2

Reflexos

Posted by PatyDeuner on 11 de fevereiro de 2012 20:11 in , , , , ,
Quero compartilhar um lindo poema de uma amigo. Ele já publicou um livro e continua a escrever maravilhosamente.


Que espinho é esse
Acompanhado de flores
Se teus pequenos ardores
Nem sabem o que amar? 

Que branco e preto é esse 
Disfarçado de cores 
Se aqueles teus velhos licores 
Só podem me embriagar? 

Prefiro um riso indiscreto 
e a indiferença sincera 
a esse açoite doce e diário 

Que é ouvir essas promessas 
Levianas que arremessas
De um amor imaginário. 


Marco Nogueira Júnior




|
Gostou?
3

Todo mundo precisa de um...

Posted by Drica Chica on 10 de fevereiro de 2012 14:01 in





E aí, vamos adotar?

|
Gostou?
3
Posted by Lívia Marques on 11:32 in , , , ,

Uma heroína quase esquecida
A fascinante história de Aracy Guimarães Rosa, uma brasileira que ajudou a salvar dezenas de judeus do nazismo e foi colocada por Israel no mesmo patamar de mitos como Oskar Schindler.
Dona Aracy faleceu no dia 03/03/2011 aos 102 anos.

Em 1985, Aracy vê seu nome no Jardim dos Justos. Ao lado, o diploma do Museu do Holocausto.
Paranaense de Rio Negro, filha de pai brasileiro e mãe alemã, separada do primeiro marido, Johannes Edward Ludwig Tess, numa época em que o casamento era sagrado, Aracy Moebius de Carvalho mudou-se para a Alemanha em 1934 para morar com uma tia e com o filho Eduardo, então com cinco anos. Fluente em alemão, francês e inglês, encontrou trabalho no consulado brasileiro em Hamburgo, como chefe do setor de vistos. Chocada com a perseguição aos judeus promovida pelo nazismo, Aracy resolveu ignorar as determinações do Itamaraty para impedir a entrada dos "semitas"no Brasil e ajudou a conceder vistos a dezenas deles, talvez uma centena. Em 1938, o diplomata João Guimarães Rosa, que depois se tornaria um dos maiores escritores brasileiros, foi nomeado cônsul-adjunto em Hamburgo. Ele teve pleno conhecimento da "transgressão" de Aracy e lhe deu apoio. Casaram-se em 1940. Viveram em Hamburgo, sob bombardeios da RAF (Royal Air Force), até voltarem ao Brasil, em 1942. Grande sertão: veredas, de 1956, obra-prima da literatura brasileira, foi dedicado a Aracy, carinhosamente chamada de "Ara" por Guimarães Rosa. Dedicado, não; dado:"A Aracy, minha mulher, Ara, pertence esse livro".
A solidariedade do casal a perseguidos não se limitou à época do nazismo. Em 1964, eles ajudaram o jornalista e crítico literário Franklin de Oliveira a se exilar. Em 1968, quando as trevas do AI-5 desabaram sobre o País, Aracy, já viúva, escondeu em sua casa no Rio de Janeiro o cantor e compositor Geraldo Vandré, perseguido pela repressão política. Pelo seu trabalho em Hamburgo, em 1983 Aracy de Carvalho Guimarães Rosa foi incluída entre os quase 22 mil nomes que estão no Jardim dos Justos, no Museu do Holocausto, em Jerusalém. Tratase de uma homenagem e um reconhecimento que o Estado de Israel presta aos góim (não-judeus) que ajudaram judeus a escapar do genocídio. Entre os mais famosos estão o empresário alemão Oskar Schindler - que inspirou o filme A lista de Schindler, de Steven Spielberg - e o diplomata sueco Raoul Wallenberg. Apenas outro brasileiro, o embaixador Luiz de Souza Dantas (1876-1954), recebeu a mesma honraria, em 2003. "Discreta, sem jamais ter caído na tentação de se promover por ter sido quem foi, Aracy paga hoje o preço do esquecimento", diz o historiador e escritor René Daniel Decol, empenhado no resgate dessa personagem. "Até sua influência sobre o escritor tem sido negligenciada pela crítica, pelos historiadores da literatura e pela mídia."
Segundo a Concise Encyclopedia of the Holocaust, editada pela International School for Holocaust Studies, Yad Vashem, Aracy começou a ajudar os judeus depois do progrom ocorrido na noite de 9 de novembro de 1938, que ficaria conhecido como Kristallnacht - Noite dos Cristais. Naquela noite, hordas nazistas na Alemanha e na Áustria atacaram e destruíram sinagogas, residências e estabelecimentos comerciais judaicos, matando cerca de 90 pessoas, marcando o início da repressão aos judeus que terminaria na "solução final", o extermínio puro e simples. Apesar de ter um filho pequeno e a mãe que dependia dela, Aracy não se intimidou. "Minha mãe achava aquilo tudo injusto, ignorou a determinação do Itamaraty e, com a maior discrição, continuou a preparar os processos de vistos para judeus, à revelia de seus superiores", disse a ISTOÉ o advogado Eduardo de Carvalho Tess, filho de Aracy. Para tanto, ela contou com a cumplicidade de um funcionário da polícia de Hamburgo, que emitia passaportes para judeus sem o infame "J" vermelho que os identificava como tais. Isso viabilizava a emissão de vistos para eles, que passavam por europeus. "Depois, ela enfiava os vistos no meio da papelada que despachava com o cônsul-geral, que os assinava sem ver", diz Tess.
Clandestinamente o carro do serviço consular para transportar judeus que se escondiam em sua casa e em casas de amigos e para distribuir entre eles alimentos que ela desviava da cota que o consulado recebia - na época da guerra, a Alemanha vivia sob racionamento. "Muitas vezes, ela transportou judeus no porta-malas do carro do consulado. Eu me lembro que era um Opel Olympia alemão. Chegou a levar uma pessoa até a Dinamarca", diz o filho. Personalidade forte, Aracy não se intimidava quando era parada pela Gestapo. Pelo menos uma vez, enfrentou os policiais de dedo em riste, desconcertando-os com seu alemão impecável. "Minha mãe exibia muita segurança e autoridade, os alemães respeitavam a autoridade."

