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Resposta ao desafio da imagem da leitora Bianca Santana por Nanda Cris

Posted by Nanda Cris on 1 de junho de 2013 06:01 in ,
A leitora Bianca Santana desafiou as Meninas Retalhenses com essa imagem, muito inspiradora:


A Sammy Freitas topou e já postou o desafio dela.
Sou a segunda a respondê-lo. Espero que a Bianca e todos vocês gostem. :-)



- Antônio, ela está chegando.

- Mas já? Não era para ser 10 anos depois do meu desencarne?

- Já se passaram 10 anos, Antônio.

- Já?

- Sim, o tempo aqui passa diferente do tempo na Terra.

- Certo, quanto falta até ela chegar?

- Pouco, ela já está tendo a primeira parada cardio-respiratória. Estão tentando ressuscitá-la. Segundo as minhas anotações, ela só desencarnará na terceira.

- Certo, Emmanuel, eu preciso de outras roupas.

- Outras roupas? O que há de errado com suas roupas?

- Elas são brancas demais, esvoaçantes demais, vão assustá-la.

- Antônio, todos nós por aqui andamos assim, ela terá que se acostumar não?

- Sim, mas ela não precisa ter um choque no primeiro momento, não é?

- Ok, ok. Não custa nada por um curto período de tempo. Mentalize a roupa que quer vestir e então, plasme.

Antônio fecha os olhos e se concentra. Pensa no casaco que ganhou dela no último Natal antes de falecer. Pensa na calça que ela mais gostava. Pensa no boné que seus netos lhe deram no último aniversário, ela tinha rido tanto daquilo! "Um velho de boné, como um cantor de hip-hop maluco" e ria e ria. Antônio sorriu com a lembrança. E concentrou-se mais profundamente. Plasmou o banco onde se conheceram. Estava tão focado que não ouviu Emmanuel perguntar:

- Antônio, o que está fazendo???

Lembrou-se da flor preferida de Ruth, tulipas. Plasmou um galho com 3, bem vermelhas e viçosas. Agora, concentrou-se muito. Não sabia se ia conseguir um feito tão grande, mas precisava tentar. Focou seu pensamento no grande amor que sentia por Ruth, toda a sua saudade pelos anos afastados e toda a sua felicidade pelo reencontro. Mentalizou a neve que ela tanto amava. E foi agraciado com os primeiros flocos gelados caindo em seu rosto e mãos. Abriu os olhos e deparou-se com Emmanuel que tinha um expressão entre divertido e zangado.

- Acho que você foi um pouco longe, não?

- Me desculpe, mas gostaria que fosse perfeito.

Emmanuel sorriu e sussurrou.

- Ok, sente-se aí e espere um pouco, logo logo ela chegará. Vou tentar acalmar os superiores que não vão gostar nadinha desta neve.

E, dizendo isto, afastou-se, assoviando.

Antônio, sem saber direito como agir, sentou-se no banco e esperou. A cada momento seus ombros se encurvavam mais e sua expressão ficava mais triste. Teria sido uma piada? Que demora toda era aquela? Já estava quase desistindo e indo embora quando sentiu uma mão em seu ombro. Levantou o olhar achando que era Emmanuel para avisar que os superiores tinham ficado tão irritados com a neve que tinham impedido Ruth de desencarnar agora. Ou, pior ainda, tinham mandado ela para outro lugar. Mas não, seus temores não se concretizaram. Ao olhar para cima, viu Ruth, mais bela do que nunca. Ela tinha lágrimas nos olhos e uma voz embargada quando disse:

- Antônio, meu amor, quanto tempo! Que saudades!

Ele, então, levantou-se, fez uma mesura e estendeu a flor, a qual ela pegou com um sorriso nos lábios. Abraçaram-se. O tempo pareceu parar. Depois de um longo momento, Ruth falou novamente:

- Antônio, não entendo. Eu estava muito doente e agora estou bem. E você, você está morto. Como podemos estar juntos? Também estou morta? Que lugar é este?

