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Best Of You - Foo Fighters

Posted by Nanda Cris on 30 de junho de 2012 23:01 in ,
E aqui fecho o ciclo de desafios atrasados com essa magnífica música que meu amigo Balta me presenteou:



Obrigada pela música, amigo!



As lágrimas escorriam pela face, os olhos olhavam sem enxergar. A chuva a ensopava, o vento a congelava, e ela nem sentia. Estava completamente anestesiada. No seu Ipod, começou a tocar "The best of you". 

I've got another confession to make
I'm your fool
Everyone's got their chains to break
Holdin' you

As lágrimas correram ainda mais fartas, as últimas palavras dele ecoando em sua mente: "Você é masoquista ou o que? Me esquece!"

Were you born to resist or be abused?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

A música energizou-a de um modo tal que ficar parada não era mais uma opção. Saiu correndo em disparada, cruzando ruas, sem se preocupar com os carros. 

Are you gone and onto someone new?
I need somewhere to hang my head
Without your noose

Queria morrer, queria esquecer, queria nunca mais sentir aquela dor. 

You gave me something that I didn't have
But had no use
I was too weak to give in
Too strong to lose

Quando finalmente se apaixonara por ele, acreditando na promessa de amor eterno, o que ganhara? A solidão. A necessidade dele de se afastar. "Seu tempo passou e você perdeu a chance".

My heart is under arrest again
But I break loose
My head is giving me life or death
But I can't choose
I swear I'll never give in
I refuse

Rastejou, implorou. Chorou e se desgraçou. Sofreu e se rasgou. E para que? Para ganhar ódio e desprezo e não carinho e perdão.

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

A corrida faz seus pulmões fraquejarem, a respiração acelerar, seu coração palpitar, o corpo tremer. 

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
You trust, you must
Confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

Agora que era toda dele, que estava cega para o mundo. Ele simplesmente a ignorava e a repelia. Como isso era possível, meu Deus? Que lei cósmica perversa é essa?
- Existe alguém aí? - Ela grita olhando para o alto, para a chuva que caía sem trégua - Alguém com poder? Preciso de alguma ajuda por aqui, pode ser?
Ela respira com dificuldade. As pessoas do parque começam a se afastar com medo, mas ela não vê e não escuta ninguém. Concentra-se no invisível. 

Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
The life, the love
You die to heal
The hope that starts
The broken hearts
You trust, you must
Confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

- Deus, eu sei que você está aí, não vem com essa de fingir que não ouve! - Ela cai de joelhos, sujando a calça de lama. Como ela queria que os erros do passado fossem tão fáceis de limpar quanto aquela sujeira em suas roupas. - Seu filho da mãe, desgraçado!
Sonhava com o amor do começo, quando ele a endeusava. Hoje ele a olha com ódio, a xinga e a destrata. Sem respeito, sem limites, sem amor.

I've got another confession, my friend
I'm no fool
I'm getting tired of starting again
Somewhere new

Ela demorara a se entregar por todos os problemas do passado. Quando finalmente apostava suas fichas... recebera da roleta mais um fracasso pra coleção. Seu coração estava em pedaços, sua alma destruída, não queria mais tentar. Aquele jogo tinha cartas marcadas, ela nunca poderia vencer. A felicidade era para os outros, para ela era sempre o podre, o ruim.

Were you born to resist or be abused?
I swear I'll never give in
I refuse

Odiava auto-piedade. Ela enxuga as lágrimas. Era uma guerreira, uma batalhadora. Levanta-se. Olha para o céu com desprezo. Não precisa Dele. Nem daquele que manipula seu coração. Não precisa de ninguém. Ia juntar seus pedaços e colocar tudo no lugar. Lamber suas feridas até se curar. E recomeçar. Como a fênix, ressurgiria. Tantas outras vezes fizera isso. Aquele era só um percalço. O cara certo estava por aí, ela só precisava encontrar.

Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?
Has someone taken your faith?
It's real, the pain you feel
You trust, you must
Confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you? 

Cantarolando a música, voltou-se para ir para casa. Ensopada, enlameada, alquebrada e vazia. Mas decidida. Mostraria para eles.







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Armadilha

Posted by Olhos Celestes on 29 de junho de 2012 20:18 in , , ,
Resposta ao desafio da Nanda...
(Não adianta, nunca respondo na ordem certa meus desafios :S, sempre escrevo o que vem de inspiração primeiro na cabeça ^^)


Panorama: O frio era tanto que não havia nenhum animal em léguas e léguas. Toda a água estava congelada. O sol não se dignava a aparecer há muitos e muitos meses. Todo o entorno era de um branco cegante. Até onde os olhos podiam alcançar, o vazio dominava, quebrado apenas por rajadas de vento e neve esporádicas.



Armadilha



Jared caminhava apressado naquele cenário desolador, estava a procura de quem o chamava, e devia ser por algo muito importante e confidencial para ser tratado ali, no meio daquele nada de gelo e névoa. Sabia que a dama que o chamava estava com pressa, e ele atenderia sem relutar, só não entendia por que ele estava sendo chamado, já que não era o mais forte que ela conhecia.
Impossível acreditar que fosse um humano nessas condições, caminhando por aquela imensidão congelada com um simples jeans e uma jaqueta de imitação de couro, mas não precisava se esconder, como o sol estava fazendo há meses naquele lugar, nenhum humano de verdade passava por ali a tanto tempo quanto o sol se fora, e se algum aparecesse, ótimo, pois estava morrendo de fome. Tratou de tirar logo o pensamento da cabeça, precisava chegar logo e descobrir o que Felícia queria, o chamado estava mais forte e ele resolveu correr.
 Porém enquanto corria Jared não pôde deixar de pensar no que Felícia estaria fazendo ali, se bem sabia a menos de dois dias ela estava no verão da Inglaterra, muito perto de onde ele mesmo estava. Porque fora para lá tão depressa? E o que era tão importante para chamá-lo as pressas?
Aquele branco  o estava cansando, parecia nunca ter fim, toda aquela neve estava confundindo os seus sentidos, e o vento não ajudava em nada. Tentou ouvir algo mais para se guiar, Felícia deveria estar perto de algo, água, floresta, qualquer coisa, não poderia estar no meio do nada propriamente dito. Tentou em vão aguçar seus sentidos, não haviam animais há quilômetros, a água congelada não fazia barulho, não havia nada mesmo para seguir, apenas o chamado que ficava fraco a medida que ele entrava mais e mais naquele mar branco que confundia até a sua visão perfeita.
Um uivo mais forte do vento e ele por um segundo pensou que o chamado estava vindo de outro lado, aquela voz suave que sussurrava no seu ouvido, mudou de direção, depois confundiu-se de novo, estava quase entrando em desespero, o que seria possível se tivesse ainda sentimentos e emoções.
Ah, por que era tão fraco? Tantos vampiros já haviam aprendido a voar com bastante prática, era só uma questão de se mover tão leve e rápido e pairar no ar, mas ele não, sempre fora tão imbecil para conseguir aprender tais coisas...
Agora se lastimava, o que o atrapalhava eram justamente seus sentimentos, sim, ele os tinha ainda, por algum erro do destino ele herdara seus sentimentos da sua terrível vida humana, não dividia isso com nenhum outro vampiro, tinha medo que soubessem que ele era diferente, e sabia que era por causa de suas emoções que era tão lerdo, tinha medo de aprender coisas novas, tinha medo de tudo. E tinha medo dessa imensidão branca, e da sede que só aumentava, e do chamado que não conseguia seguir direito, se ainda tivesse lágrimas choraria.
Ela o estava chamando, não era qualquer um, embora devesse responder ao chamado de qualquer um do clã que precisasse de ajuda, ela era a mais especial de todos, não por que era vice-líder do clã, mas por que era a sua paixão secreta. Ah, fora ela que o transformara, apaixonara-se por ela ainda como humano, sem saber que era apenas uma presa sua, um brinquedo na verdade. Quando descobriu o desespero foi tão grande que ele implorou para ser transformado, e ela cedeu.
Jared balançou a cabeça, jogando para longe as lembranças, precisava se concentrar! De repente sentiu que alguém o seguia. Alguém? Ali? Só podia ser outro vampiro, e com certeza não era Felícia, sentia algo diferente quando ela estava por perto. Virou-se, não viu nada, seus sentidos disseram que o seguidor estava do outro lado, virou-se, nada além do branco sem fim. Começou a ficar angustiado, sentia três deles agora, mas onde?
De repente um baque, algo atingiu-lhe na cabeça e o fez parar. Fora apenas o susto que o fez paralisar pois nada o feriu, mas isso bastou para que três vampiros bem mais fortes que ele o agarrassem, e então ele sentiu o coração apertar, não pelo medo ou pelo susto, mas por que de repente ele sentiu ela se aproximando. Não estava entendendo nada, afinal, o que estava acontecendo? Viu sua amada chegar voando e pousar graciosamente a sua frente, seus cabelos negros e vestido escuro contrastando lindamente com a neve, ela trazia em mãos uma lança, o que fez Jared tremer.
- Olá, Jared... – Ela disse, aquela voz tão doce derreteu-o. – Deve estar se perguntando por que o chamei aqui, bem, - Ela acariciou a lança. – você sabe que é uma aberração entre nós, e eu fiz questão de vir pessoalmente fazer o trabalho. – Deu-lhe um sorriso cínico mostrando os caninos. – Quais são suas ultimas palavras?
Jared de repente entendeu tudo, era uma armadilha. Achou que conseguia esconder de todos os seus sentimentos, mas ela os conhecia, e justo ela o trouxe para a armadilha, e agora era de fato o fim de sua vida de sofrimentos. Sentiu-se na verdade muito aliviado por isso.
- Eu sempre vou te amar. – Foi só o que disse, e então Felícia transpassou seu coração de pedra com a lança imaculada, a única arma capaz de matar um vampiro.

