos ao ginecologista, mas, desta vez, eu nem sequer tive tempo de tomar uma ducha. Subi as escadas correndo, tirei o pijama, agarrei uma toalhinha lavada e dobrada que estava em cima da borda da banheira, desdobrei-a e molhei-a passando-a depois, com todo o cuidado, pelas partes íntimas, para ter a certeza de que ficaria o mais limpa possivel.
                          Joguei a toalhinha no saco da roupa suja, vesti-me e voei para o consultório.
                          Estava na sala de espera, sentada por alguns minutos, quando me chamaram para fazer o exame. Como ja sei o procedimento, deitei-me sem ajuda na maca e tentei, como sempre faço, imaginar-me muito longe dali, num lugar assim como  nas Ilhas Caribenhas, ou em qualquer outrolugar lindo, e  pelo menos, a 10.000 km daquela mesa. Fiquei muito surpresa quando o meu médico me falou:
                          - Oh la la! Hoje de manhã fez um esforção surpreendente, ficou toda bonita!
                          Bem produzida!
                          Não recebi muito bem o elogio, mas não respondi e estranhei muito a observação do meu ginecologista.
                          Fui para casa tranquila e o resto do dia
desenrolou-se normalmente. Fui ao mercado, preparei o almoço, tive tempo de ler uma revista, etc. Depois da escola, já terminadas as suas tarefas, minhafilha de 9 anos estava querendo ir brincar com a filha  da vizinha e gritou do banheiro:
                          - Mamãe! Onde e que está a minha toalhinha?
                          Gritei de volta que tirasse uma do armario. O comentário do médico martelava na minha cabeca, sem descanso, e a minha filhinha disse-me só isto:
                          - Não, mamãe, eu não quero uma toalhinha do armário; quero aquela que estava dobrada na borda da banheira. Foi nela que eu deixei todas as minhas purpurinas e as estrelinhas douradas.

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Curriculum Vitae

Posted by Baltazar Escritor on 27 de outubro de 2011 22:53 in , , , , ,
A testa suando, a expectativa, geralmente essas empresas procuram profissionais mais preparados, mas vamos lá, apresento meu curriculum:

A. Baltazar Souza
Idade: indefinida (mentalmente)
Estado civil: Tentando casar (até que se cumpra o ato matrimonial socialmente aceito)
Vaga pretendida: Marido (aceitando as funções cumulativas de pai de família e amante eterno)

Resumo das qualificações:


  • Apaixonado;
  • Sabe lavar, sujar e bem... ninguém é perfeito;
  • Aprende rapidamente (pode contar comigo na hora de ensinar a trocar as fraudas e passar talquinho);
  • Assume responsabilidades, entre outras.
Qualificação profissional:

  • (Esta área vai ter que ficar em branco, pois não possui experiencia, sendo o a primeira vez que se candidata a algo no ramo em definitivo, não adianta consultar ex-namoradas, tudo o que elas dizem é mentira, passível de calúnias e pode ser considerado um ato de estrema ignorância levar a sério certas acusações infundadas e falsos argumentos)
Referências:

  • (Esta área também terá que ficar em branco pelos mesmos motivos citados acima)
Pretensão salarial:

  • Todo seu amor, sem descontos e com juros por minuto.

Envio este curriculum para ser analisado por Denize Ternoski e meu filho (no momento chamado "Junior"), me ponho à disposição para inicio imediato.

Obs: Junior, eu sei que você só tem um mês e meio de existência, que em meio ao seu mundo novo em um mundo novo você ainda não me viu. Peço que leve em consideração o grande amor que sinto por você, desde que recebi a noticia de que você viria tenho me preparado, o máximo que posso pra ficar à altura da vaga solicitada o mais rápido possível. Não sabe a alegria que me dá saber que terei a honra de ser seu pai, prometo que se me aceitar farei de você a criança mais feliz do mundo, o que é apenas uma retribuição a você a à sua mãe, que me fizeram o homem mais feliz.