- Calma, minha querida. Eu vou explicar tudo. Temos a eternidade para isso... - e, dizendo isso, beijou-a com carinho.

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30 coisas que os quadrinhos nos ensinam

Posted by Unknown on 31 de maio de 2013 06:00 in , ,
01 - Ninguém nunca morre para sempre.
02 - Uma roupa colante pode se rasgar em muitos lugares, menos na máscara. A máscara de uma roupa colante é indestrutível.
03 - Ninguém é capaz de reconhecer outra pessoa pelo som da voz: até mesmo um marido ou esposa pode falar com seu cônjuge e não reconhecê-lo, desde que ele/ela esteja usando uma máscara.
04 - Da mesma forma, nunca ninguém faz testes de DNA para descobrir a identidade de, por exemplo, um criminoso fantasiado que escala paredes.
05 - Heróis verdadeiros nunca tentam melhorar o mundo, apenas impedi-lo de ficar pior. Impedir um maluco de uniforme de construir um “raio da morte” é muito mais importante do que, sei lá, acabar com a fome.
06 - Ficar obcecado para o resto da vida com uma tragédia do passado e sair por aí espancando pessoas não faz de você um psicopata, mas um herói.
07 - Vestir uma roupa de morcego e uma capa não faz você parecer um idiota: faz você parecer ameaçador.
08 - Ser herdeiro de uma fortuna significa automaticamente que você nunca vai ter quaisquer problemas de dinheiro, mesmo que não trabalhe e gaste milhões em bases subterrâneas e engenhocas tecnológicas.
09 - Nova Iorque é a única cidade do mundo (além de algumas outras como Star City, Central City e Metrópolis que, misteriosamente, não estão no mapa).
10 - A existência comprovada de alienígenas, mutantes e deuses não abalaria em nada a fé, personalidade ou cotidiano das pessoas normais.
11 - Ser “um monstro, temido e odiado pelo mundo” significa ser forte, lindo e musculoso.
12 - Todo mundo que é medianamente inteligente é capaz de inventar portais dimensionais, armaduras tecnológicas e jatos super-tecnológicos. Até mesmo um estudante de segundo grau pode inventar um tipo de cola mágica no porão de sua casa. Se você não consegue inventar nada disso, você é burro.
13 - Os melhores cientistas sempre usam roupa colante.
14 - Você pode ter o título de “capitão” sem nunca ter qualquer responsabilidade militar.
15 - A roupa mais prática para uma mulher lutar é aquela que revela mais do seu corpo.
16 - Todos os heróis são bonitos e musculosos, ou, no caso de mulheres, peitudas. Se alguém não preenche estes requisitos, então não é herói – não importa quantas vidas salve.
17 - Todas as pessoas que NÃO nasceram nos Estados Unidos falam inglês – mas usam as palavras de suas línguas nativas quando dizem “amigo”, “meu Deus”, “sim”, “não” e “obrigado”.
18 - Você pode matar tantas pessoas quantas quiser, desde que vista roupa colante – e será um herói.
19 - As pessoas conseguem falar muito mais rápido quando estão saltando. No meio de um salto, é possível fazer um discurso de vários minutos antes de cair no chão.
20 - Qualquer treinamento em artes marciais faz de você uma máquina lutadora, capaz de saltar dezenas de metros entre prédios e suportar dezenas de golpes.
21 - Estranhamente, ninjas são as coisas mais frágeis do universo – qualquer um é capaz de vencer um ninja com um simples soco.
22 - A regra acima não se aplica caso a ninja seja mulher e vista pouca roupa.
23 - Dormir é para os fracos. Qualquer um com um mínimo de determinação é capaz de trabalhar o dia inteiro e combater o crime a noite inteira.
24 - Para cientistas e médicos, é muito mais importante inventar um “soro do super-soldado” ou uma nova arma do que, por exemplo, curar o câncer ou a AIDS.
25 - Um cientista estuda TODOS os ramos da ciência.
26 - Repetir seus planos para si mesmo é uma coisa muito engraçada – todos riem às gargalhadas depois de fazê-lo.
27 - No Japão só existem ninjas e samurais, e todas as famílias seguem à risca as “tradições ancestrais”.
28 - Uma invasão alienígena, genocídio ou praga de demônios não irá preocupar um grupo de heróis caso outro grupo já esteja envolvido no caso. Os heróis sempre confiam muito na competência uns dos outros.
29 - Alguém que treina adolescentes problemáticos para serem soldados da sua “utopia racial” não é um maníaco que abusa de menores: é um pacifista que se esforça por seu sonho.
30 - Bomba atômica não mata ninguém; só dá superpoderes.