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Zeca e Joca - Organizando os livros

Posted by PatyDeuner on 09:28 in , , ,
Em homenagem a Nanda e a Lívia que não param de comprar livros!
Nesse episódio de Zeca e Joca, que passava no programa Glub Glub da TV Cultara, os amigos tem que dar um jeito de organizar tantos livros. É realmente muito criativo.



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Citação

Posted by PatyDeuner on 08:52 in , , , ,

“Os livros e a mente só funcionam se estiverem abertos”
James Dewar





Um ótimo final de semana amigos!

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Inimigos Noturnos - Parte 4

Posted by Nanda Cris on 28 de junho de 2012 22:30 in ,
Só tenho 1 coisa para dizer: Paty com suas frases está conduzindo a minha estória descaradamente, rsrs. Mas tudo bem, lindona. Quando eu conseguir alguém que compre essa estória, 50% dos lucros é seu, podexá! :-D

As frases:
1- Quando menos esperava ela o abraçou e sussurrou que o amava.
2- - Tenho fome, preciso comer...
3- Um lindo vestido de seda creme deixava transparecer seus seios.
4-  Em meio a discussão, Brad deu um grito angustiante enquanto seu braço era arrancado.
5- - Não podemos ficar com um zumbi aqui. Esse é o nosso refúgio!

As primeiras partes: http://retalhosassimetricos.blogspot.com.br/2012/05/inimigos-noturnos-parte-3.html

O texto:
Não sabia se o que o havia acordado era a dor latejante na cabeça, se era o cheiro delicioso de comida ou se tinha sido um bater ritmado que provinha não muito longe de onde ele estava. Talvez tivesse sido a combinação dos três juntos. O fato era que ele acordara de um sono sem sonhos e agora olhava em volta, tentando se localizar. Estava deitado num saco de dormir, dentro de uma barraca. Além dele mesmo haviam ali apenas uma mala de lona e uma velha senhora, sentada a um canto, tricotando enquanto cantarolava baixinho. Tentou sentar-se e tudo começou a girar. Recostou-se novamente e percebeu a idosa se aproximando. Ela colocou a mão em sua testa e sussurou enquanto abria um sorriso desdentado:
- Sem febre, muito bom, muito bom.
A esta altura, seu estômago doía mais que a sua cabeça, então, sem pensar muito na boa educação, falou:
- Tenho fome, preciso comer...
- Claro, claro, pequena criança. Vou providenciar algo, não saia daí.
Ray então fechou os olhos para tentar suavizar um pouco o desconforto que estava sentindo e, sem perceber, resvalou para um sono agitado novamente.

