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Lingerie

Posted by PatyDeuner on 22 de outubro de 2011 11:12 in , , , , , , ,

- Querido?
– Hum?
– Posso falar com você?
– Claro.
– Olha para mim?
– Pronto. Desculpe… Ei, nós vamos sair?
– Não, por quê?
– Então porque você está trocando de roupa?
– Não estou me trocando.
– Então porque você está só de calcinha e sutiã?
– Porque eu quero falar com você.
– Mas você precisava estar sem roupa?
– Sim.
– Você não está doente, está?
– Como assim?
– Você aparece aqui quase sem roupa e dizendo que precisa conversar. É sinal que eu vou ter que apalpar algo. Não é câncer de mama, né? Você sentiu algum caroço?
– Não é nada disso!
– Ok, mas você precisa concorda comigo. Eu apareço na cozinha vestindo cuecas e dizendo que preciso conversar com você. Aposto que você ia pensar na mesma hora que era sobre aquele meu joelho bichado.
– Não. Eu iria achar sexy.
– Oi?
– Sim, eu acharia sexy. Você não me acha sexy com esse lingerie?
– Acho. Essa calcinha fica bem em você. Era isso?
– Não. Eu quero contar uma coisa.
– Diga.
– Eu bati o carro hoje.
– Pelo amor de Deus! Quando? Você está bem?
– Mas não foi nada grave… Só arranhou a porta lá na entrada do prédio.
– Quando foi isso? Você se machucou?
– Não, não. Eu estou bem, só me assustei um pouco.
– Mas quando foi isso?
– Foi agora, quando cheguei, faz uma meia hora.
– Mas não está doendo nada? Tem certeza? Quer ir ao hospital?
– Não, estou bem. Pode ficar tranquilo.
– Mas por que você não me avisou? Você entrou em casa, me deu oi, saiu e voltou de novo!
– Então, é porque eu fui até essa loja comprar a lingerie.
– Oi?
– Sim, esta que estou usando.
– Essa calcinha é nova?
– Sim.
– Espere. Deixe eu entender. Você bateu o carro, entrou em casa, e não falou nada. Saiu, foi comprar uma calcinha, voltou, vestiu e decidiu falar sobre o carro?
– Isso.
– Maristela, você está bem?
– Claro. Eu já disse, não machucou.
– Não, não é isso. Você não poderia ter entrado em casa e falado “arranhei a pintura do carro, mas estou indo ali comprar uma calcinha e já volto”?
– É que eu queria estar sexy para você.
– Por causa do carro?
– Sim.
– Mas não tem porque ficar bonita para isso!
– Eu queria.
– Você não bateu a cabeça quando bateu o carro? É normal ficar um pouco desorientada…
– Claro que não! Estou ótima!
– Mas por que você quis ficar sexy para me contar que a porta do carro está amassada?
– Ai, Alfredo… Vem cá para perto…
– Para de esfregar as mãos nos seios! O que você está fazendo?
– Você não gosta?
– Claro que gosto, mas você acabou de bater o carro! Não faz sentido. Bater o carro te excita?
– Claro que não!
– Porque você está estranha.
– Ai Alfredo… Estou apenas seduzindo você.
– Mas e o carro? Você não está nem aí?
– Não, e você?
– Não, eu fiquei aliviado por que você não se machucou. Mas fiquei aliviado, e não morrendo de tesão.
– Ai, Alfredo… Você é tão devagar…
– Tem certeza que isso não te excita? Eu vi um filme uma vez…
– Chega, Alfredo.
– É sério. As pessoas se excitavam com porrada de carros…
– Desisto.
– Você não é assim, é? Teve aquela vez que eu dei ré e enfiei o carro num poste e você não ficou assim. Se ralar a pintura deixou você acesa desse jeito, aquela vez deveria ter deixado você em ponto de bala. Foi uma baita pancada.
– Como você é grosso, Alfredo!
– Não, eu só não entendo a lógica da coisa. Você bate o carro e vem aqui de lingerie me contar. A gente vai comemorar?
– Ai, Alfredo, esquece!
– Não, eu quero saber. É como se fosse um aniversário de casamento? Esta é a nossa primeira porta amassada do casamento, então você coloca uma calcinha nova, vamos abrir uma champagne… É isso?
– Esquece!
– Não, senhora! Quero saber de onde você tirou essa ideia!
– Não. Vou para o quarto colocar uma calça.
– Primeiro, responde. De onde você tirou essa ideia?
– Eu vi na TV, ok?
– Quê?
– Vi uma propaganda que diz que a lingerie sexy ajudar a contar notícias ruins para o marido.
– Oi?
– É. É isso. Pronto, falei! E você cortou o clima!
– Sério, Maristela… Eu não fiquei bravo porque você bateu o carro, eu fiquei preocupado com você. O carro que se foda. Para de alisar a barriga e fazer biquinho!
– Esquece, Alfredo. Você é insensível demais!
– Não tem lógica! Quer dizer que se eu perder o emprego, tudo o que preciso fazer é entrar em casa, tirar a roupa e ficar usando uma cueca nova para te contar a novidade?
– Eu vou para o quarto!
– Isso. Eu vou descer para ver o carro e você vai colocar uma roupa.
– Pode apostar que eu vou! Você nunca mais vai me ver de lingerie!
– Para de gritar, Maristela. O que é isso? Essa nota aqui?
– Que nota?
– Maristela, você pagou oitenta paus nessa calcinha!
– Não é calcinha, é lingerie!
– Oitenta reais? Nisso aí?
– Sim! Porque eu queria que você não se magoasse com o carro!
– Eu não me magoei! Mas oitenta reais!? Com oitenta reais eu compro cuecas para uns dez anos! E ainda pego umas meias!
– Alfredo, você é um insensível mesmo.
– Não importa! Oitenta reais?
– Eu queria que você não ficasse bravo com o carro!
– Não estou bravo com o carro, mas sim com você pagar oitenta reais numa calcinha!
– Não é calcinha! É lingerie!
– Você que vai pagar a funilaria desse carro, Maristela!
Copiado do blog Championship Chronicles