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Resposta ao Desafio da Leitora Bianca Santana - Desafio da Imagem

Posted by Unknown on 30 de maio de 2013 13:00 in , , , ,
No dia 22 de Maio de 2013, a leitora Bianca Santana, nos desafiou com uma imagem. Segue abaixo a resposta ao desafio! Leia aqui o desafio.

Estou numa pegada romântica e sofredora, devido a ter acabado de ler "O amor nos tempos do Cólera" do Gabriel Garcia Marquez. Então, o texto, saiu curtinho, com uma história sofrida, porém escrito com o maior carinho.





Era a primeira nevada de janeiro. As pistas de caminhada e corrida, estavam levemente cobertas por uma fina camada de gelo. Embora a leve escuridão marcasse o término da tarde, nenhum dos postes tinha se acendido ainda.

Mark não sentia frio. Embora nevasse e a temperatura estivesse beirando zero grau, não estava tão frio que fosse impossível suportar. Seu paletó surrado, suas velhas e cerzidas calças e seus tênis já haviam visto dias melhores, mas desde que Lauren se fora, ele não fazia a menor questão de viver mais.

Estava quase desistindo, quando semanas atrás sua filha o encontrou. Conversaram bastante e ela havia lhe prometido uma surpresa para hoje...

Fechou os olhos e reviu cenas antigas de sua vida. Como ele e Lauren se esbarraram no Park. Ele, sentado em um banco, enquanto pintava a paisagem e ela, sempre correndo animada pelas trilhas. 

Um dia ele, encantado com sua elegância, começou a pintá-la, observando os poucos momentos em que ela parava para beber água ou mesmo amarrar o tênis e assim, guardando de memória, começou a fazer um retrato daquela que amava em silêncio.

Até que um dia, ela o notou. Curiosa, parou e ali, naquele início de conversa, perceberam tantas coisas em comum, que a conversa se estendeu até o fim da manhã sem que se passasse um minuto sequer de silêncio.

Suas almas se entendiam como muitas pessoas sequer imaginavam que poderia acontecer um dia.

E assim, o romance começou. Viam-se todos os dias. Mark, retomou a faculdade de economia e largou as cadeiras de Belas-Artes. Pintar, voltou a ser um hobby e agora, só pensava em se tornar alguém que pudesse dar a Laureen uma vida de conforto.

Conseguiu um bom emprego como executivo júnior e juntava dinheiro para fazer aquilo que ele julgava mais romântico. Gostava de surpreender Laureen. Porém, sempre eram mimos pequenos. Uma flor, um gesto, um carinho...

Juntou dinheiro e aproveitou o recém-inaugurado programa "Adote um Banco" do Central Park e finalmente foi capaz de redigir sua declaração de amor numa pequena plaquinha que seria afixada num banco. Escolheu aquele banco querido, em que se sentaram juntos pela primeira vez descobrindo mais afinidades em um dia do que muitos casais jamais descobrem por toda a vida.

E levou-a radiante pelo parque, prometendo uma surpresa. Ziguezagueou pelas alamedas, distraindo propositalmente até encontrá-lo.

Ajoelhou-se em frente a seu grande amor, e repetiu as palavras gravadas no banco: "Minha doce Laureen, Eu te amo, te adoro e sempre lembro de você. Quer casar comigo?"

Laureen desmanchou-se em sorrisos e um sim entremeado de lágrimas foi ouvido.

