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[Batata Quente 3 - parte 4] - As Crônicas de San Atório - Capítulo Quatro: O sexto elemento

Posted by Nanda Cris on 6 de novembro de 2013 06:00 in ,
Olá minha gente!

Aqui vai minha contribuição para as Crônicas de San Atório!
Vamos ao mini flash-back antes?

Personagens:

  • Martha (guerreira)
  • Santhara (feiticeira)
  • Nardanna (caçadora)
  • Petrika (maga)
  • Deziree (guerreira) - saiu da trama no episódio 2. Talvez volte!

As histórias:


Agora sem mais enrolação, aqui vai minha parte na narrativa, espero que gostem!

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Parte 4 - O sexto elemento

Martha puxou uma corda que estava na sela de Audaz e avançou decidida para o desconhecido. Puxou seus braços para trás e começou a amarrar firmemente. O sangue passou a brotar com ainda mais intensidade e o homem, ainda desacordado, soltava gemidos de dor. Nardanna olhou enojada para a cena, desviou os olhos e encarou Santhara e Petrika. A primeira tinha olhos avaliadores voltados para o desacordado enquanto a segunda olhava em volta com um ar assustado como  se estivesse esperando que o espírito do Coveiro de Cima fosse brotar das árvores ou do rio a qualquer momento. Olhou novamente o homem e a brutalidade com que Martha o prendia, logo não haveria mais o que salvar. Estaria morto se a perda de sangue não estancasse.

- Petrika, você não vai curá-lo? - Santhara perguntou, tentando esconder a reprovação da voz.
- Não sei se seria inteligente mexer com uma alma pertencente ao rio. - disse Petrika sem parar de olhar em volta.

A taberneira segurou-a pelos braços, sacudindo-a levemente e viu os olhos de Petrika voltarem-se para ela, ressabiados. Nardanna olhava a cena com interesse, esperando seu desenrolar.

- Petrika, você não pode deixar esse cara morrer. Você pode curá-lo, deixe de ser medrosa. Minha leoa de chácara dá conta de um reles espiritozinho do rio, se é que ele vai aparecer!
- Não seja desrespeitosa! - A maga se aproximava do pânico.
- Vamos! Precisamos fazer o bem, sem olhar a quem!

As duas se olharam por um longo tempo. Tão longo que Martha já estava levantando o homem do chão e puxando-o em direção a Audaz que relinchava e sapateava, aflito pelo cheiro de sangue. Nardanna ainda encarava, pronta para intervir. Um gemido mais alto do desconhecido fez com que Petrika desviasse os olhos para o chão e soltasse um longo suspiro, aquiescendo com a cabeça.

- Então me solte, Santhara. Farei o que me pede, mas espero que os Deuses vejam que eu fui obrigada.
- É a decisão mais acertada, Pet.
- Se você está dizendo... - Petrika resmungou para si mesma e chamou por Martha que estacou no começo da segunda tentativa de jogar o homem na cela de seu cavalo.

- O que é, mulher? - A guerreira estava de muito mal humor. Já estava com vontade de urinar de novo e fazer toda aquela força para arrastar o homem estava quase fazendo com que mijasse nas calças.
- Deixe-me curá-lo primeiro.
- Aproveite seus dons e use para algo útil: ao terminar, jogue-o no lombo de Audaz, ok? - Sem esperar resposta, acrescentou - Vou mijar.

Petrika aproximou-se do homem ainda reclamando baixinho.

- Será que as madames vão querer também um coquetel, ou uma massagem nos pés? Desde quando eu virei empregada de todo mundo?

Empunhou as mãos nas costas do homem e esqueceu-se das companheiras de viagem. Todo o seu corpo voltado para sua missão.

Nardanna aproximou-se de Santhara e sussurou ao seu ouvido:

- Cuidado com quem você mexe, Santhara. Se algo acontecer a Petrika, não haverá nenhum lugar seguro para você no mundo, eu me certificarei disso.
- Está me ameaçando, caçadora? A mim? Lembre-se que quem ameaça à mim, ameaça à Martha. Eu me pergunto quanto tempo seu ar de superior vai permanecer no rosto quando sentir o peso da lâmina de minha guarda-costas?
- E eu me pergunto se você se lembra quem gerou, através de magia, essa aliança tão singular. Quem dá, também pode tirar. Fica a dica.