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As ilhas altas

Posted by PatyDeuner on 21 de outubro de 2011 09:32 in , , , , , ,

Colombo descobriu a América; eu descobri as Ilhas Altas, ao largo de Copacabana e Ipanema. Pode ser que muita gente antes de mim as tenha visto; mas, que eu saiba, nunca ninguém disse nem escreveu nada a respeito. Descobri-as, portanto, por minha conta, pelo meu costume de estar sempre olhando o mar. Tenho várias testemunhas, e citarei Paulo Mendes Campos, que já as enxergou e as mostrou a outras pessoas.

Para falar verdade, tenho descoberto muita coisa no mar - eu, que sou apenas um homem de praia. Em Ipanema descubro jamantas imensas, e já enxerguei, próximo à arrebentação, por duas vezes, indiscutíveis tubarões - estou falando de tubarões, e não de botos traquinas. Mas as Ilhas Altas são minha melhor descoberta. Assim, pois, concito os povos de Copacabana e Ipanema a olharem com assiduidade o mar, com os olhos de quem procura disco voador voando baixinho. Mas antes de encontrar as Ilhas Altas é preciso cada um se familiarizar com a visão das outras, as comuns - as Tijucas, as Cagarras, a Redonda, a Rasa, a Contunduba e as elevações do outro lado da entrada da barra. Porque acontece que quem não está acostumado a ver, a ver reparando no que vê, não verá as minhas Ilhas Altas. Ou verá mas não achará nada de estranho - pois não saberá que está vendo ilhas que não existem, ou melhor, que não existem assim como aparecem.

E apenas nos dias de muito sol e mar manso que as tenho visto - quando no horizonte marinho há uma faixa de ar trêmulo. Então ali se projetam ilhas com penhascos soberbos, altas, nítidas, fabulosas. Têm, como as outras, o violeta sujo das penedias, o verde-escuro das árvores, tudo azulado pela distância; mas seus costões são verticais ou reentrantes, convexos, roídos pelas espumas, e se aprumam com uma fidalguia soberba no horizonte - penhascos de lenda, majestosos, fascinantes. Duram minutos, talvez uma hora, e depois se perdem numa bruma seca, vagamente.