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O elefante Juca

Posted by PatyDeuner on 22:51 in , , , ,
Respondendo ao desafio das imagens da Nanda. Resolvi escrever mais uma estória para crianças.

Acordei três horas da madrugada. Acho que nem consegui dormir direito repassando o plano na minha cabeça. Eu só tenho dez anos, mas sou muito inteligente. E esperto!
Combinei tudo com o Gervásio meu amigo. Ele já é adulto sabe, mas me entende, e vai me ajudar com o meu plano.
Deixa eu explicar pra vocês. Moro no circo desde que nasci, e meu pai é um palhaço. Quero dizer, ele trabalha como palhaço, e é muito engraçado! Minha mãe não faz nada no circo. Nada de apresentação no picadeiro é claro, porque ela trabalha muito cozinhando pra todos os artistas daqui. E eu, bem, eu ajudo um pouquinho alimentando os animais e fazendo alguma limpeza que o chefe Cartola pede. Mas gosto mesmo é de equilibrar na corda. Quero ser um equilibrista quando crescer sabe. Ainda caio muito, e minha mãe se esgoela me xingando. Mas vou continuar treinando, porque um dia vou ser um grande equilibrista!
Bom, na verdade o que eu queria contar mesmo é sobre o Juca. Juca é o elefante que chegou aqui ainda um bebezinho como eu. Somos grandes amigos. Quando eu tinha três anos ele já era o meu melhor amigo. Eu sempre dou água, comida e escovo ele todos os dias. Somos inseparáveis. Quero dizer, quase inseparáveis, porque nos últimos meses ele anda todo triste. Muito triste mesmo. Tenho passado todas as tardes brincando com ele, passeando e tudo, pra ver se ele anima um pouco. Até roubei algumas verduras que ele adora da cozinha da mamãe, e nada.
Foi ai que meu amigo Gervásio falou.
- Tonho, os bichos não gostam de ficar presos e nem sozinhos. O Juca ficaria muito mais feliz junto de outros elefantes como ele na floresta.
E eu disse.
- Mas eu fico com ele todo dia, brinco e dou comida e tal. E todos aqui são bonzinhos com ele.
Mas o Gervásio falou que isso não era suficiente pro Juca. Os animais não foram feitos pra ficarem presos e nem dando duro trabalhando no circo.
Fiquei pensando nisso um tempão. E decidi pedir ajuda pro Gervásio pra tirar o Juca daqui. Não posso dizer que estou muito feliz de perder meu melhor amigo, mas se é pra ele ser feliz vou até o final desse plano.
E tinha chegado a hora. Então, sai bem devagarzinho do trailer para não acordar ninguém e corri até o Juca que estava mais triste do que nunca. O circo ia embora logo mais, então os caminhões já estavam prontos com os animais para a viagem. Por isso tinha que ser hoje.
Foi ontem que consegui pegar a chave do caminhão do Juca lá no trailer do chefe Cartola. Morri de medo, mas ninguém me pegou. Eu sou muito esperto mesmo!
Quando cheguei perto do portão, Gervásio já estava lá. Não falamos nada porque podia acordar alguém. Dei as chaves do caminhão pra ele e abri o portão.
Só pra vocês saberem, o Gervásio já tem carta de motorista e sabe dirigir muito bem. Ele sempre dirigia o caminhão do pai dele. E como eu, ele adora os animais!
Cheguei perto das grades onde o Juca estava pra me despedir. Olhei pra ele e meus olhos ficaram cheios d’água. Meu coração tava muito apertadinho, doendo a beça. Mas eu não ia chorar. Papai falou que homem não chora. Aí falei pro Juca:
- Juca, eu te amo muito amigo, e por isso vou te dar um presente. A liberdade. Sabe o que eu quero dizer né?
O Juca estendeu a tromba em cima da minha mão e deu uma fungada. Acho que era o jeito dele se despedir. Ele sabia que estava indo embora e ficou ali, fungando na minha mão.
Gervásio ligou o caminhão e começou a sair devagarzinho.
- Juca. Espero que você faça muitos amigos lá fora, mas não esquece de mim não. Eu nunca vou esquecer você.
E o caminhão foi indo....e eu fiquei ali acocorado sem conseguir segurar o choro. Acabou que chorei muito mesmo. E rezei também. Pedi pra Deus pro Juca ser feliz. Para sempre.

