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Os mandamentos do escritor

Posted by PatyDeuner on 25 de junho de 2012 09:55 in
15 ensinamentos, segundo Nietzsche, Hemingway, Onetti e García Márquez


Os chamados mandamentos literários existem desde o surgimento da escrita. Aristóteles e Shakespeare foram pródigos em ensinar, por meio de conselhos, como se tornar um grande escritor. Gustave Flaubert, James Joyce, Henry Miller e Anaïs Nin também deixaram suas versões. Neste post, publico uma compilação de conselhos literários (ou mandamentos literários) de quatro nomes fundamentais da literatura mundial dos últimos 150 anos: Friedrich Nietzsche, Ernest Hemingway, Juan Carlos Onetti e Gabriel García Már­quez. A compilação reúne ex­cer­tos de textos publicados na “The Paris Review”, na “Esqui­re” e no “The Observer”. Os con­selhos literários de Ernest Hemingway foram adaptados por ele do Star Copy Style, o manual de redação do Kansas City Star, onde Ernest He­min­gway começou sua carreira jornalística em 1917. 



— Mintam sempre.
(Juan Carlos Onetti)
 Elimine toda palavra supérflua.
(Ernest Hemingway)
— Uma coisa é uma história longa e outra é uma história alongada.
(Gabriel García Márquez)
— Antes de segurar a caneta, é preciso saber exatamente como se expressaria de viva voz o que se tem que dizer. Escrever deve ser apenas uma imitação.
(Friedrich Nietzsche)
 Não sacrifiquem a sinceridade literária por nada. Nem a política, nem o triunfo. Escrevam sempre para esse outro, silencioso e implacável, que levamos conosco e não é possível enganar. (Juan Carlos Onetti)
 Use frases curtas. Use parágrafos de abertura curtos. Use seu idioma de maneira vigorosa. (Ernest Hemingway)
 Não force o leitor a ler uma frase novamente para compreender seu sentido.
(Gabriel García Márquez)
 O escritor está longe de possuir todos os meios do orador. Deve, pois, inspirar-se em uma forma de discurso expressiva. O resultado escrito, de qualquer modo, aparecerá mais apagado que seu modelo.
(Friedrich Nietzsche)
— Não escrevam jamais pensando na crítica, nos amigos ou parentes, na doce noiva ou esposa. Nem sequer no leitor hipotético.
(Juan Carlos Onetti)
10 — Evite o uso de adjetivos, especialmente os extravagantes, como “esplêndido”, “deslumbrante”, “grandioso”, “magnífico”, “suntuoso”.
(Ernest Hemingway)
11 — Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo.
(Gabriel García Márquez)
12 — A riqueza da vida se traduz na riqueza dos gestos. É preciso aprender a considerar tudo como um gesto: a longitude e a pausa das frases, a pontuação, as respirações; também a escolha das palavras e a sucessão dos argumentos.
(Friedrich Nietzsche)
13  Não se limitem a ler os livros já consagrados. Proust e Joyce foram  depreciados quando mostraram o nariz. Hoje são gênios.
(Juan Carlos Onetti)
14 — O final de uma história deve ser escrito quando você ainda estiver na metade. (Gabriel García Márquez)
15 — O tato do bom prosador na escolha de seus meios consiste em aproximar-se da poesia até roçá-la, mas sem ultrapassar jamais o limite que a separa.
(Friedrich Nietzsche)
Publicado na Revista Bula, por Carlos Willian Leite em 07/04/2012


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5 comentários:

  1. Perfeitamente!!
    Eu tento usar a maioria desses ensinamentos ^^

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  2. Eu tbm me vejo, sem saber, usando a maioria dos ensinamentos.

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  3. Sou um péssimo escritor, uso poucos. :(

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  4. Tb uso poucos, mor, não se sinta mal!

    Esse eu achei o melhor: "Se você se aborrece escrevendo, o leitor se aborrece lendo."

    :-)

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  5. Caramba!!!
    Não sei escrever...rs... mas vou continuar insistindo. :p

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