Ao acordar, relanceou o olhar procurando a velha senhora. Surpreendeu-se ao perceber que ela havia sido substituída por uma bela jovem, que o encarava sem pudor. Ela se levantou e encaminhou-se até a beira do seu saco de dormir, parando a poucos palmos de distância. Era impossível não notar seus trajes. Ela vestia um lindo vestido de seda creme que deixava transparecer seus seios. Mesmo debilitado, era impossível não notar sua exuberância. Deixou-a falar primeiro, pois não estava muito certo sobre quem ela era ou como deveria agir. Ela não o deixou esperando muito tempo:
- Quem é você forasteiro e o que fazia com aquele bebê zumbi?
- Meu nome é Ray, e o seu seria?
- O meu não vem ao caso, e caso você não tenha percebido, quem pode fazer perguntas aqui sou eu. - Ao terminar de dizer isso, agachou-se para conseguir encostar o canivete, que sacara só Deus sabia de onde, no pescoço dele. Esse movimento fez sua saia revelar suas longas pernas bronzeadas. Ela não pareceu notar ou, se notou, não se importou. - E então?
- Ok, se você prefere assim... Me chamo Ray. Perdi toda a minha família num ataque de zumbis. Consegui fugir com minha namorada, Anna, mas ela também foi capturada mais tarde. Procurei-a por todos os lugares e depois de um tempo, acabei achando-a através de um bilhete anônimo que até agora é uma incognita para mim. Estávamos escondidos naquela casa até que um zumbi nos atacou ao mesmo tempo em que vocês nos acharam e o resto da estória você deve saber melhor do que eu, já que estava apagado e não faço idéia do que aconteceu.
- Sei... - ela olhava-o como se o avaliasse.
- O que? Não sou muito bom em contar estórias quando alguém está com um canivete apontado para a minha jugular. - ela encarou-o por mais alguns minutos e abaixou a arma, sem se afastar ou guardá-la de todo. Ray sentiu-se encorajado a continuar o diálogo - Por acaso o bebê zumbi a quem você se referiu anteriormente era Anna?
- Por acaso era sim, forasteiro.
- E o que você pode me falar sobre os bebês zumbis?
- Eu pareço te dever alguma explicação?
- Sabe, nós estamos meio que ferrados juntos, seria interessante eu saber o que vocês sabem, para tentar ajudar.
- Não há o que ser feito por sua bela Anna. Ela esta nesse momento sendo preparada para a sala do abate. - a calma dela era enervante
- Abate? - ele devia ter ouvido errado, só podia ser isso.
- Sim, abate, darling. Neste exato momento Brad está cuidando da sua Flor de Lótus. Qual o seu problema? Não podemos ficar com um zumbi aqui. Esse é o nosso refúgio! Você só não está lá com sua preciosa Anna porque não tem nenhuma mordida.
Ray sentiu uma descarga de adrenalina percorrer todo o seu corpo, enquanto levantava e empurrava a desconhecida com uma força que nem ele sabia que possuía. Saiu correndo sem saber direito para onde, apenas queria se manter em movimento, procurando, procurando. O refúgio era uma confusão de pessoas e barracas coloridas. Em meio à sua busca frenética, deparou-se com a senhora desdentada que vira mais cedo. Segurou-a pelos braços para que não fugisse e indagou, todo o desespero que possuía estampado em sua voz:
- Senhora, onde ela está? Onde está Anna?
- Quem é Anna, meu filho? 
- A bebê zumbi que veio comigo.
- Ah... essa...
- Senhora, por favor, me ajude. Eu a amo. Não posso deixá-la ir assim, sem nem me despedir. - Ray pode ver que esta frase calou fundo na alma da idosa, talvez se lembrando de um amor perdido, ou de um filho que nunca mais aninharia nos braços. Ela apontou um dedo trêmulo para uma grande barraca distante, mas ainda assim, bem visível no meio daquela confusão toda. Ray nem conseguiu agradecer-lhe, adiantou-se, depositando todas as suas forças naquela corrida, o tempo era crucial.
Ao chegar mais perto da enorme tenda, deparou-se com um guarda que possuía uma longa faca. Seu único modo de lutar e vencer, estando desarmado, era o elemento surpresa. O rapaz parecia distante, sonhava acordado. Ray não queria matá-lo, apenas tirá-lo de combate. Então, aproximou-se sorrateiramente, atacando-o de lado, com uma cotovelada bem dada entre o olho e a orelha esquerdos. O guarda soltou uma exclamação abafada e caiu, inconsciente.
Ray rapidamente armou-se com a faca e foi entrando na barraca, pé ante pé. O que ele viu o deixou petrificado. Anna estava nua e assustada, acuada em um canto e dois homens discutiam entre si pelo direito de tê-la primeiro. Tê-la. Primeiro. A sua Anna. Ele aproveitou-se do forte diálogo que se desenrolava e aproximou-se de um dos homens, em cuja camisa era possível ler "Brad". Brad, o carrasco que, segundo a desconhecida, poria um fim à vida de Anna. A raiva cegou-o. Atacou. Em meio a discussão, Brad deu um grito angustiante enquanto seu braço era arrancado. Ele desmoronou no chão, choramingando, enquanto o outro homem corria em direção à saída da barraca. Que fugisse. Anna era sua prioridade agora. Correu até ela, a faca ainda em sua mão direita, gotejava sangue, fazendo uma trilha vermelha por onde passava. Ao se aproximar dela, abraçou-a, enquanto sussurava em seu ouvido que tudo ficaria bem. Quando menos esperava ela o abraçou e sussurrou que o amava.

Espero que tenham gostado, amigos Retalhenses!

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Desafio na área!

Posted by Nanda Cris on 15:12 in ,

OBS: Levei a manhã inteira para conseguir finalizar este post, veio a Paty e passou na frente, kkkk. Vou postar assim mesmo, quero nem saber. :-P

Desafio na área para as meninas sedentas por escrever.
Vamos ressucitar o Desafio no Tempo e no Espaço!
Para quem não lembra, é só refrescar a memória aqui: http://www.retalhosassimetricos.blogspot.com.br/2011/10/novo-desafio-na-area.html

Livia:
Panorama: A comunidade estava em alvoroço, o BOPE estava entrando na favela. Cada janela tinha um rosto apavorado, espreitando. Cada viela tinha um homem armado que berrava num rádio. O medo era tão palpável que era quase possível tocá-lo. Até o tempo parecia triste com todo aquele escarcéu, o sol havia se escondido e caía uma garoa fina, criando um frio pouco normal para aquela época do ano.

Olhos Celestes:
Panorama: O frio era tanto que não havia nenhum animal em léguas e léguas. Toda a água estava congelada. O sol não se dignava a aparecer há muitos e muitos meses. Todo o entorno era de um branco cegante. Até onde os olhos podiam alcançar, o vazio dominava, quebrado apenas por rajadas de vento e neve esporádicas.

Se bem me lembro, Kbeça está sem desafios no momento, então, vai um pra ele também, só pra descontrair:
Kbeça:
Panorama: Um galpão abandonado. Por todo lado caixas e mais caixas, algumas semi-abertas por onde fugiam pedaços de isopor para acondicionamento. Não há como saber se é dia ou noite, pois não há janelas. Apenas um portão, mas ele está fechado. Luzes amareladas pendem do teto, criando uma leve iluminação, por todo o lugar há sombras. Algumas goteiras criaram poças no chão. No meio desse caos, um furgão, todo negro e sem placa se encontra a um canto. A temperatura é um pouco sufocante, devido à falta de ventilação ambiente.

Quem mais quiser um desafio no tempo e no espaço, só falar que eu posto aqui.
E aí, crianças, topam o desafio?

Escritores, gonna escrever!

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BATATA QUENTE

Posted by PatyDeuner on 09:54 in , ,



Gostaria de propor um novo desafio para nossos colaboradores, para intensificar nossa interação e aumentar nossa criatividade. É o “Batata Quente”, e consiste no seguinte:


Vou propor dois começos de história com temas diferentes e os participantes devem dar continuidade nelas. A proposta é construir uma história contada por todos, onde cada um vai por um pedacinho da sua imaginação à sua maneira. Tenho certeza que será bastante emocionante trabalharmos juntos com mentes tão díspares.












Vamos às regras:

1-     Serão dados dois começos de histórias, um com o tema “POLICIAL” e outro    com o tema “FANTASIA”.

2-     Os dois textos serão desenvolvidos ao mesmo tempo por quem quiser participar (conto com a participação de TODOS!)

3-     Para que a história não fique longa nem sem um final, proponho que cada participante contribua com dois trechos em cada história no decorrer do desafio, e por isso todos devem publicar no comentário deste post “Quero Batata Quente” rsrsrs. Assim teremos uma prévia do tamanho da história e quando será o final, ficando mais fácil para os últimos participantes desenvolverem um desfecho coerente.

   4-     Sempre que um participante postar a sua continuação, o próximo será quem se candidatar primeiro publicando nos comentários "A Batata Quente é minha”, e assim sucessivamente. Acompanharei todo o desenvolvimento das histórias e tentarei informá-los quando estiver próximo ao final.

   5-     Cada participante terá UMA SEMANA (sete dias) para postar a sua continuação. Se acontecer de postar antes do prazo melhor, mas se por ventura o candidato tiver algum problema particular (ou de inspiração) e não conseguir postar no prazo, faça o obséquio de informar no blog que irá atrasar e dar um prazo médio para a publicação (se achar necessário pode passar a Batata Quente para outro que estiver interessado).

   6-     Ao final das histórias faremos um post colocando todas as partes juntas com um título que iremos juntos decidi-lo (minha proposta é que façamos uma votação), e também uma imagem referente à história (minha proposta é solicitar a Telma que crie uma imagem especial para ela com seus dons maravilhosos de photoshop ^^).