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Contando historinhas infantis

Posted by Kbeça on 18:53 in , , , ,

Navegando na net me deparei com este post e achei legal coloca-lo aqui. Eu ia editá-lo, mas achei-o tão completo que preferi não alterar nada.

Segue:

"Aprenda a contar histórias para os pequeninos.
Ler histórias para uma criança parece ser simples, mas se você não gostar de ler vai acabar achando uma tarefa enfadonha e pior, vai passar essa sensação para a criança.
Deixe-se envolver pela história escolhida, entre na fantasia, brinque, participe, represente, transforme-se.
 Ler histórias faz bem não só para a criança, também é bom para o adulto porque trás de volta suas memórias infantis.

Tente lembrar-se do clima que se instalava ao seu redor quando você era criança e ouvia alguém ler um belo conto de fadas.

Lembra como você se sentia? Como era deliciosa aquela sensação de estar dentro da fantasia? Então, retome aquela sensação e transmita a mesma coisa, deixe a sua criança interior brincar com a criança sentada ao seu lado...

Histórias infantis dão muito prazer às crianças; não só porque são uma oportunidade dos “pequenos” estarem junto de você, mas por mostrarem outras culturas, valores, modos diferentes de viver.

Quando as crianças pedem repetidamente uma mesma história é provável que elas estejam vendo alguma relação com sua própria vida, seus medos e seus sonhos. Ouvindo elas aprendem a separar realidade de devaneio, liberam suas fantasias, aprendem sobre passado, presente e futuro, desenvolvem a imaginação, aprendem sobre memória, sobre sonhos, emoções.

O adulto é muito importante para ensinar a criança a gostar de ler.
Não pense que basta “mandar” sua criança ler ou estudar, ela só vai tomar gosto pela leitura se vivenciar esses momentos em que você se senta a seu lado e dramatiza aleitura de histórias infantis.

Num folheto do Fundo Itaú Social, onde era promovida a Coleção Itaú de Livros Infantis, eu encontrei estas 8 dicas maravilhosas para ajudar você a se transformar num grande contador de histórias:

1. Escolha uma história que encante, antes de tudo, a você mesmo, só assim você vai conseguir encantar a criança.

2. Procure um local agradável e confortável para que você se sinta bem e a criança se acomode.

3. Tente dar vida aos personagens usando a voz, o ritmo e o seu corpo inteiro.

4. Divida a narrativa com a criança, dê a ela a oportunidade de repetir a fala dos personagens.

5. Não fique dando explicações no meio da narrativa, a história deve bastar para preencher a fantasia infantil.

6. Use olhares enigmáticos, convide a criança a tentar adivinhar o que vai acontecer.

7. Leia e releia a histórias em várias ocasiões, assim a criança terá oportunidade de ir descobrindo novos detalhes.

8. Faça perguntas sobre os personagens: Quem é este? Onde está aquele? O que eles estão fazendo? Permita que a criança participe."

Ctrl+C e Ctrl+V daqui.

Aproveitando a deixa: já conhece o projeto Contadores de Histórias?

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Histórias abandonadas

Posted by Olhos Celestes on 25 de outubro de 2011 15:16 in ,
Respondendo ao desafio do tempo e espaço

"A casa estava toda na escuridão, a única luz que entrava pela janela vinha do vizinho da frente. Um barulho como passos ecoava do lado esquerdo da casa, de forma lenta, meticulosa. O ambiente era abafado, os moveis estavam todos cobertos com lençóis que já foram brancos. No chão, uma camada de poeira e algumas pegadas que seguiam para a direção do barulho. O cheiro de mofo impregnava tudo."