Aquele foi o dia mais feliz de sua vida. Casaram-se seis meses após o pedido. O parque fazia parte de suas vidas. Seus fins de semana, eram dedicados a piqueniques e mesmo depois de anos casados, agiam como adolescentes.

A única tristeza do casal, era Laureen não conseguir engravidar. Até que veio a grande depressão e as falências. E, seguida dela, a perda de seu emprego, o vício em jogos e bebidas. Não conseguia suportar viver às custas da mulher. E seu relacionamento foi se deteriorando até os afastar. Um dia, em meio a brigas e discussões, saiu de casa para não mais voltar.

Nunca soube que deixou Laureen grávida. Vagou pelas ruas bebendo e esquecendo de quem foi um dia. Dormia no parque, comia sobras de lanches, sopões e nos dias mais frios, sempre havia um abrigo a lhe acolher.

E hoje, depois de tantos anos, sua filha recém-descoberta finalmente resolveu que ele estava pronto para conhecer sua neta. Ela trouxe pela mão uma pequena saltitante, que lhe entregou uma tulipa vermelha.

Sorriu desdentado para a filha que prometeu ajudar e tirá-lo da rua. Não aceitou. Apesar de viver nas ruas, era um homem orgulhoso. Não aceitaria isso. Despediu-se da filha

Estava triste por ter perdido o crescimento de sua filha, porém satisfeito por conhecer sua neta.

Girou levemente a tulipa entre os dedos e soube que ainda havia alguma esperança.



*     *     *      



*Nota da Autora: O Central Park possui vários programas de doações para conservação do parque. Um dos programas realmente chama-se Adopt a bench, e ele consiste em fazer uma doação para conservação (a partir de US$7,000, porém quando o valor é superior a US$ 25,000, automaticamente, o doador ganha o direito de ter uma plaquinha fixada num dos bancos do parque. Lembrando, que atualmente, o Central Park possui aproximadamente 9 mil bancos, dentre os quais já foram "adotados" 2 mil bancos. Existem realmente pedidos de casamento, mas a grande maioria é em memória a parentes e amigos falecidos. Porém todos têm algo interessante e uma história por trás da placa. Veja algumas fotos aqui (será que você achará a placa que escolhi para contar uma história???)

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RESENHAS: Desafio Literário 2013 - Mês Maio: O Amor nos tempos do Cólera - Gabriel Garcia Marquez

Maio: Livros citados em filmes (Citado em Escrito nas Estrelas)


Gabriel Garcia Marquez. Só este nome, me causa certo temor. Afinal, ele é ganhador do Nobel de Literatura e todos os três livros que eu tinha lido dele, eram geniais (Cem anos de solidão, Crônica de uma morte anunciada e Memória de minhas putas tristes). Mesmo assim, dos três, ironicamente o que mais gostei nem é unanimidade! Então já peguei o livro com uma expectativa absurda.

Mesmo assim, eu não estava preparada. Não estava preparada para uma história de amor. Não uma história de amor adolescente, de paixão ardente, mas a verdadeira história de amor entre duas pessoas. 

Só tenho uma pergunta que faço a você, querido leitor... Você mesmo, que sempre sonhou em ter um amor para a vida toda. QUANTO TEMPO VOCÊ ESPERARIA SEU AMOR?

1 dia? 1 semana? 1 mês? 1 ano??? E se eu lhe dissesse que a espera foi de 51 anos, 9 meses e 4 dias? 

Naturalmente a história começa de trás para frente... Os primeiros capítulos, mostram o relacionamento de Fermina com Juvenal, seu marido. Como um amor cotidiano pode ser doce e como uma pessoa pode aprender a amar outra depois de tanta convivência... E quando Juvenal morre de uma maneira tão boba, completamente banal, apesar da idade avançada de ambos, Fermina perde seu chão. E então, a primeira pessoa que vê no funeral de seu marido, é Florentino. Aquele que foi seu primeiro amor na mais tenra idade. 

Florentino esperou... Não se envolveu com ninguém seriamente, pois sempre quis estar disponível para quando Fermina ficasse viúva. É romântico e ao mesmo tempo um pouco assustador. 