Olhem, pois, meus irmãos, o horizonte marinho. Não perderão nada - o mar é sempre belo quando brilha ao sol, às vezes pula um peixe de prata, num salto sensacional; e todos os navios são bons de ver, até a traineira humilde que reboca um barquinho e vai para o Sul, o madeireiro chato e lento que vem carregado de pinho. Olhem o mar - um dia verão minhas Ilhas Altas, e verão que são belas. Se não as virem, ainda assim olhem o mar - porque ele ensina apenas força e liberdade.


Rubem Braga

(“Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século”)


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E se o Batman fosse apenas um personagem da cabeça de Bruce Wayne?

Posted by Kbeça on 20 de outubro de 2011 22:29 in , , , ,
Não sou fão de mashups, mas este é muito bem feito:

O Complexo de Batman

Eu iria ao cinema para ver esse filme.

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Por amor

Posted by Kbeça on 18:37 in , , ,
Nós enfrentamos todos os obstáculos












































































Dedico à Nanda.

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Novos desafios para as amigas: Olhos Celestes e Paty!

Posted by Nanda Cris on 17:13 in ,





Esse blog tá muito parado minha gente!
Vamos agitar isso aqui!





Desafio do tempo e do espaço para a Olhos Celestes:

A casa estava toda na escuridão, a única luz que entrava pela janela vinha do vizinho da frente. Um barulho como passos ecoava do lado esquerdo da casa, de forma lenta, meticulosa. O ambiente era abafado, os móveis estavam todos cobertos com lençóis que já foram brancos. No chão, uma camada de poeira e algumas pegadas que seguiam para a direção do barulho. O cheiro de mofo impregnava tudo.

Aceitas?

.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.x.


E para a Paty, 5 frases para que ela possa continuar sua maravilhosa estória sobre Thorn, filho de Baldor Crotus e Edhinne Crotus, das terras baixas no norte e a bela princesa Isabella, filha do Rei Allard e da Rainha Ellana, do reino de Telvoz.

1. A vela já estava quase se apagando.
2. Por favor, não o mate!
3. Você sabe manejar uma espada?
4. O cavalo relinchou, em protesto.
5. A água do rio estava gélida e intempestuosa.


Aceita? Peguei leve nas frases, vai... nenhum videogame pra acabar com sua estória de época, kkk.

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Ladrões de Elite - Ally Carter

Posted by Nanda Cris on 19 de outubro de 2011 16:05 in ,
Até 2 dias atrás estava lendo esse livro. Apesar de ser um livro pequeno e teoricamente fácil de ler, levei quase uma semana para terminá-lo, porque achei-o meio chato. Arrastado, o casal de protagonistas não empolga no romance e a estória meio sem pé nem cabeça... Enfim, mas vamos por partes...

A capa:




Eu sei que dizem para a gente nunca julgar o livro pela capa, mas, normalmente, eu julgo.

E o que é essa capa?

Adorei esses olhões azuis, esse sorriso meio enigmático, a roupa preta estilosa, e o reflexo do óculos deu o toque final. Eu precisava desse livro pra minha coleção!





A sinopse:
Cinco valiosos quadros do temido mafioso Arturo Taccone foram roubados e o pai de Katarina Bishop, único suspeito, será morto se eles não reaparecerem em duas semanas. Mesmo sem o apoio de um adulto, a jovem Katarina, de 15 anos, resolve arriscar tudo para tentar recuperar as obras de arte e salvar a vida do pai.
Mas Kat não está sozinha. Nascida e criada numa família de audaciosos ladrões de arte, ela reúne sua própria equipe para ajudá-la nessa perigosa empreitada: Hale, o amigo sedutor que fará tudo por ela; Gabrielle, a prima linda e perfeita, que sempre a supera em qualquer comparação; os astutos irmãos Bagshaw, que enganam todo mundo com suas armações; e Simon, um nerd que entende tudo de tecnologia. No último momento, Nick, um batedor de carteiras interessante e muito suspeito, se junta ao grupo.
Para complicar a situação, eles descobrem que os quadros que precisam reaver – O filósofo, de Vermeer; Menina rezando para São Nicolau, de Monet; Dançarinas aguardando na coxia, de Degas; Dois meninos correndo em meio a montes de feno, de Renoir; e uma pintura sobre o filho pródigo, de Rafael – são espólio de guerra: peças históricas e inestimáveis roubadas pelos nazistas e jamais devolvidas a seus verdadeiros donos.
Kat e a jovem equipe de Ladrões de elite viajam pelo mundo atrás de pistas e passam por Paris, Nova York, Las Vegas, Nápoles, Roma,Viena, Varsóvia e Londres numa busca frenética até descobrir que os quadros estão escondidos no lugar mais improvável de todos: o museu mais seguro do planeta.
Acompanhe Kat e seus amigos nesta aventura de vida ou morte e deixe-se encantar por criminosos elegantes, inteligentes, ricos e glamourosos que não resistem à oportunidade de acrescentar mais um item à sua vasta coleção.