Eu estava caminhando lentamente, aturdida, quase desesperada. Procurava uma idéia nova quando fui parar ali, aquele lugar inconfundível, aquela casa... Quanto tempo fazia que eu não vinha aqui? Meses? Talvez anos? Tudo do jeito que eu tinha deixado, ou quase, estava tudo abandonado! Eu permiti que isso acontecesse... Como? Uma dor penetrou em meu coração. Aquela casa, cenário de tantas coisas maravilhosas, meticulosas, monstruosas, estava entregue ao caos do abandono.

Não que ela fosse tão bonita, na verdade quando a encontrei já estava abandonada, mas eu resgatei-a, dei vida novamente a ela, transformei aquela casa em cenário para meus personagens mais brilhantes! Dei móveis novos a ela, usei seus esconderijos, iluminei-a, transformei-a. Ao término de cada episódio eu cobria tudo de novo com lençóis brancos, fechava todas as janelas e portas e certificava-me de que tudo estaria perfeito para o episódio do dia seguinte. E foi assim por muito tempo...

Decidi entrar na casa, desesperava-me olhar aquelas janelas quebradas, o mato crescido em volta das paredes pichadas... Mas, lá dentro meu coração continuou a bater devagar, sofrendo. A pouca luz que entrava era da casa do vizinho da frente. Liguei o interruptor, certamente haviam cortado a luz há algum tempo. Mas, eu podia ver por todo o lado o pó e as traças, o cheiro típico de urina de rato, e a casa rugiu debaixo dos meus pés, como um pedido de socorro, e as lágrimas começaram a escorrer por meu rosto.

Os lençóis estavam escuros, ergui um deles para ver como estava o meu piano de calda, não devia ter feito isso, ele sorriu pra mim, me chamou, pediu também socorro. Coloquei o lençol de volta com relutância e continuei a caminhar pela casa, que continuou rangendo, como se para me punir pelo seu abandono. Entrei no quarto, encontrei a passagem secreta no chão, debaixo de tanta poeira. Minhas roupas estavam cheias de pó, aquele cheiro de mofo me perturbava. Abri o alçapão, mas estava muito escuro lá em baixo, eu não tinha uma lanterna, apareci ali por acaso, não estava preparada. Fechei-o e sai.

Do lado de fora da casa me permiti fechar os olhos e respirar um pouco, calmamente para que minha imaginação não me levasse a outro lugar, eu queria estar ali agora. Voltei-me então para a casa, olhei-a de novo com certa dor.

- Me desculpe por tê-la abandonado, me desculpem por ter abandonado todos vocês...
Falei não só para a casa, mas o mais importante, para todos os meus personagens que faziam parte da história daquela casa e que eu tinha deixado para trás, por falta de tempo ou de idéias. Pedi desculpas a todos, com uma dor enorme no coração, e concertei o meu erro.

Sorri vendo o dia clarear e a casa estar viva novamente, sorri olhando meus personagens continuando suas histórias ali, sorri vendo um lugar abandonado em minha imaginação voltar a viver, sorri pensando em terminar logo essa história que eu havia abandonado e contá-la mais tarde para os meus filhos, e voltei para o aconchego do meu quarto, com um caderno e um lápis na mão. Às vezes as melhores idéias são aquelas que abandonamos achando que eram ultrapassadas ou até inúteis pra qualquer coisa. E sorri mais uma vez, entre lágrimas, lembrando que eu havia me abandonado junto com a casa, e que eu não devo nunca mais esquecer quem eu sou: uma escritora sonhadora.