Florentino apaixonou-se por Fermina. Mas na época, que chance teria um simples funcionário dos Correios, telegrafista, perante a uma jovem rica? Ainda assim, ele se fazia presente. Algumas vezes, chegava a ser bizarro. Atualmente o chamaríamos de "stalker". Ele sabia os horários e os locais por onde ela passava, então, se ela passava às 15h em frente à pracinha, lá estava ele sentado lendo um jornal. Encostado numa árvore à saída da escola... Obviamente, acompanhada de sua tia, ela notou o rapaz. 

Sua tia lhe disse que um dia este rapaz lhe entregaria uma carta... De fato, todos os dias, Florentino escrevia para Fermina, porém nunca tinha coragem de enviar a carta. Em um momento ele fala da carta como um calhamaço de folhas e eu imaginava praticamente um livro! Ainda bem que a mãe de Florentino era mais coerente e mandou que ele reduzisse um pouco para não assustar a pretendente.

Um dia... finalmente ele teve coragem de entregar apenas uma folha. E assim, a partir desta folha, tudo começou. Trocaram mensagens por cartas e telégrafo por dois anos até que o pai de Fermina descobriu e a mandou para um convento. 

Após uma série de problemas, eles se separam totalmente, Fermina conhece e se casa com Juvenal, um médico que lutava contra as epidemias de cólera e esquece Florentino.

Rapaz, confesso, que o livro tem uma leitura poética, linda, porém os capítulos são muito longos e a eterna dor e sofrimento do Florentino, até me comovem, mas é tudo muito exagerado, muito servil, muito submisso. Florentino aceitava tudo e era tão grudento, que eu, que sempre fui uma mulher independente e quis espaço, entendia perfeitamente a posição de Fermina e por fim, seu afastamento.  

Ficava me perguntando se realmente existiria algum homem que amasse desse jeito! O livro é lindo, embora cansativo em muitos momentos. No começo eu detestava Florentino! Só gostei dele no fim de sua vida! Quando estava mais maduro ao encontrar Fermina que pôde ter uma vida inteira (e feliz) ao lado de Juvenal Urbino! Vai entender? Eu não torci para o mocinho, porque na verdade, ele sempre me pareceu fraco demais. Apagado demais. Então eu nem mesmo o julgava digno dela!

Tem zilhões de citações que eu poderia usar, mas só algumas, as mais tocantes, citarei aqui:

“... nunca teve pretensões a amar e ser amada, embora sempre nutrisse a esperança de encontrar algo que fosse como o amor, mas sem os problemas do amor.”

“O desejo de esquecê-lo era o mais forte estímulo para se lembrar dele.”

"Chegou a reconhecê-la no tumulto através das lágrimas da dor que jamais se repetiria de morrer sem ela, e a olhou pela última vez para todo o sempre com os mais luminosos, mais tristes e mais agradecidos olhos que ela jamais vira no rosto dele em meio século de vida em comum, e ainda conseguiu dizer-lhe com o último alento:

- Só Deus sabe o quanto amei você." 

"- E até quando acredita o senhor que podemos continuar neste ir e vir do caralho? - perguntou.
Florentino Ariza tinha a resposta preparada havia cinqüenta e três anos, sete meses e onze dias com as respectivas noites.
- Toda a vida - disse."

Em resumo, apesar das expressões e de ter demorado tanto para ler o livro (é um livro muito denso e psicológico, pede atenção total e exclusiva, e como estava num período muito dispersivo, tive que reler vários trechos), ele é de uma beleza incomparável, extremamente romântico e que nos faz pensar que um dia, quem sabe... a gente possa encontrar alguém assim... que nos ame para sempre...

Tempo: Quase um mês!
Finalidade:Sonhar....
Restrição: Sem restrições!
Princípios ativos: Amor, Tempo, Triângulo Amoroso


Título:O amor nos tempos do Cólera
Autor(a):Gabriel Garcia Marquez
Editora: Record
Número de Págs.:432 páginas

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Propagandas do fundo do baú.