Sem mais, Nardanna afastou-se sentindo os olhos de Santhara perfurarem suas costas. Aproximou-se da maga, que ainda estava de olhos fechados, as mãos posta sobre a ferida que já tinha parado de sangrar e parecia quase curada. Elas tremiam levemente e Petrika estava um pouco pálida, mas fora isso parecia em ótima forma. Um feitiço tão poderoso e ela estava levando muito bem. A ranger pôs a mão no ombro da maga e sussurrou:

- Sabe que pode usar minha energia sempre que quiser, não é?

Petrika não respondeu, mas Nardanna sentiu um fluxo de sua energia ser sugada para o ombro da parceira. Tentou manter-se ereta. Mostrar fraqueza na frente daquelas duas não era o melhor modo de se manter segura ou à sua amiga.

- Preciso me lembrar do tamanho do poder dela no futuro. - a taberneira estava entretida em pensamentos quando sentiu uma firme mão no seu ombro. Deu um pulo e um gritinho.
- Está devendo, Santhara? - Martha perguntou, com malícia no olhar.
- Eu? Imagina... só refletindo sobre alguns pontos...
- Sei... - e elevando a voz, gritou: Ei, vocês duas! Está quase escurecendo já! É pra hoje essa cura aí?!

Como que atendendo a uma ordem, Petrika retirou as mãos e as costas do homem estavam completamente curadas mas ela estava pálida e fria. Nardanna não parecia muito melhor. Elas estavam de pé, mas pareciam se escorar uma a outra.

- Vocês estão bem? - perguntou Santhara muito interessada na resposta.
- Óbvio que estamos bem, que pergunta idiota! - respondeu a ranger, num sopro de voz, que desmentia a rudeza das palavras - Trate de ajudar Martha a colocar o infeliz em cima do cavalo, vou ajudar Petrika a se recuperar, ela não está em condições de ficar sozinha.

E assim dizendo, retirou-se, cambaleando e levando consigo a maga quase desfalecida.

- Sempre bom saber os limites e fraquezas de quem nos cerca... você não acha, Martha?
- Do que você está falando, ruiva?
- Nada não, apenas pensava alto... você segura os braços e eu as pernas... vamos colocá-lo em cima do cavalo e partir para o mais longe possível desse rio. Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay.

Estavam tão entretidas na tarefa que não perceberam nada de anormal até chegarem no carvalho onde haviam parado anteriormente e para onde Petrika e Nardanna haviam se encaminhado. Martha sacou sua espada o mais rápido que pôde e Santhara aguçou os ouvidos enquando puxava uma adaga do meio dos seios. Vigilantes, aproximaram-se das duas colegas desacordadas. O mais estranho é que elas estavam com as mãos presas atras das costas e com uma mordaça em suas bocas.

- Quem diabos...
- Quieta, Martha. - a ruiva sussurrou, apreensiva. Não queria denunciar sua posição.
- Ora, ora. O que belas damas fazem nesta floresta hostil, sequestrando pessoas? - a voz era sarcástica e baixa, quase como se estivesse falando diretamente em suas mentes.
- Ah, dane-se a sutileza... - a guerreira falou como que para si e, elevando a voz, gritou: Quem está aí? Venha sentir o gume de minha espada!

Mal terminou a frase, Martha fez uma expressão de dor e caiu desmaiada no chão. Santhara apavorou-se e sentiu a mente trabalhar em disparada, maquinando um jeito de se safar e levar Legolas consigo. Seu olhar se fixou na visão de cordas sendo conjuradas do nada e se prendendo por magia nos pulsos da guerreira desacordada.

- Mas o que?
- Santhara, querida, quanto tempo.

A ruiva olhou na direção da voz e se surpreendeu com a pessoa que seus olhos viram.


- Pensei que você estava morto...
- A ideia era essa, minha linda.

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Quem quer pegar a batata quente?!



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Crônicas de San Atório em HQ (HQ de R$1,99)

Posted by Marcinha on 5 de novembro de 2013 11:41 in , , ,
Olá gente!
Um idéia louca me passou pela cabeça hoje e pus em prática rapidamente, só pra não perder a piada! rss..

(clique na imagem para ampliar)

Nanda, eu não queria revelar seu segredo... hahahahahahahahahaha...
Beijos!