   7-     Em cada postagem coloquem a tag “BatataQuente” (aprendi com o Kbeça ^^), e a sua tag pessoal.

   8-     Intitularei Batata Quente (1) e Batata Quente (2), que deverá ser o Título dado a cada post das continuações da história.

Bom, acho que é isso. Se alguém tiver alguma crítica e/ou sugestão para esse desafio é só dizer. Gostaria realmente que todos participassem mesmo que seus trechos sejam pequenos ou até mesmo de um parágrafo só. Minha intenção é interagir nossas mentes férteis.

Agora as histórias


BATATA QUENTE (1) 

1ª PARTE

O galpão fedia a urina e mofo. Finas partículas de luz passavam pelos vidros quebrados mas não chegavam ao chão, tornando muito difícil ver o que tinha a sua frente. Apenas vultos de montes de ferro retorcido e enferrujado serviam de alguma proteção ao seu corpo. Estava com o agarre firme em sua pistola mas o suor a fazia vacilar.
Mais cedo, naquele mesmo dia, estava em um bar tomando seu maravilhoso gin com tônica. Aquela era sua recompensa após um longo dia de trabalho. Infelizmente não pode curtir aquele momento por muito tempo, seu olhar treinado acabou detectando o suspeito. Saiu atrás dele às pressas mas sentiu seus reflexos falharem. Ela realmente não estava bem para iniciar uma perseguição, e mesmo assim aqui estava ela, neste galpão fedorento, suando frio e com a visão ainda mais turva do que estava no início da caçada. Seus movimentos eramcada vez mais lentos.
Viu de relance o cara sair detrás de um carro desmontado e correr na direção oposta.. Por reflexo levantou-se de seu esconderijo e arrastou-se atrás dele. Já não conseguia mais do que arrastar-se.
- Pare ou eu atiro! - Seu grito saiu mais como um grasno sufocado, e como percebeu que ele não iria parar, atirou.
Inacreditavelmente o tiro foi certeiro, e o suspeito estatelou-se no chão com um baque surdo.
Reuniu suas últimas forças para chegar até o corpo debruçado sobre montes de lixo. O cheiro se sangue recém derramado revirou-lhe o estômago já agitado desde sua saída do bar. Quando virou o corpo para cima, seu rosto foi revelado.
-Deus não! Você não!
Foi a última coisa que conseguiu dizer antes de perder a consciência. Nesse mesmo instante seu bip vibrou em seu bolso. E ficou vibrando incansavelmente sem resposta durante várias horas.


BATATA QUENTE (2)

1ª PARTE
O sorriso dela era encantador. Mesmo a vários metros de distância podia ver cada detalhe daquele rosto perfeito. Ela gargalhava agora, jogando para trás seus cachos negros que chegavam na cintura. O cara que estava ali na praça sentado ao lado dela aproximou-se e pegou sua mão.
Uma fúria inconsciente enrijeceu cada músculo do seu corpo e fogo parecia correr-lhe pelas veias.
- Minha! – Ele disse sem nem mesmo perceber, e o susto dessa revelação fez abrandar sua fúria, transformando-a em pânico.
- Foco seu idiota, foco!
Ele estava ali apenas por um motivo e precisava cumprir sua promessa. E nunca, jamais essa encantadora mulher poderia saber quem ele era de verdade.
Sua audição apurada só escutou uma última coisa antes de sair dali correndo para fugir daquele tormento.
- Posso beijá-la Suzane?
Antes mesmo de virar a esquina seus sentidos sobrenaturais detectaram o perigo. Pode sentir mesmo antes de vê-los. Virou-se e viu grupos de três criaturas caminhando apressados em direção ao centro da praça. Os rostos estavam encobertos pelo usual capuz negro, mas o brilho escarlate dos olhos era perfeitamente visível pra ele. Contou, três, seis, nove, doze...
- Merda! São muitos!
Desviou seu olhar para Suzane, que continuava a sorrir sem se dar conta do perigo que se aproximava.


E então. Quem vai ficar com a BATATA QUENTE primeiro?


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Eu odeio Pre... to - Parte I

Posted by Kbeça on 08:45 in , , ,
Se você entendeu que eu odeio "Preto", tenho a vergonha de lhe dar as "más vindas" ao Pre.. CONCEI... to!

Mas, o que é o preconceito, como surgiu, causas, possíveis tratamentos? Não perca hoje no... Não! Pára! Pára tudo! Não é nada disso.

A ideia, o conceito, de preconceito é amplamente difundida e "blábláblátizada" por todos os meios de comunicação.

Todo mundo sabe que ele nasce a partir do ódio, da intolerância, mas, acima de tudo, da ignorância das pessoas. Começa com um simples comentário, proferido por uma pessoa a qual respeitamos e/ou admiramos, com uma piada "inocente" e, quando menos percebemos, formou todo o nosso caráter.

Já fui vítima de preconceito, já fui e sou preconceituoso. É, isso mesmo. Sou preconceituoso. Mas, o que me faz diferente dos demais? A minha curiosidade, a minha vontade de aprender e entender. Isso, meus amigos, faz toda a diferença. E como surgiu isso? O preconceito e o combate ao mesmo partiu da minha família.

Sabe aquelas piadinhas? Aquelas... "Tinha que ser preto", "Isso é coisa de viadinho", "Gordo só faz gordice", "Judeu não abre a mão nem para dar tchau", "Favelado é foda", "Mulher no volante, perigo constante", e por aí vai. Se você nunca ouviu/falou nada disso, não se engane achando que não tem preconceito nenhum, a não ser que você seja o novo Cristo, você só não tem estes, mas tem outros diferentes.

Todo preconceito começa de forma inocente, despretensiosa e é ignorado. Todo, sempre. E você se achando o bom, o máximo por não pertencer àquela determinada classe. Porque você, ou sua família, ou amigos, não são daquele jeito. OK. Mas, uma coisa eu aprendi: o mundo dá voltas. Se você hoje está por cima, amanhã pode estar por baixo. E quando menos espera, alguém muito próximo de você revela ser exatamente como todos os outros que você hostilizou por ser diferente das suas ideias preconceituosas.

Este não é um texto sobre um ex-qualquer coisa .Mesmo já tendo sofrido "bulling" quando isso nem existia, e preconceito (por ser gordo, pobre, careca, nerd) não me redimi por este motivo. Aliás, redenção não cabe aqui. O que cabe é o aprendizado. Eu aprendi. Aprendi as diferenças e a entendê-las, aceitá-las. Ainda existe muito chão a ser percorrido, muita coisa a aprender, aceitar, entender, mas eu decidi mudar. E, sinceramente, espero que quem ler este texto inocente e despretensioso também decida mudar.

Este texto é sobre aprender, sobre olhar por outra perspectiva. Sobre se colocar do outro lado do punho.

Se você não tem preconceito, ou se quer perder o que tem, seja bem vindo a ler.

Continua em uma semana.