Minha opinião:

Veja bem... "Hale, o amigo sedutor", pelo amor de Deus! Ele passa o livro inteiro sem nem encostar na mão da Kat! Isso pra mim é ser indiferente e não sedutor, vamos combinar...

"e passam por Paris, Nova York, Las Vegas, Nápoles, Roma,Viena, Varsóvia e Londres..." Glamuroso não? Seria se os locais tivessem sido explorados ao menos um pouco. Dava no mesmo ela estar em Paris ou na padaria da esquina comprando aquele capuccino com croissant. Fala sério.

"deixe-se encantar por criminosos elegantes, inteligentes, ricos e glamourosos..." Onde, porque eu estou procurando até agora esses criminosos e não achei...

Enfim, romance insosso, trama arrastada. No último 1/3 Hale esboça uma leve demonstração de afeto por Kat, mas o final feliz deles a gente que tem que adivinhar por um leve segurar de mãos! O roubo das obras de arte do museu até chama a atenção, mas o final do roubo foi algo meio que "Hã? Sério?", parece que a autora não sabia como tirá-los da confusão, então botou qualquer coisa lá pra finalizar.
Eu, realmente não gostei e não recomendo.

Minha Nota:


OBS: Não consegui achar o link do ebook para download para pôr aqui (eu li em papel mesmo).
OBS 2: Minha opinião, hem galera? QUem gostou do livro pode falar os pontos que mais gostou, sem grilo. Já li mesmo! kkkk.

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Email errado

Posted by Nanda Cris on 18 de outubro de 2011 22:33 in , ,
Um casal decide passar férias numa praia no Caribe, no mesmo hotel onde passou a lua de mel 20 anos antes. Por causa do trabalho, a mulher não pode viajar com o marido. Deixa pra ir alguns dias depois.

Quando o homem chega a seu quarto do hotel, vê que há um computador com acesso à internet. Decide então enviar um e-mail à mulher, mas erra uma letra sem perceber e o envia a outro endereço.

O e-mail é recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do marido. Ao conferir seus e-mails, ela desmaia instantaneamente. O filho ao entrar encontra a mãe caída perto do computador.

Na tela escrito:

Querida esposa. Cheguei bem. Provavelmente você se surpreenda em receber notícias minhas por e-mail. Mas agora tem computador aqui e pode-se enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que está tudo preparado pra você vir na sexta feira. Tenho muita vontade de te ver, e espero que sua viagem seja tão tranqüila como está sendo a minha.

Obs: NÃO TRAGA MUITA ROUPA, AQUI FAZ UM CALOR INFERNAL!!!!



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Resposta do Desafio da Imagem da Paty

Posted by Nanda Cris on 17 de outubro de 2011 12:58 in ,
É crianças, não sei se era bem isso que a Paty tinha em mente quando me deu essa imagem, mas foi só o que eu consegui pensar, olhando para essa imagem.
Tenho amigas infelizes no amor, que ainda não encontraram a tampa da sua panela. Me inspirei nelas, mas sempre mantendo o clima otimista!