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Sobre meu afastamento do blog

Posted by Kbeça on 24 de outubro de 2011 17:04 in , ,
          Assim mesmo, a revolução dos costumes representa uma abertura para a melhoria do orçamento setorial. É claro que o surgimento do comércio virtual promove a alavancagem das formas de ação. Gostaria de enfatizar que o aumento do diálogo entre os diferentes setores produtivos apresenta tendências no sentido de aprovar a manutenção de alternativas às soluções ortodoxas. O que temos que ter sempre em mente é que a complexidade dos estudos efetuados auxilia a preparação e a composição do investimento em reciclagem técnica. Evidentemente, a hegemonia do ambiente político acarreta um processo de reformulação e modernização das regras de conduta normativas.

          Acima de tudo, é fundamental ressaltar que a consolidação das estruturas desafia a capacidade de equalização do remanejamento dos quadros funcionais. A prática cotidiana prova que a mobilidade dos capitais internacionais obstaculiza a apreciação da importância dos relacionamentos verticais entre as hierarquias. Por conseguinte, o acompanhamento das preferências de consumo garante a contribuição de um grupo importante na determinação da gestão inovadora da qual fazemos parte. No entanto, não podemos esquecer que a constante divulgação das informações deve passar por modificações independentemente das condições financeiras e administrativas exigidas. Desta maneira, o julgamento imparcial das eventualidades é uma das consequências das posturas dos órgãos dirigentes com relação às suas atribuições.

          O empenho em analisar a crescente influência da mídia estende o alcance e a importância dos conhecimentos estratégicos para atingir a excelência. Caros amigos, o desafiador cenário globalizado não pode mais se dissociar das novas proposições. Ainda assim, existem dúvidas a respeito de como o novo modelo estrutural aqui preconizado agrega valor ao estabelecimento do fluxo de informações. Do mesmo modo, a percepção das dificuldades facilita a criação do sistema de participação geral.

          No mundo atual, a contínua expansão de nossa atividade assume importantes posições no estabelecimento das direções preferenciais no sentido do progresso. O cuidado em identificar pontos críticos no início da atividade geral de formação de atitudes talvez venha a ressaltar a relatividade das condições inegavelmente apropriadas. É importante questionar o quanto a consulta aos diversos militantes maximiza as possibilidades por conta do impacto na agilidade decisória.

          A nível organizacional, a estrutura atual da organização exige a precisão e a definição dos modos de operação convencionais. O incentivo ao avanço tecnológico, assim como a valorização de fatores subjetivos aponta para a melhoria dos índices pretendidos. Não obstante, a execução dos pontos do programa oferece uma interessante oportunidade para verificação dos paradigmas corporativos. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o fenômeno da Internet pode nos levar a considerar a reestruturação do processo de comunicação como um todo.

          As experiências acumuladas demonstram que o desenvolvimento contínuo de distintas formas de atuação causa impacto indireto na reavaliação dos procedimentos normalmente adotados. Podemos já vislumbrar o modo pelo qual o comprometimento entre as equipes estimula a padronização dos níveis de motivação departamental. Neste sentido, a determinação clara de objetivos afeta positivamente a correta previsão das diversas correntes de pensamento.

          Por outro lado, o entendimento das metas propostas cumpre um papel essencial na formulação do levantamento das variáveis envolvidas.



Calma, calma. Não entendeu nada? Achou complicado? Então acessa aqui. Ou se preferir uma única frase, acesse aqui. Divirta-se.


Há! E quanto ao título, apenas ignore. Assim como o texto, não quer dizer nada. É só para chamar atenção. :D

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"Gosto de mulher PERFEITA!" versão Adele

Posted by Kbeça on 14:18 in , , , , ,
Ela também concorda comigo.





























Show de bola.