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Moleque

Posted by Olhos Celestes on 27 de junho de 2012 19:16 in , ,
Aqui vai o texto com as outras 5 palavras que o Baltazar me deu em off...
Palavras: Chiclete, trambolho, lascivo, envergou, carece.
Ps: não deu tempo de revisar :(

Moleque

- Eita menino safado, volta aqui com minhas frutas!
O menino, descalço, descabelado e com as roupas aos trapos, corria em disparada levando em mãos duas maçãs e um abacate. Ele atacara de novo. Todos na região conheciam ele, garoto magro de 10 anos, pele queimada de sol, tinha família, mas os pais não podiam com ele, menino escorregadio, mentia e desmentia e os pais nunca sabiam pra que bandas ele andava, só depois quando as contas chegavam... lascivo como só ele, “roubava” de tudo nas barracas dos comerciantes, mas como todos sabiam quem eram seus pais a conta de tudo que roubara sempre chegava.
Os pais já não sabiam o que fazer com a criança, cuidavam bem dele, mas ele custava a andar como um garoto ajeitado, dava um jeito de rasgar as roupas no primeiro dia de uso, os sapatos sabe deus onde enfiava, e sabia que seus pais dariam qualquer guloseima ou brinquedo que pedisse, não eram pobres, mas ele insistia em roubar, pegar tudo e de todos sem autorização. Como segurar aquela peste?
- Eu não aguento mais esse trambolho de menino! – Seu pai gritou com sua mãe num momento de fúria. Era de fato um pai muito amoroso, mas volta e meia tinha que desabafar, ora, quem não se estressaria? Porém jamais levantara a mão para o filho.
Mas justo num desses dias em que desabafa com a mulher, Augusto estava chegando em casa no exato momento, e ouviu tudo. Não chorou, não ficou triste nem magoado, mas teve raiva, muita raiva de seus pais. Sem entender direito as coisas da vida ele resolveu dar o troco e saiu de fininho de volta a rua, e não apareceu mais em casa.
Virou muito mais escorregadio do que se podia imaginar. As contas de seus furtos continuavam chegando, e seus pais desesperados pela sua falta, a cidade inteira já sabia de seu sumiço, mas quando ele aparecia para cometer outro delito ele sumia tão rápido quanto apareceu e ninguém conseguia segurá-lo ou saber para onde ia.
Um dia, numa banca de revistas, ele foi pego roubando um chiclete, e, como a banca era pequena e com uma só saída, o dono foi rápido e trancou-lhe a passagem, o garoto se viu enrascado, e pra piorar o dono da banca, sabendo de tudo que o moleque aprontava, envergou na frente do menino uma vara que tinha escondida atrás do caixa por precaução.
- Já chega de tanto aprontar menino! Agora vou te dar a surra que a tanto tempo seus pais deveriam ter dado.
O menino olhou para ele apavorado, e ele não se importou, deu três boas varadas na bunda do menino, que gritou desesperado, não pela dor, mas achando que assim alguém puniria o dono da banca.
Com a confusão de fato muitas pessoas se aglomeraram para ver o que acontecia, mas ninguém impediu o senhor, nem mesmo o delegado da cidadezinha que estava por ali, ele mesmo sabia o quanto o garoto era terrível e como não respeitava nem os próprios pais. Mas ao final da surra de vara ele se encaminhou até o menino, que o olhou esperançoso.
- Então garoto, o que faremos com você agora? Será que te levo preso por todos os seus roubos? – Disse para assustá-lo ainda mais.
- Não carece não seu guarda, - Ele disse entre lágrimas e esfregando a bunda. – eu já aprendi a lição, vou pra casa, eu juro que vou pra casa e vou ser um menino muito comportado de agora em diante...
E lá foi o menino caminhando pela praça da cidadezinha em direção de sua casa, esfregando a mão na bunda. A surra não fora forte, provavelmente nem deixara marca, mas como o menino nunca tinha apanhado na vida o susto valera muito mais que uma surra de verdade, e seus pais ficariam muito felizes quando Augusto chegasse em casa e contasse o ocorrido.


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Para comemorar

Posted by Kbeça on 15:56 in , , , ,
Estou feliz e ouvindo boa musica. Então me inspirei no Livro de Mozilla e criei o meu próprio livro.

Livro de Ergorn, Gênesis, Cap V

"Eis que o menino Sol desceu da montanha e olhou para as pequeninas criaturas andando sobre a terra.
- Mamãe, o que são eles?
- Eles são humanos, meu filho. - Respondeu pacientemente, a grande mãe Lua.
O pequeno menino Sol estendeu sua mão até eles e, no mesmo, istante eles começaram a gritar e correr. Mas, alguns caiam no mesmo lugar.
- Cuidado! - Alertou a mãe Lua. - Eles são frágeis. Não aguentam o seu calor. Você deve aquecê-los e ilumina-los, enquanto estiver acordado, mas não deve chegar tão perto nem ficar por aqui tanto tempo.
O menino Sol olhava curioso para aquelas criaturinhas. Ele olhou para sua mãe e perguntou:
- E você mamãe. O que você vai fazer?
- Ora, meu filho. Eu irei guia-los com minhas irmãs a noite em suas jornadas, refrescarei a terra, contarei as estações e velarei o sono deles e os seus.
E desde o ínicio dos tempos mãe e filho nos vigiam do firmamento."


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Encontro - Resposta ao desafio da Pat

Posted by Lívia Marques on 11:06 in , , ,


Encontraram-se na fila do supermercado. Ela ia fingir que não o viu, mas ele logo a reconheceu e a chamou pelo nome:
-Marta! Sou eu! Há quanto tempo? 20 anos?
-É, respondeu ela, deve fazer mais ou menos isso que não nos vemos. Como você está?
Meu Deus, a última coisa que ela queria saber era como ele estava. Ela ainda se lembrava da decepção que sofrera anos atrás. Estavam na faculdade, ele fazia Engenharia e ela Belas Artes. Se apaixonaram de forma louca e não se desgrudavam apesar de serem completamente diferentes. Ele gostava de sertanejo e ela de rock progressivo. Ele não entendia nada de artes, ela constantemente ia a galerias e museus. Ele gostava de beber, ela ficava só no suco de laranja. Ele praticava esporte, ela passava o tempo todo lendo. Mesmo assim o namoro foi durando.
Ele foi seu primeiro amor, daqueles que deixa a gente boba, sem noção do ridículo. POr ele, ela fazia de tudo. Até namorar exposta dentro do carro e ser pega pela polícia do bairro, ela de saia levantada, ele de calça arriada. Foi a maior vergonha que ela já passou, ainda bem que estava escuro demais para os policiais verem seu rosto direito.
Saíam todos os dias com a turma da faculdade e ela sempre dirigia pois ele estava sempre bêbado demais. Passavam o fim de semana na casa dele porque tinha mais espaço e ela dividia o apartamento com mais duas amigas que não davam folga. Viajavam pelas cidades históricas e acampavam na Serra do Cipó. Conheceram os pais dela na Páscoa e os pais dele em Corpus Christi. Eram inseparáveis.
Por isso ela não acreditou quando ele engravidou aquela caloura da Arquitetura. Como isso era possível? Eles eram grudados um no outro. A que horas isso aconteceu que ela não viu? Devia haver algum engano. E a sua história? E o seu amor? Mas ele assumiu tudo e se dispôs a casar com a moça, como se não houvesse compromisso nenhum com ela. E assim acabou um caso de amor. Mal resolvido por sinal.
Agora lá estavam os dois naquela fila, contemplando os estragos do tempo. Ela 15kg mais gorda e ele grisalho e barrigudo. Por fim ele respondeu:
- Vou levando. A vida de casado é muito corrida, você não acha?
- Não sei, não me casei. Tive um filho mas não me casei. Disse ela.
- Ah, você está solteira até hoje? Perguntou ele com ironia na voz.
- Bem, solteira não digo. Tenho um relacionamento que já dura 5 anos mas não moramos juntos. Ele é 10 anos mais novo do que eu.
- Ele fingiu que acreditou, enquanto a vez dela no caixa chegava. Ela dedicou sua atenção a esvaziar o carrinho do supermercado e se despediu dele.
E o pior, é que, pensou ela, apesar de toda história juntos ela nem se lembrava o nome dele.