Primeira coisa a fazer: tirar aqueles saltos altíssimos. Seus pés a estavam matando e sentir o tapete felpudo da sua sala de estar com a ponta dos dedos era uma ótima sensação. Jogou-se no sofá, pensando em como queria terminar aquela noite. Depois de um encontro às escuras péssimo com alguém que revelou-se altamente pedante, ela só queria a si mesma e uma música suave. Espreguiçou-se. Melhor sacudir a preguiça e preparar um belo banho quente. Os músculos do pescoço e do ombro ainda estavam tensos devido ao difícil jantar. Levantou-se sem muito ânimo. Foi em direção ao quarto, mas no caminho parou ao lado do aparelho de som. Olhou a pilha de CDs... Enya? Sim, Enya seria uma boa opção. Sorriu ao ouvir os primeiros acordes. "Caribbean Blue" era sempre uma ótima escolha. Cantarolando, seguiu seu caminho. Retirou os brincos de pérola e jogou-os sobre a cômoda. O tubinho preto que vestia ficou perto dos pés da cama, junto com a meia calça. Apenas de calcinha, encaminhou-se para o banheiro, enquanto fazia uma trança frouxa nos cabelos. Aproximou-se da banheira e abriu a torneira de água quente. Testou a temperatura com os dedos. Delícia. Voltou ao quarto para pegar velas, um bom livro, sua caneta favorita, fósforos e seu diário. Colocou tudo em cima de uma tábua que se equilibrava nas laterais da banheira, simulando uma mesa. A água ainda não estava na altura ideal. Resolveu ir até a cozinha fazer um café. Os efeitos do vinho que tomou para tentar tornar o encontro mais agradável ainda estavam ali, deixando-a mole. Agora não precisava mais ter seus sentimentos turvados pelo álcool. Ferveu uma xícara de água e colocou um pouco mais de café solúvel que o normal. Precisava de muita cafeína para sair da letargia. Retornou ao banheiro, sentindo o cheirinho do café e as mãos aquecidas pela bebida quente. Pousou a xícara em cima da tábua. Acendeu as velas e sentiu o aroma de baunilha no ar. Percebeu que já bastava de água. Desligou a torneira e colocou alguns sais de banho na banheira que logo ficou tomada pela espuma. Retirou a calcinha e jogou-a no cesto de roupas sujas. Completamente nua, entrou na banheira, sentindo os músculos relaxarem instantaneamente. Ao som de "May It Be" suspirou. Recostou-se por alguns momentos na beirada da banheira. Olhou para o livro. Se perguntou porque era tão difícil encontrar na vida real alguém nobre, gentil e inteligente como o protagonista daquela estória. Brincou com a espuma. Só conhecia pretendentes egocêntricos, limitados e grosseiros. Esticou a mão e pegou a xícara. Sorveu um pouco do café. Não adiantava ficar ali, choramingando. Recolocou a xícara no lugar. Aprumou-se. Pegou a caneta e abriu o diário. Infelizmente escreveria mais um capítulo triste de sua estória. O final feliz não veio esta noite. Quem sabe na próxima?

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PARABÉNS!

Posted by PatyDeuner on 09:52 in , , , , , ,


Parabéns a todos os técnicos, programadores, analistas, digitadores, instrutores, web masters, designers, consultores técnicos, e toda essa família de heróis que são os profissionais de informática. Eles não são apenas profissionais de informática, na verdade são um pouco de cada profissão, como psicólogos, médicos, professores, profetas, assistentes sociais, intérpretes, agricultores (colhendo pepinos e abacaxis), conselheiros, e sem contar que muitas vezes tem que pedir revelação ao Espírito Santo pra saber o que se passa com o micro e principalmente com seu dono/usuário.
Por fim, que Deus lhes abençoe com paciência, sabedoria e principalmente amor à profissão, pois pra suportar tudo isso tem que gostar muito mesmo!

Parabéns principalmente aos amigos Nanda e Kbeça que são os heróis do nosso blog.

Que Deus abençoe e proteja vocês.
São os votos de todos os amigos do Retalhos!