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RESENHA: "O Beijo Escarlate" por Marcinha

Posted by Marcinha on 3 de novembro de 2013 06:00 in , , , ,
O Beijo Escarlate é o segundo livro da Série Midnigth Breed de Lara Adrian. A resenha de três outros volumes desta mesma série podem ser conferidos nos links abaixo:

"O Beijo da Meia Noite" (volume 1) - por Marcinha

"O Despertar da Meia-Noite" (volume 3) - por Nanda Cris

"A Ascenção da Meia-Noite" (volume 4) - por Nanda Cris


O Beijo Escarlate é o segundo volume da Série Midnight Breed, que conta a história da Raça. O termo Raça se refere à Raça dos vampiros, originada do cruzamento entre seus antepassados extraterrestes e algumas raras humanas especias, conhecidas como as Companheiras da Raça. Apenas essas humanas, que podem ser reconhecidas por uma característica marca de nascença, conseguem gerar filhos dos vampiros, e estes sempre nascem machos. Dessas uniões sobrevive a Raça, em abrigos onde vivem todos os vampiros Civis ou no quartel general onde residem os membros da Ordem, os vampiros guerreiros guardiões da própria Raça e dos humanos que desconhecem a existência dos vampiros com os quais convivem. Esse anonimato dos vampiros me fez lembrar a trama do RPG Vampiro - A Máscara.

Vamos à sinopse deste volume:

"Unidos pelo sangue e por sombrios segredos, eles mergulham em um mundo repleto de perigos e prazer intermináveis.

Tess Culver é uma sensual veterinária que se envolve com um desconhecido ao tentar salvá-lo. Ela luta pela vida de Dante que não é realmente um homem, e sim um dos guerreiros da Raça dos vampiros, que estão envolvidos em uma batalha desesperada. Em um momento único repleto de sensualidade, Tess invade seu mundo – um lugar obscuro em que gangues de vampiros renegados espreitam pela noite, causando terror por onde passam.

Aterrorizado por visões de um futuro sombrio, Dante vive e luta como se não houvesse amanhã. Tess é um contratempo de que ele não precisa – mas agora, com seus irmãos sob ataque, Dante deve protegê-la de uma ameaça crescente que inclui ele mesmo. Pois, com um beijo imprudente e irresistível, Tess se torna parte importante de seu reino no submundo. Ligados por um vínculo de sangue, Dante e Tess precisam se unir para acabar com inimigos letais, enquanto descobrem uma paixão que transcende às próprias fronteiras da vida."

Neste segundo volume já há uma guerra claramente se formando entre a Ordem e os Renegados. A facção conhecida como Renegados é o lado obscuro de Raça, vampiros que se deixaram dominar pela besta interna, cedendo à Sede de Sangue e sendo dominados por ela. São viciados em sangue. Assassinos. Perseguidos e combatidos pela Ordem, eles resistem e retaliam, organizados sob o comando de um obstinado vampiro de primeira geração que engrendra sombrios planos para multiplicar rapidamente o seu exército.

Nesse cenário temos o guerreiro Dante e veterinária Tess, e a paixão avassaladora que se desenrola entre eles, sob a qual a sinopse já contou bastante. Existem cenas bem hot durante o livro, como não poderia deixar de ser, dada a deliciosa e incansável libido destes deuses vampíricos com dois metros de altura.

Roubando a cena, há um saga paralela sobre um vampiro civil chamado Sterling Chase, que se une à Ordem em caráter temporário a fim de combater a nova ameaça imposta pelos Renegados. Chase tem toda uma história paralela, seus próprios problemas e motivações para lutar nessa guerra, e eu achei esse permear de tramas um dos pontos altos do livro.

Em contrapartida, achei que a saga de Dante e Tess deixou a desejar em originalidade, pois ela recria exatamente os mesmo passos de Lucan e Gabrielle (os mesmos desencontros, conflitos, perigos, personagens paralelos envolvidos) deixando que toda a trama do livro dois se pareça demais com o livro um. Em certo ponto a trama já está tão repetida e previsível que cheguei a achá-la enjoativa.

Mas, continuei lendo sem parar, por que a leitura é leve e rápida. E cada vez que Dante revelava suas pupilas fendidas  imersas nas íris cor de âmbar, seus caninos se alongando nas gengivas e se apossava de Tess repentindo efusivamente que ela lhe pertencia, meu coração acelerava concordando que a leitura valia a pena. ;)





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