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Desafio para a Lívia

Posted by PatyDeuner on 09:44 in , ,
Bom gente, não estou mandando desafios pra dar um pouco de tempo para os atrasadinhos como eu (em breve postarei as respostas dos meus desafios). Mas em off a Lívia me pediu uma imagem pois tá toda animada em escrever (essa menina tem muuuita energia!).

Então vamos lá Lívia, sua imagem é essa:

Quero até ver o que vai sair!


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Respondendo ao desafio da imagem da Paty

Posted by Nanda Cris on 26 de junho de 2012 22:07 in , ,
Antes tarde, do que nunca, rsrs.
Paty, espero que esteja a altura da imagem. :-)



Olhava-se completamente nua no espelho. Há muito não fazia isso, mas nada havia mudado. Está bem, está bem... mudara um pouquinho, mas nada muito alarmante. Tudo estava no lugar, ainda se sentia desejável. Abaixou-se para passar creme nas pernas e alongou-se como uma tigresa. Hoje, a noite seria sua.
Maquiou-se sem pressa. Escolheu um vestido vermelho, com um decote bem generoso. Borrifou um pouco de 212 Sexy atrás das orelhas, no meio dos seios e atrás dos joelhos. Calçou os saltos altos, finíssimos. Para completar, brincos de diamante. Encaminhou-se para a porta, pegando a pequena bolsa, também vermelha, pelo caminho.
Seu timing havia sido perfeito. A campainha tocou neste exato momento. Abriu a porta. Lá estava ele. Olhou-o de cima abaixo.
Ele estava perfeito. Cavalhaque bem feito e aparado. Blusa e calça pretas que o deixavam com um delicioso ar de mistério. Um sorriso sexy espreitava seus lábios e seus olhos a percorriam com volúpia. E o perfume? Enebriava-a. Começou a sentir calor só de pensar em como terminariam a noite. Ela adiantou-se e ele, ao invés de deixá-la passar, estreitou-a nos braços e beijou-a com sofreguidão. Ela correspondeu ao beijo, como se sua vida dependesse daquele momento. Quando afastaram-se, ele sussurrou em seu ouvido:
- Parabéns para nós, amor. Mais um ano de casados.
E ela então respondeu:
- Que nossa chama nunca apague. Que esses 12 anos se transformem em 120.
Ele acariciou o rosto dela, enquanto concordava com a cabeça e murmurava:
- Amém.

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Dica de sabedoria

Posted by Nanda Cris on 20:44 in , , ,

E precisa dizer mais alguma coisa?

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Anjo de Olhos Negros

Posted by Olhos Celestes on 25 de junho de 2012 17:21 in , , ,
Explicando... Com muita vontade de escrever algo, pedi ao Baltazar que me desse palavras para um texto, ele me deu algumas já faz um tempo, mas entre uma troca de fraldas e outra (rsrsrsrsr) só tive tempo agora para escrever esse texto que eu queria muito (e saiu menos inspirado do que eu esperava devido ao meu cansaço) e de toda forma vou postar aqui pra vocês, ainda tem mais um texto que tenho que fazer, mas vai esperar um pouquinho...


As palavras desse foram: Borboleta, tatuagem, senhora, risada, vidro.






Anjo de Olhos Negros


Aqueles grandes olhos me cativaram... não, cativar é pouco, me apaixonei por aqueles olhos enormes de uma forma impossível de explicar. Sempre sonhei em encontrar alguém assim, que eu amasse incondicionalmente, e que me amasse também, mas juro que esperava que seus olhos fossem azuis, mas seus olhos grandes eram negros...
O que não me impediu de me apaixonar perdidamente já na primeira vez que os vi. E aqueles olhos negros grudaram nos meus, bastou isso para me derreter inteira, para o resto da vida.
Ela era pequena, parecia tão frágil, seu olhar infantil, mas que por algum motivo me transmitia uma sabedoria maior, muito maior do que a que um dia eu terei. Isso me intrigou, me fascinou, me intimidou... E se eu não for boa o suficiente para ela?
A resposta veio logo em seguida, quando vi dentro daquele olhar negro a necessidade que ela tinha de mim, uma felicidade sem tamanho me envolveu... então eu era extremamente importante pra ela, de certa forma. Uma vida toda se passou em minha mente, olhando para aqueles olhos de vidro. Tantos sonhos, tantos erros, tantos acertos, a lá estava eu, diante da pessoa mais linda do mundo, de todos os mundos com certeza!
E talvez da mais inteligente, quem sabe... aquele olhar infantil, aquela fragilidade escondia alguém muito especial, alguém que eu jamais conhecerei por completo, mas que tenho certeza que foi enviada a esse mundo pela Senhora com uma missão muito importante, só isso pode explicar sua inteligência anormal, e aquele brilho tão sábio em seus olhos... ela é especial... e eu sei que viverei por ela e, se preciso for, morrerei por ela
E isso me lembra de uma promessa que fiz, que parecia com tantas outras, como uma promessa de fazer uma tatuagem, ou de parar de comer besteira, enfim... Quando a fiz tinha muita importância, depois me esqueci dela, e agora, olhando nos olhos dessa minha eterna amante, percebo que ela é a prova viva da Deusa me pedindo para cumprir minha promessa, dou uma risada nervosa, talvez seja uma das promessas mais importantes que já fiz na vida, e vou cumpri-la, não sei como.
Tanta sabedoria no seu olhar de borboleta... no seu jeitinho de borboleta, nada me lembra mais dela do que uma borboleta. No caso dela não estou falando do bicho em si, apenas da beleza e da leveza das borboletas, apenas...
Mas nada disso explica tudo que ela é, nada jamais explicará! O amor da minha vida, a pessoa que sonhei em encontrar a vida toda, em pensar que ela sempre esteve tão perto, e ao mesmo tempo tão longe... Em pensar que ela me faz tão feliz! E quando a olho me dá uma louca vontade de chorar e rir ao mesmo tempo... Quem é ela afinal? Aquela garota de grandes olhos negros que me enfeitiçou por completo?
Um anjo, com toda a certeza!
Seu olhar, seu sorriso, seus gestos, suas lágrimas, tudo é tão perfeito...
E para minha surpresa, tão maravilhosa, eu vi seus olhos transformando-se de negros para azuis... a verdadeira magia inexplicável de tudo que sonhei até hoje está nela, e acredito que a verdadeira sabedoria também...
Ela é a minha Menina dos Olhos Azuis, e sempre será.



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Uma Baita Viagem

E é chegado o fim... pelo menos da lista de desafios.

Respondendo ao desafio da Paty (ao meu ver a linha que une estes retalhos que somos nós), de qual caminho seguiria, aqui vou eu...