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Eu por Eu mesmo - parte 2

Posted by Baltazar Escritor on 05:15 in ,



A Ponte da autoconfiança


Depois de andar por algum tempo em total escuridão veio um sentimento estranho que me acompanhou por algum tempo, ele parecia-se comigo, mas era meio bipolar, em algumas horas me estimulava a ir em frente, em outras choramingava que queria voltar, seu nome era Coraticum Fobia e por alguma razão estranha eu o seguia. Em um ponto entre um grande abismo e a continuação da viagem, isso mesmo, o ponto entre eles era uma ponte inacabada que eu nunca tinha visto, ele surtou de vez.
“Vamos voltar, é mais seguro no pensamento consciente! Não, sempre em frente, vamos que o caminho ainda é longo!” Ele se contradisse.
“Está escuro demais pra voltar e não tem como atravessar por uma ponte inacabada.” Respondi.
Comecei então a procurar alguém que pudesse me ajudar, ou pelo menos algo que pudesse me ajudar, perto dali havia uma pequena casa de obras, na frente dela um senhor cansado e com cara de experiente estava sentado em uma cadeira lendo o jornal. Fui interpelá-lo sobre o que havia acontecido que não terminaram a ponte.
“Faltou matéria-prima.” Ele respondeu.
“Madeira? Pedras? Mas ali está cheio!” Disse apontando pra casa de obras.
“Não, não, essa não é uma ponte comum, ela teve de ser construída com um material especial que não é fácil de encontrar.”
“Mas que espécie de abismo é esse que não se pode fazer uma ponte comum?”
“Esse é o abismo da insegurança, não se pode seguir viagem sem passar por ele. Tudo culpa daquele ali,” ele apontou pra Coraticum Fobia, “foi ele que fez o abismo!”
Olhei pro sentimento, ele me olhou com convicção e depois abaixou os olhos receoso. Estava começando a entender o que acontecia quando ele resolveu falar.
“Não é minha culpa, tenho dois lados, um é corajoso, o outro é o maior dos covardes. Quanto mais medo maior fica o abismo.”
“E que material é preciso pra terminar a ponte?” Perguntei para o velho.
“Autoconfiança!” Respondeu ele, o que me pareceu muito autoconfiante da parte dele.
“Droga Coraticum, droga. Agora como eu vou passar?”
O sentimento estremeceu, num momento parecia que ia me xingar, no outro estava com aquele olhar apavorado de novo. Comecei a entendê-lo, eu acho, minha primeira sacada de mestre, assim digamos, foi que se ele estava na minha cabeça era um sentimento meu. A segunda foi que ele tinha uma dualidade, foi aí que que descobri que ele era meu medo e minha coragem, óbvio, um não existia sem o outro. Vi naquele sentimento um reflexo de mim, duas versões da mesma pessoa em um único ser, senti saudades e pensei em Eu unicamente naquele momento.
“Não é minha culpa,” ele repetiu, “não posso evitar que isso aconteça. Enquanto brigo comigo mesmo só gera mais e mais insegurança, quando medo e coragem não se dão só podem gerar insegurança!” Ele parecia se dirigir mais ao velho do que a mim. “E eu sou apenas um sentimento, um sentimento dele e ele devia me controlar melhor!”
Agora o sentimento estava me acusando, isso era loucura demais até pra mim, tentei me defender.
“Olha, não me leve a mal Coraticum...”
“No momento sou Fobia, vamos separar os lados por favor.” Ele me interrompeu.
“Que seja, não me leve a mal, mas só vou conseguir controlar meus sentimentos com o tempo...”
“Não me envolva nessa história!” Desta vez o velho interrompeu.
“Ah, cala essa boca velho! Você não é o tempo nem aqui nem do outro lado do córtex cerebral!”
“Está mais corajoso Fobia?” Ele perguntou ao sentimento que duvidava da sua identidade.
“Acho que sou Coraticum agora.”
“Vamos parar com a palhaçada agora!” Eu me senti no direito de interromper.
“Você que começou!” Ambos me acusaram.
Estava cansado daquele aponta daqui aponta de lá, maldito joguinho de empurra empurra que não ajudava em nada e que começou a me subir nos nervos. Nesse ponto confesso que foi falha minha deixar de avisar que meu cachorrinho, um chiuaua marrom chamado Irritação, dormia em cima dos nervos, um mal hábito concordo. Desperto pela confusão ele começou a dar aqueles latidos irritantes que ecam nos tímpanos.
“Quieto Irritação, quietinho, quem é o bebê fofinho? Quem é?”
Não é preciso dizer que essa bajulação de nada adiantou e ele pulou em cima do velho e do sentimento. O pequeno peste escolheu como primeiro alvo a canela do sentimento.
“Larga, por favor, me larga. Cachorrinho bonzinho, larga pelo amor de Deus!” Ele choramingava.
Ele largou, mas abocanhou a barba do velho que havia caído com a investida do cão e não levantara antes da segunda investida do Irritação, começando uma espécie de cabo de guerra em que o velho tentava erguer a cabeça sem levar pendurado nos pelos do rosto o chiuaua. Eu mereço! Tudo eu, tudo eu.
Enchi os pulmões de ar e falei o mais alto que podia.
“Ordem! Ordem! Irritação, já pra casinha, e vocês dois, isso são modos? Tratem de se recompor, onde já se viu dois marmanjos perdendo pra um cachorrinho?!”
Nesse momento me senti cheio de autoconfiança, transbordando até, foi quando Coraticum Fobia começou a se dissolver e a se incorporar a mim. Aquilo foi bizarro, mas de alguma forma me senti bem. O velho, que dizia ser o tempo, foi pegando os blocos de autoconfiança e colando-os ao resto da ponte, me impressionei com a velocidade que ele fazia aquilo. Assim, em pouco mais de duas horas a ponte estava finalizada, e eu já estava na ultima passada pra atravessá-la quando o velho me parou.
“Deixe-me te dar um aviso,” usou um tom que pra mim parecia muito experiente em convencer as pessoas, “sempre que você se ligar aos seus sentimentos ficará mais humano. Sua mente é insana demais pra suportar, você é insano demais pra suportar, evite sentir que você chegará até o seu objetivo.”
“Você pirou de vez?” Estava mais do que claro que ele não era o tempo nem de longe. Que pensamento mais idiota, cheguei a pensar outro até, que se fosse mais idiota poderia ter sido meu e guardei a nota mental de fechar bem minha mochila pra ninguém roubar meus pensamentos.
“Se não quiser aceitar azar o seu, o conselho eu dei.”
“Isso é só papo furado, aposto que sem sentimento você não passa nem do próximo obstáculo!” Eu estava segurando Irritação pela coleira pra não atacar o velho.
“Acha mesmo?” Ele perguntou. “Pois bem, aposta aceita.”
“Hã?” Viram, isso sim é pensamento idiota, nada mais idiota que um hã? na hora errada.
“Você disse que apostava, eu disse que aceito. Quem chegar até as ideias primeiro vence, se você ganhar te dou tempo o suficiente para trabalhar, estudar e cuidar de uma família, mas se você perder eu fico com todas as suas ideias que escaparam. Então, topa?”
Aí Coraticum aprontou a primeira depois de incorporado a mim.
“Topo!”
O velho disparou na frente com uma saúde de dar inveja a qualquer maratonista.
Agora eu estava numa corrida contra o tempo, literalmente.