Posted by PatyDeuner on 29 de maio de 2013 06:00 in , , ,
E então...prontos para voltar ao passado de novo? Selecionei mais algumas propagandas muito legais de um tempo muito...muito distante...

                                   Coca-cola e Fanta dá prêmios - Anos 60
                                             Coca-cola sempre dando prêmios pra você!


                                         Elefante é da CICA - Anos 60
Pra falar a verdade eu não sabia que o Elefante da Cica era tão antigo!


                                          Kolynos - Anos 50
                                   
                                         Kolynos já não existe mais. Essa marca foi substituída
                                               pela tão popular marca "Sorriso" existente hoje.


                                   Kibon Picolé com Alma - Anos 60
                                    
                                    Kibon realmente fez parte da minha infância! Lembro de já ter achado
                                                             um palitinho premiado (vale um picolé)!


                                      Opala com Tônia Carrero
                                     
                                                  Essa eu escolhi mais pela maravilhosa Tônia Carrero!


Espero que tenham gostado dessa nova seleção de propagandas. Eu adorei todas elas!

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Desafio Triplo: Os Silurianos da Lei Áurea

Posted by Unknown on 28 de maio de 2013 06:00 in , , , , ,
Imagem:

Tempo e espaço:
"Era um lindo dia de sol e os relógios trazidos diretamente de Portugal, soaram três badaladas. No pátio do Paço dos Vice-Reis, ouvia-se claramente manifestações pacíficas, devidamente contidas pelos guardas imperiais. A multidão gritava e se regozijava enquanto a princesa e o ministro da agricultura estavam prontos a assinar e promulgar uma nova lei."

Cinco palavras:
- Terremoto
- TARDIS
- Dissabores
- Capoeira
- Pólvora


Esse desafio é uma fanfic de Doctor Who, seriado britânico da BBC. É o maior seriado de ficção cientifica já produzido, e na minha opinião o melhor.
Tentei escrever o texto como se fosse um episódio, então se você já conhece Doctor Who vai apreciar mais uma de suas aventuras, se não o conhece, vai gostar de conhecê-lo.

Como o texto é grande vou deixar duas formas para ler:

Se preferir o PDF clique aqui.


Ou leia online pelo Issuu:


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O uso do "ÃO" e do "AM"

Posted by PatyDeuner on 27 de maio de 2013 06:00 in , ,
                                 Imagem retirada da página "Língua Portuguesa - Facebook"


As terminações “ÃO” e “AM” são facilmente explicadas pela nossa gramática da seguinte maneira:

Usa-se “AM” se o verbo estiver no passado.
Ex.: falaram, disseram, ouviram...

Usa-se “ÃO” se o verbo estiver no futuro.
Ex.: dirão, sentirão, ouvirão...

Mas temos um porém. Essa regra pode ser facilmente contestada em formas verbais como “sonham, ganham, falam” (no caso do AM e que não estão no passado) e nas formas verbais “dão, são, vão” (no caso do ÃO que não estão no futuro do presente).

Para resolver essa questão, temos uma regra simples e de fácil entendimento.

*Usa-se a terminação “AM” se a palavra for VERBO (independente se ser passado ou presente) e for PAROXÍTONA

Ex.:  Todos FALAM ao mesmo tempo.
Observe que “FALAM” está no presente do indicativo, mas a palavra é VERBO e é PAROXÍTONA, então a regra se encaixa perfeitamente.
Outro ex.: Eles DISSERAM a verdade.
“DISSERAM” está no pretérito perfeito e é VERBO e PAROXÍTONA.

*Usa-se a terminação “ÃO” se a palavra:

a) For VERBO e OXÍTONA (ou MONOSSÍLABA TÔNICA)

Ex.: Dão (verbo e monossílaba tônica)
       Dirão (verbo e oxítona)

b) For SUBSTANTIVO e OXÍTONA.

Ex.: corrimão, saguão, senão

c) For SUBSTANTIVO e PAROXÍTONA.

Ex.: órgão, órfão, Cristóvão

Espero que essa regra seja suficiente para vocês nunca mais terem dúvidas.

Abraços!