Aqui a imagem do desafio:



Aqui a resposta

Uma baita Viagem



Estou cansado e necessito, mereço, de umas férias. E como dizem "se não viajar, não é férias", então aceito a afirmativa e começo a planejar o meu roteiro. Planejar? Ah, quer saber?! Eu vou é arrumar a mochila e meter o pé na estrada.
Em dado momento de minha peregrinação, me deparo com uma placa bem no meio de uma floresta(?). Hum... Deixe-me ver... Hogwarts, Acampamento Meio-Sangue (chega a ser engraçado estes dois destinos na mesma direção), Alagaësia, Narnia, Terra Média e País das Maravilhas...
Bom, de acordo com as notícias Hogwarts não consegue nem proteger os seus alunos, quem dirá um turista desatento como eu.
Um amigo meu, quase virou petisco no acampamento Meio-Sangue, acho lá muito violento. E eu não quero ofender nenhuma divindade por acidente.
Ouvi dizer que o herdeiro de Alagaësia acabou de nascer. Acredito que não terão muito tempo e atenção para mim. Além disso, acho lá muito parecido com DragonLance.
Narnia... Narnia... Esse negócio de ficar entrando e "saindo" do armário, não é a minha. Fora que, essa parada de Leão pra cá, leão pra lá.... Muito repetitivo.
Terra Média, ou País das Maravilhas? Terra Média, ou País das Maravilhas? Hum...
Uma amiga minha voltou de lá (País das Maravilhas) recentemente. Disse que ficou terrívelmente perdida até achar o caminho certo. Além disso, lá as pessoas se ofendem com muita facilidade e tendem a querer cortar cabeças.
Terra Média, então? Náh!
Há rumores que um grande exército de Orcs está sendo mobilizado de Mordor contra Rohan, a terra dos Senhores dos Cavalos. Né, né... Isso sem contar de um baixinho que a-do-ra "queimar o anel". Passo.
Quer saber? Eu vou é voltar para casa e ler um livro. É o melhor que faço nestas férias.


Respondido. Espero que tenham gostado e que eu não tenha deixado escapar nenhum desafio.

Até-té a a pró-próxima pe-pessoal.

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Gládius, o Formoso

Posted by Kbeça on 14:44 in , , , , , ,

Respondendo ao desafio das palavras, proposto pela Nanda:

Palavras: doce, cachorro, maça, fone, revistinha

Gládius, o Formoso


"Um grito ecoou pela praça central. Uma pobre menininha chora desesperadamente porque o temível ladrão Ramilzten robou o seu doce. Gládius, o formoso, paladino da ordem de Tarsanuss, levanta sua formidável maça e corre atrás do cruel vilão.
- Nada tema garotinha. Eu Gládius, recuperarei o seu doce.
- Oh! Gládius...
Ele corre por toda praça..."

De repente,um puxão no seu fone de ouvido.
- Ricardinho! Vem almoçar! Estou te chamando há horas. - Disse sua mãe ao seu lado. - Larga essa revistinha e vem. Anda!
Ricardo, colocou a sua revista do Paladino Gládius em cima da mesa, fez carinho na cabeça de Tobi, seu cachorro de estimação, e correu em direção da cozinha.

Em breve, tomarei um caminho de aventuras, respondendo a outro desafio.

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5

Somente aos teus Olhos

Posted by Kbeça on 12:24 in , , , ,
Muito bem senhorita Telma. Dar-lhe-ei minhas boas vindas aceitando e cumprindo o meu desafio.


A resposta ao desafio é esta:

Somente aos teus Olhos



Bem vindos. Bem vindos. Aproximem-se. Este humilde bardo lhes entreterá por algumas Dracmas, bebida, ou companhia.
Vou contar-lhes uma parte da história que os outros bardos e poetas não contam. Seja por remorso, por vergonha, ou porque mancharia a alva aura do herói. Uma história de amor e lágrimas.
Outrora tão linda que até mesmo os deuses a desejavam, seja por punição a um delito, ou por inveja, ela foi transformada e amaldiçoada. Mesmo assim, não deixara de sentir, de amar, de desejar.
Enquanto, em sua forma anterior, despertava o amor e o desejo, agora, nesta forma, era temida e odiada. Apesar de sua vulnerabilidade mortal, sua maldição estendia sua vida além dos demais. Então, aqueles que a conheciam em sua forma bela, pereceram com o tempo e somente os deuses guardavam registro de sua aparência.
Não precisava comer ou beber. Tão pouco dormia. A única coisa que lhe aquecia o coração e a fazia feliz era o seu tesouro. Seu precioso tesouro. Que, de alguma forma, sua existência tornou-se pública, mas ninguém sabia dizer o que era, ou a sua dimensão.
Quase todos os dias aventureiros batiam à sua porta clamando a glória de abatê-la. Seja, buscando a graça dos deuses, ou a simples fama mundana, ou em busca do seu tesouro. E, dia após dia, eles fracassavam, para tormento d´aquela alma já torturada.
Certo dia, um guerreiro que buscava derrota-la, mas não pela glória, ou fama, ou riqueza, e sim por amor, adentrou seu covil. Mais uma vez, ela se preparou para o combate. Antes de ir de encontro a ele, parou próxima a uma pilastra e, com seus olhos vazios, admirou mais uma vez o seu tesouro. Sem saber que esta seria a ultima vez que ela o veria/teria.
O guerreiro era diferente de todos os outros e ele não estava sozinho. Além de sua habilidade, contava com a proteção divina e astúcia. Cansada e acostumada demais com a vitória fácil, deixou-se cair em um truque simples demais e foi derrotada. O guerreiro, não caindo no poder de sua maldição, decepou-lhe a cabeça. Talvez pela maldição, talvez por obra de sua missão, o corpo caiu morto ao chão, mas a cabeça continuava viva. Ele a pegou, a embrulhou num tecido especial que trazia consigo, e a guardou em sua bolsa.
Instigado pela curiosidade e pelos rumores, vasculhou o covil atrás do tão famoso tesouro. Sua curiosidade aumentava conforme caminhava pelos salões e via espalhados pelo chão, peças de ouro, pedras preciosas, joias, como se fossem meros pedaços de lixo, ou poeira.
Chegou a uma sala fechada. Era aqui. Tinha de ser. Usou de força e arrombou a porta. Lá dentro um velho tentava se esconder, sem sucesso, em um canto da sala. Estava visivelmente assustado. Chamou baixinho:
- Mamãe?
"Mamãe", pensou Perseu. Era esse o tesouro do monstro. Mas, como? Como o velho não foi transformado como todos os outros? Como? Quando ele se abaixou para olha-lo mais de perto, percebeu que ele era totalmente cego. Perseu, ouviu uma gargalhada vinda de algum lugar do tártaro, ao mesmo tempo em que ouvia um choro vindo de sua bolsa.
- Sinto muito. - balbuciou Perseu. - Sinto muito mesmo.
Ele não sabia se estava se desculpando para o velho, ou para o "monstro". Mas, não podia deixar de cumprir sua missão, de salvar o seu amor.
Pegou o velho nos braços e o levou até a cidade próxima. Deixou-o no templo de Atena e seguiu com sua missão de salvar Andrômeda.
Quem pode entender os caprichos dos deuses? Após o ocorrido, Atena apiedou-se e decidiu dar o descanso final a ela e a seu filho, e removeu a maldição dela e curar a visão de seu filho.
Juntos, mãe e filho, entraram nos Campos Elíseos. Ela formosa novamente e, pela primeira vez, ele viu o rosto de sua amada mãe. E lá permanecem por toda a eternidade.
Espero que tenham gostado. Este velho bardo beberá um pouco de vinho e se retirará agora.
Até uma próxima aventura.