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Ormie the Pig

Posted by PatyDeuner on 16 de outubro de 2011 18:05 in , , , , , , ,
Ormie é um porquinho cor de rosa bem simpático que ao passar pela geladeira vê alguns biscoitos em cima dela e fica com vontade de comê-los. O único grande problema é que eles estão fora de alcance. Mas será mesmo que ele não consegue pegá-los? Veja as tentativas de Ormie para conseguir os biscoitos. O curta já ganhou oito prêmios em festivais, incluindo melhor curta metragem e escolha da audiência. O curta é uma criação da agência 
Arc Produtions. Divirtam-se!





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Uma estória verdadeira sobre Michelle Obama...

Posted by Nanda Cris on 13:12 in , , , , ,
A história é verdadeira, contada pela própria Michelle na Readers Digest:



Numa ocasião, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu para jantar com sua esposa, Michelle, e foram a um restaurante não muito luxuoso, porque queriam fazer algo diferente e sair da rotina.
Estando sentados à sua mesa no restaurante, o dono pediu aos guarda-costas para aproximar-se e cumprimentar a primeira dama, e assim o fez.
Quando o dono do restaurante se afastou, Obama perguntou a Michelle: Qual é o interesse deste homem em te cumprimentar?
Michele respondeu:
Acontece, que na minha adolescência, este homem foi apaixonado por mim, durante muito tempo.
Obama disse então: Ah, quer dizer que se você tivesse se casado com ele, hoje você seria dona deste restaurante?
Michelle respondeu: Não, meu querido, se eu tivesse me casado com ele, hoje ELE seria o Presidente dos Estados Unidos.

Para as mulheres: Valorizem a sua importância e capacidade.

Para os homens: Não esqueçam de reconhecer e enaltecer o verdadeiro valor da mulher.

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