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26 de maio

Posted by Marcinha on 26 de maio de 2013 06:30 in , ,
pai.xão

Substantivo feminino.
1.Sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade.
2.Amor ardente.
3.Entusiasmo muito vivo.
4.Atividade, hábito ou vício dominador.
in.ten.so

Adjetivo.
1.Que tem ou se manifesta com força ou energia.
2.Impetuoso, veemente.
3.Que se manifesta ou se faz sentir em grau elevado.
4.Que se realiza com, ou exige o uso de grande força ou energia; duro, penoso.
5.Muito ativo.

Falar em paixão intensa, chegaria a ser uma redundância?
De certa forma, seria acrescentar uma intensidade desnecessária a algo que é intenso por si só.
Hmmm... e se essa intensidade não for desnecessária? E se for vital frisá-la?
O que fazer se a pessoa que você está tentando descrever não for nada menos que uma intensa apaixonada? Alguém que abraça uma causa com uma paixão que beira o exagero?
De fato, você pode usar também outras duas palavras para descrever esse modo de ser arrebatador:
Nanda Cris.
Ela é assim com tudo. É caso de vida ou morte pintar as unhas todos os domingos ou doar alimentos não perecíveis a uma instituição de caridade.
Se ela lhe disser "pretendo fazer isso" não se ponha na frente dela. Ela é obstinada, no melhor enfoque desta palavra.
Graças a ela estamos todas aqui. Vou compartilhar um pouquinho dessa história.
A maioria das autoras desde blog fazia parte de um site de escritores. Houveram divergências nesse site que impossibilitaram nossa permanência lá. Resolvemos nos retirar. E ficamos sem lar na web, sem ter onde publicar nossas criações.
"Qualquer uma poderia ficar chateada, desanimada... mas não esta mulher!"
Nanda possuía um blog semi-novo, único dono, com pouco uso e não hesitou em nos ceder o espaço.
Assim nasceu o Retalhos Assimétricos.
Desde então colaboradores vieram e se foram, e alguns membros da formação original ainda estão atuantes neste espaço. Mas podemos afirmar, sem sombra de dúvida, que a fundadora deste blog é a mais dedicada colaboradora. Mesmo que ela tenha 5493 coisas para fazer em um só dia, ela mantém o foco no objetivo, e cria promoções, inventa rodízios de postagem, marca reuniões, distribui tarefas e assim mesmo acaba abraçando mais do que conseguiria dar conta. "Conseguiria", eu disse, por que ela sempre dá conta de tudo no final.
Eu realmente acho que essa paixão nos contamina bastante, e podemos dizer que depois de tanto tempo juntas nesse projeto, nós todas somos um pouco "Nandas" também. Essa é a grande alquimia da interação humana. Como disse Antoine de Saint-Exupéry... "Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós."
E, aproveitando este momento "citando os sábios", eu gostaria de repetir para você, Nanda, o que o grande filósofo Diego disse ao Sid em "A Era do Gelo 2":
"Nanda, vc é aquela coisa grudenta e gosmenta que mantém o nosso grupo unido!"
(Marcinha fazendo uma careta e morrendo de rir da sua cara.)
Parabéns pelo seu aniversário!
Parabéns pela paixão intensa com que você destrincha seus desafios!
Parabéns pela lealdade que você dedica aos seus amigos e aos seus projetos!
Parabéns por ser quem você é!
Tenho um enorme orgulho em dizer que você é minha irmã e um imenso prazer em te-la como minha amiga!