Telma, a imagem que eu escolhi no seu álbum foi esta:


No próximo episódio de Desafiando o Kbeça: o que fazer com doce, cachorro, maça, fone, revistinha?Não sabe? Então não perca o próximo episódio de... Desafiando o Kbeça!!



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Sujo como a lama

Posted by Kbeça on 10:40 in , , , , , ,
Hoje eu estou cansado, desanimado, irritado e de mau-humor... Segunda-Feira.

Mas, curiosamente, não estou preguiçoso com relação a escrita. Por tanto e para tanto, aceito todos os desafios feitos até hoje e os "quebro".




Bem, bem, bem... Vamos começar pelo fim. Balta, para você:

Sujo como Lama

    Escorado na parede daquele beco fétido, João esperava. Movia o palito de dentes de um lado, ao outro da boca. Olhos inquietos, observando os passantes. Seu casaco e jeans sujos e surrados, barba por fazer, olhos injetados, pele amarelada, tudo nele era detestável e feio. Capuz sobre a cabeça para proteger da fina garoa que caia.
    Em sua alma uma dor, nas veias fogo que não se apagava, na mente um único propósito e um único rosto: Clarice.
    Era tarde da noite, todos passavam apressados, desejando o conforto do lar e sair das ruas sujas de lama por causa da chuva de mais cedo. Todos passavam por ele sem o notarem. O próprio beco era evitado, exceto pelas prostitutas, viciados e marginais. E João estava ali, parado, tenso, inriquieto com o seu palito. Esperando por Clarice. Esperando.
    Clarice era secretária em um escritório de advocacia. Após seu expediente, arrumava sua mesa, se despedia de todos e fazia uma pequena oração antes de sair à rua. Cidade perigosa, tempos difícies, sabe-se lá o que ela encontraria no caminho. Pensou no namorado quando chegou a porta. Sentia frio e uma certa insegurança aquela noite. Era bonita, podia-se dizer. Cabelos loiros curtos, lábios muito vermelhos, corpo bem torneado. Neste dia vestia um leve e bonito vestido branco. Ela era como um raio de luz naquela noite negra e soturna.
    Assim que Clarice despontou a porta do prédio, brilhou na noite e, ao mesmo instante, João ficou imobilizado. Em sua mente uma frase "É ela".
    Ela saiu, ele foi em sua direção; Ela atravessou a rua, ele acelerou o passo; Ela olhou para baixo, para desviar de uma poça de lama, ele correu em sua direção levantando o objeto; Ele parou em sua frente com o objeto sobre a cabeça, ela deu gritinho de susto. Não havia mais nada para esperar, mais nada que os separasse, mais nada podia ser evitado...
    Ela sorriu, se jogou em volta se seu pescoço e lhe deu um beijo muito apaixonado. João quase deixou cair o guarda-chuvas que trazia consigo e mau teve tempo de cuspir o palito antes do beijo.
    - Ai, amor. Que bom que você veio me buscar. Que surpresa boa.
    Enquanto todos o olhavam de soslaio e com despreso, Clarice o olhava com amor e admiração. Ela via nele o que ninguém mais via: um artista, um sonhador, um anjo perdido.
    João apenas sorriu, tirou o casaco, colocando-o sobre as costas dela, passou o braço por sua cintura, e a protegeu da chuva. Ela se aninhou n'aquele abraço e caminharam juntos de volta para casa.
    Ao passarem pelo beco, ela olhou para todas aquelas almas perdidas com olhos tristes e pensou alto "queria poder ajudar". João sabia que o anjo de verdade era ela, que sempre via o melhor, mesmo nos piores lugares.


Está aí. Espero que todos gostem.

Balta espero ter respondido à altura do Metallica.

Agora o próximo desafio...

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Os mandamentos do escritor

Posted by PatyDeuner on 09:55 in
15 ensinamentos, segundo Nietzsche, Hemingway, Onetti e García Márquez


Os chamados mandamentos literários existem desde o surgimento da escrita. Aristóteles e Shakespeare foram pródigos em ensinar, por meio de conselhos, como se tornar um grande escritor. Gustave Flaubert, James Joyce, Henry Miller e Anaïs Nin também deixaram suas versões. Neste post, publico uma compilação de conselhos literários (ou mandamentos literários) de quatro nomes fundamentais da literatura mundial dos últimos 150 anos: Friedrich Nietzsche, Ernest Hemingway, Juan Carlos Onetti e Gabriel García Már­quez. A compilação reúne ex­cer­tos de textos publicados na “The Paris Review”, na “Esqui­re” e no “The Observer”. Os con­selhos literários de Ernest Hemingway foram adaptados por ele do Star Copy Style, o manual de redação do Kansas City Star, onde Ernest He­min­gway começou sua carreira jornalística em 1917. 



— Mintam sempre.
(Juan Carlos Onetti)
 Elimine toda palavra supérflua.
(Ernest Hemingway)
— Uma coisa é uma história longa e outra é uma história alongada.
(Gabriel García Márquez)
— Antes de segurar a caneta, é preciso saber exatamente como se expressaria de viva voz o que se tem que dizer. Escrever deve ser apenas uma imitação.
(Friedrich Nietzsche)
 Não sacrifiquem a sinceridade literária por nada. Nem a política, nem o triunfo. Escrevam sempre para esse outro, silencioso e implacável, que levamos conosco e não é possível enganar. (Juan Carlos Onetti)
 Use frases curtas. Use parágrafos de abertura curtos. Use seu idioma de maneira vigorosa. (Ernest Hemingway)
 Não force o leitor a ler uma frase novamente para compreender seu sentido.
(Gabriel García Márquez)
 O escritor está longe de possuir todos os meios do orador. Deve, pois, inspirar-se em uma forma de discurso expressiva. O resultado escrito, de qualquer modo, aparecerá mais apagado que seu modelo.
(Friedrich Nietzsche)
— Não escrevam jamais pensando na crítica, nos amigos ou parentes, na doce noiva ou esposa. Nem sequer no leitor hipotético.
(Juan Carlos Onetti)
10 — Evite o uso de adjetivos, especialmente os extravagantes, como “esplêndido”, “deslumbrante”, “grandioso”, “magnífico”, “suntuoso”.
(Ernest Hemingway)
11 — Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo.
(Gabriel García Márquez)
12 — A riqueza da vida se traduz na riqueza dos gestos. É preciso aprender a considerar tudo como um gesto: a longitude e a pausa das frases, a pontuação, as respirações; também a escolha das palavras e a sucessão dos argumentos.
(Friedrich Nietzsche)
13  Não se limitem a ler os livros já consagrados. Proust e Joyce foram  depreciados quando mostraram o nariz. Hoje são gênios.
(Juan Carlos Onetti)
14 — O final de uma história deve ser escrito quando você ainda estiver na metade. (Gabriel García Márquez)
15 — O tato do bom prosador na escolha de seus meios consiste em aproximar-se da poesia até roçá-la, mas sem ultrapassar jamais o limite que a separa.
(Friedrich Nietzsche)
Publicado na Revista Bula, por Carlos Willian Leite em 07/04/2012


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Anatomia de uma leitora (ou leitor)

Posted by PatyDeuner on 09:41 in , , , ,


Eis nossa anatomia original...mas já começamos a criar uma anatomia de escritores, que com o tempo poderemos citá-lo aqui. =]

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