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Resposta ao Desafio do Tempo e do Espaço : Inimigos Noturnos (parte 1)

Posted by Nanda Cris on 23 de outubro de 2011 17:16 in ,
Fui desafiada pela Marcinha há algumas luas atrás (desculpa mana, pela demora) e aqui está o desafio e a resposta:

A noite estava um verdadeiro breu e os faróis do carro iluminavam apenas alguns metros à frente na estrada. Acelerava o carro o mais que podia, tinha certeza que o veículo de tras estava seguindo o seu. Não muito longe, já podia ver as luzes da cidade mais próxima. O ponteiro do combustível estava tão baixo que o carro podia parar a qualquer momento. Havia uma arma debaixo do banco, mas não tinha certeza se estava carregada. E, a cada curva acelerada, algo pesado se batia contra as paredes internas do porta-malas.


Ray sabia que sair à noite não era uma escolha sábia. Desde que a cidade fora tomada por aquelas estranhas criaturas, se aventurar após o sol se pôr não era a melhor opção para manter-se vivo. Mas aquela pista tinha sido impossível de deixar pra lá. Agora, olhando pra trás, se perguntava se tinha sido uma armadilha. Enfim, não importava mais. Estava dentro daquele carro roubado cujo farol não funcionava direito. Mal conseguia ver 1 metro à sua frente. Para piorar a situação, nenhum poste de iluminação funcionava à meses. As criaturas haviam quebrado as lâmpadas todas. Mas não enxergar a estrada era o seu menor problema. Vivia na cidadezinha de Clanton desde que nascera. Conhecia cada palmo daqueles arredores. Poderia dirigir por ali de olhos fechados e chegar no seu destino sem amassar o paralama. Seu problema principal naquele momento era o carro que o estava seguindo. Não sabia que aqueles seres estranhos sabiam dirigir. Se perguntava o que mais eles sabiam. Não, era melhor nem saber. Olhou o combustível. Já estava quase no final da reserva. Era sempre assim com ele, o destino tinha que reservar um carro cujo farol não funcionava e ainda por cima não estava abastecido. Maravilha. Pisou ainda mais no acelerador e conseguiu definir no horizonte umas poucas luzes. Devia ser Grisham, a cidade vizinha. Será que Forrest, seu amigo de longa data, ainda estaria vivo? Torcia para que sim, porque, sem ele não havia mais esperança. Fez uma curva fechada com o carro, entrando no matagal para tentar despistar a criatura que o seguia. Aquele ser não era muito inteligente, então, havia uma vã esperança de escapar assim. Escutou algo batendo pesadamente dentro do porta malas. "Desculpe Anna", pensou com pesar. Olhou para o retrovisor, conseguira. Despistara a criatura. Retornou para a estrada. Resolveu desligar os faróis. Só serviam para chamar a atenção. Aproveitou-se do retão que tinha à sua frente e vasculhou embaixo do banco da carona. Morar numa cidade pequena tinha suas vantagens. Sabia que o dono daquele carro, o juiz Reuben, sempre andava com uma arma ali. Tateou mais um pouco e achou. Abriu o tambor da arma e soltou um suspiro de alívio. Estava carregada. Colocou-a sobre as pernas e entrou em uma ruela, mais um pouco e chegaria na casa de Forrest. O carro estremeceu e morreu. Pane seca, que ótimo! Pelo menos estava perto do seu destino. Desceu o mais rápido que pôde do veículo, colocando a arma no cós da calça jeans com uma mão, enquanto abria o porta malas com a outra. O tempo era primordial. Quanto mais exposto na rua, menos probabilidade de se salvar e à Anna. Ela estava desacordada ainda. Pegou-a e colocou sobre os ombros. Começou a correr, tentando fazer o mínimo de barulho possível e mantendo-se nas sombras. Conseguiu chegar surpreendentemente sem transtornos ao seu destino. Bateu na porta e esperou, o coração aos saltos. Rezou para que Forrest ainda fosse um deles. Ouviu passos arrastados dentro da casa que pararam perto da porta principal. A maçaneta girou e ele viu Forrest. Seus olhos não acreditavam no que viam, ele era um zumbi agora.

OBS: Pra inspirar, no fone de ouvido está rolando System of Down. =]

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