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Matizes e Cores (A Guerreira e o Ogro - capítulo 2)

Posted by Marcinha on 06:00 in , , , , ,
Em pouco tempo o sol começou a se recolher fora da caverna, espalhando um azul profundo por todo o firmamento, graciosamente pincelado por nuvens matizadas de dourado e rosa.
Markka permanecia sentada à entrada da caverna já há algum tempo, contemplando o espetáculo que a natureza lhe oferecia. Nesses raros momentos ela conseguia atingir a calma, contemplando passivamente crepúsculos, tempestades, marés furiosas. Imersa nos sons, odores e belezas destes espetáculos naturais ela esquecia a si mesma, como se sua essência pudesse tocar de leve outra atmosfera, bem mais sublime que este mundo de atrocidades e desonra.
A guerreira se virou para observar o interior da caverna. O ogro recolhia alguns pertences, organizando o local que ele chamava de lar. Em seguida atiçou o fogo, a fim de aquecer a refeição para eles. Markka se aproximou da fogueira, acompanhando com o olhar seu anfitrião, que por fim lhe entregou uma cuia de caldo fumegante.
– Também gosto de ver o por do sol. – afirmou ele casualmente, e se sentou em seguida, levando a cuia à boca.
Markka o observava em silêncio, enquanto parecia concentrada na sopa. A cada momento aquele ogro a intrigava mais.
Pouco tempo depois o ogro se deitou, em uma segunda cama que havia ao redor da fogueira. Ele havia dito à guerreira que encerrava seu dia cedo, para que estivesse descansado e pronto para trabalhar assim que o dia clareasse.
A guerreira decidiu dormir assim que o ogro se deitou, tencionando acordar antes dele. Embora ela estivesse mais a vontade na presença dele, ele ainda era um ogro, e ela não se esqueceria do perigo que ele podia representar.


O dia seguinte chegou, mostrando um céu perfeitamente limpo. Markka se levantou de um salto quando, olhando à volta, percebeu que o ogro não estava.
Ela se aproximou da fogueira já quase extinta, e achou sobre a bancada um pedaço de pão torrado. Roendo o pão, ela se aproximou da entrada da caverna e lá permaneceu por um bom tempo, esperando a volta do ogro.
Zenthor não tardou a regressar, trazendo pequenas bolsas de couro cheias de ervas tenras e pequeninas frutas avermelhadas.
– Ainda bem que achou o pão. Precisei sair muito cedo. – disse o ogro enquanto passava pela guerreira na porta da caverna.
– O que é isso? – perguntou ela, mesmo com a boca cheia, para manter a conversa.
– Frutas que contem uma excelente pigmentação vermelha, e ervas suculentas que soltam uma espécie de... baba. Uso as ervas como aglutinante para a pigmentação vermelha. – explicava o ogro, enquanto esvaziava as bolsas –  Desse modo consigo uma tinta espessa e resistente. 
– O que vai pintar com isso? – indagou Markka, observando o ogro que começava a macerar as ervas.
– Estou construindo um veículo grande, o primeiro que faço para mim. Por ser meu, pretendo pintá-lo.
– Por quê?
– Para que fique bonito. E me deixe satisfeito. E orgulhoso. – respondeu o ogro.
– Hã... – ela se limitou a dizer.
O ogro a observou, sem deixar de macerar suas ervas. Ela, por sua vez, estava atenta ao modo como ele socava as plantas com um cilindro de madeira dentro de uma cuia larga, resultando em um salpicado verde que já soltava um líquido viscoso e transparente.
– Sou artesão, como lhe disse ontem. Fabrico carroças. – disse o ogro, enquanto ela o olhava – Gostaria de ver o meu trabalho?
A guerreira quase esboçou um leve sorriso, mas permaneceu sóbria. Sem dúvida ela havia ficado curiosa sobre o que ele fazia desde que ele se apresentara como artesão. A guerreira também possuía algum talento; e adorava criar coisas. Sua vida não era feita apenas de batalhas e sangue, ela admirava as invenções e as artes, e encontrava um enorme prazer em ver sair de suas mãos algo que não existia antes no mundo. Ela via a criação como algo extremamente prazeroso, e costumava dizer que entendia por que Deus fora tão insaciável na diversidade de sua criação.
– Posso levá-la até lá, se desejar. – continuou o ogro, já que ela nada dissera.
– Sim, eu gostaria de ver no que está trabalhando. – respondeu Markka, tentando não parecer ansiosa, mas por dentro a curiosidade a espetava como uma lança.

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(Nota da Autora: O primeiro capítulo desta saga pode ser lido clicando aqui .)

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