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Apresentação e um longo curto poema
Posted by Baltazar Escritor
on
19 de setembro de 2011
00:28
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Pois é pessoas, como diz a gadget aí do lado, eu também vou escrever pra este blog. Talvez e muito raramente saia algo inesperado ou idiota, peço que compreendam, pois as vezes a lucidez volta pra minha mente e não consigo escrever algo que preste (como agora). Vão perceber que sou do tipo "louco desde o berço", mas um maluco beleza, vivo na paz e tranquilidade a maior parte do tempo. Nada de ilusões meninas (rsrsrs) sou um cara comprometido e apaixonado pela minha linda loira de olhos azuis. Vou contribuir com alguns contos crônicas, poesias e talvez até algumas matérias. Mas vou deixar de enrolar e deixar que meus textos falem por mim.
P.S: Kbeça, não tive tempo de revisar, se puder dá uma força no português mal digitado aí ^^
O Viajante
No final de cada dia
ergue-se ele, pobre, carcomido.
E quando a fome lhe arrepia
de mais um dia ter vivido,
vem a noite fria
que lhe gera um gemido.
Irei contar a história
de alguém sem futuro, ou passado,
em uma vida sem glória,
sem, ao menos, seu nome ser lembrado.
Tendo a única vitória
de nessa terra ter estado.
Não cresceu muito arrumado.
A mãe morreu doente,
o pai,desempregado,
levava a vida pra frente,
mas muito desolado
sumiu, de repente.
Sozinho, começou a andar,
indo sem rumo pro deserto.
Ergue-se um sol de rachar
e, como um livro aberto,
tão nítida como poderia estar
sua própria miragem, por certo.
E perguntou a si mesmo com desdém:
"Quem é? O que procura?
De onde vem?"
Respondeu-se com amargura:
"Não sou nada, nem ninguém
e vou levando esta vida dura."
E quanto mais o sol o fustigava
mais fundo ele caía,
pois o vento forte cortava
e o tempo se ia.
E quanto mais o tempo passava
mais miragens se via.
Então adormece o Viajante,
porque Viajante passou a se chamar
e por mais distante
que conseguisse chegar,
agora, e doravante,
não teria lugar.
O deserto passou,
alcançara o mar.
Mas por isso chorou,
chorou sem se consolar,
pois miragem virou
um mar sem molhar.
"Vejo que isso é minha sina
e digo ao sol, não vai me derrubar!
Pois dessa areia fina
não farei meu lugar,
que seja ela assassina
do meu viver e meu sonhar."
Assim recomeça a andar
mirando sempre a frente, o horizonte.
Com lágrimas a chorar
e mais e mais lágrimas no cortante
deserto a derramar,
e com a mão suja, enxugava a fronte.
De repente surge ao seu olhar,
de um oásis a imagem
e fica ali a admirar
com o pensamento de passagem
de se decepcionar
com mais uma miragem.
Segue, pois, o caminho precavante,
o manancial a frente.
Não estando certo deste rincante
fecha os olhos e a si próprio mente:
"É mais uma miragem clamante
de jogar-me na areia quente."
E o choro lhe transpassa o rosto.
Sua mente vai, seu corpo não,
não querendo ter posto
de estar com a razão,
encara seu oposto
com os pé pregados no chão.
"Talvez seja um manancial."
"De areia, certamente."
"Mas mesmo que seja um lamaçal,
não teria algum afluente?"
Não ouve seu igual
e joga-se a frente.
Caiu em pranto desconsolado,
no oásis de areia e chão.
Esquece todo o seu passado,
escuta uma voz de solidão:
"Trago-lhe o último recado."
Disse a morte a estender-lhe a mão.
Fonte: Plena Loucura

8 comentários:
Baltazar amigo(posso chamar-te de amigo?), é uma honra e um prazer ter seus textos no nosso blog, que ainda é um bebê, mas vai crescer forte, saudável e valente como um bravo cavaleiro(ou arqueiro rsrsrs).
ResponderExcluirE começar com uma poesia dessas é no mínimo emocionante. Algumas poesias são lindas mas de difícil interpretação. A sua é clara, forte e belíssima!
Parabéns e bem-vindo!
Não tenho nada a complementar no comentário da Paty.
ResponderExcluirSó que deixar registrado que só corrigi uma letra e que achei muito bom a sua poesia.
Seja bem vindo ao time Baltazar.
Muito bom meu amigo, como sempre disse e repito, és um ótimo escritor!!!
ResponderExcluirParabéns pelo texto, parabéns pelo a todos pelo Blog!!!
Já tô seguindo já sou fã!!!
Uhu! Olha o Balt aí gente! Só falta sua alma gêmea pra ficar tudo bonito, rsrs.
ResponderExcluirAdorei a poesia. Concordo com a Paty: clara, forte e belíssima!
Bem vindo a bordo! ;-)
Bem vindo, Balta (tenho mania de apelidos, me desculpe, rss). Paty escolheu brilhantemente as palavras pra definir sua poesia, realmente um texto cheio de personalidade. Parabéns!
ResponderExcluirObrigado a todos, não sou do tipo falador em blogs mas prometo comentar aqui sempre que possível ^^
ResponderExcluirLindoooooooo...
ResponderExcluirMaravilhosoooooo...
Talentosooooo...
Uhuuuul! ^^
pra sempre meu escritor favorito
ADOREIIIIIIIIIIII "O Viajante".
ResponderExcluirQuando posso comprar o exemplar assinado do seu primeiro livro?
Tô na fila!
:)
Comenta aê!