campo concetracao
O trabalho de Aracy evitou que muitos judeus tivessem o mesmo destino de milhões de vítimas dos campos de extermínio nazistas.
Testemunhos de judeus que foram salvos por Aracy contam que ela os acompanhava até o camarote do navio para assegurar proteção diplomática e, muitas vezes, levava as jóias, bens e dinheiro dos refugiados em sua bolsa para evitar que fossem confiscados pela polícia nazista. Uma delas é Maria Margareth Bertel Levy, que também está prestes a completar 100 anos e, por problemas de saúde, já não pode mais falar. Em 2006, contudo, ela gravou um depoimento ao historiador René Decol: "Aracy me levou pessoalmente ao navio, usando seu passaporte diplomático." Margareth talvez seja a última das pessoas salvas por Aracy ainda viva. "Pelas informações que tenho, minha mãe deve ter salvo, no total, cerca de 100 pessoas", calcula Tess. Uma das poucas vezes que Aracy falou sobre si foi em 1983, quando recebeu a homenagem do Estado de Israel: "Nunca tive medo, quem tinha medo era o Joãozinho (o escritor Guimarães Rosa). Ele dizia que eu exagerava, mas não se metia muito e me deixava ir fazendo", disse Aracy ao Jornal do Brasil.
Aracy atuou espremida entre o nazismo alemão e o Estado Novo de Getúlio Vargas, no contexto maior de uma era que o filósofo britânico Isaiah Berlin definiu como "a mais terrível da história". O Brasil atravessava tempos de racismo e xenofobia. Desde 1921, sucessivos governos vinham criando barreiras à entrada dos "apátridas" da Primeira Guerra Mundial, em especial aos judeus russos fugidos da Revolução Bolchevique de 1917, tratados num documento oficial como "semitas indesejáveis para compor a população brasileira". Em 1933, Adolf Hitler tomou o poder na Alemanha e começou a perseguir judeus, ciganos, homossexuais, liberais, socialistas e comunistas. No Brasil, a Assembléia Constituinte de 1934 discutiu abertamente políticas de "branqueamento", a eugenia estava em alta, o assunto da hora era o "perigo amarelo" (os japoneses) e nossas elites acreditavam na relação entre a etnia e a ética. Chegou-se a discutir a proibição à imigração de japoneses e negros, mas logo essa aberração foi substituída por cotas de imigração, que privilegiavam alemães, portugueses e suecos. Em 1935, Hitler criou as Leis de Nuremberg contra os judeus e começou a avançar sobre o Leste Europeu. Aumentou então a fuga de judeus para as Américas. De início, eles entravam no Brasil na cota de alemães e austríacos. O Itamaraty reagiu com a Circular Secreta 1127, de 1937, restringindo a entrada de todos os "semitas".

Aracy era uma diplomata meticulosa, que se preocupava em anotar detalhes do trabalho
As embaixadas brasileiras na Europa tinham ordens expressas do Itamaraty para não conceder vistos a judeus. As representações mais duras foram as da Alemanha, onde o embaixador Cyro de Freitas Vale era um germanófilo, anti-semita e simpatizante assumido do nazismo, e da Itália, onde o encarregado de negócios, Jorge Latour, também era um anti-semita agressivo. O chefe de Aracy, o cônsul-geral do Brasil em Hamburgo, Joaquim de Souza Ribeiro, não era anti-semita, mas um diplomata disciplinado. Dificultava ao máximo a concessão de vistos a judeus para não desagradar ao embaixador e ao governo. "Eram raríssimos os funcionários do Itamaraty que ajudavam os judeus", diz a professora da USP Maria Luiza Tucci Carneiro, autora de O anti-semitismo na era Vargas. "Se a Aracy facilitou, o fez correndo perigo."
De volta ao Brasil, ela se dedicou inteiramente a colaborar com a atividade literária do marido. Mas ainda voltaria a desafiar o arbítrio. O escritor Franklin de Oliveira relata no prefácio de 1992 de Grande sertão: veredas, que em 1964, quando começou a caça às bruxas, Aracy e Guimarães Rosa quiseram que ele fosse se esconder na casa deles. A oferta foi recusada, e então eles organizaram uma lista de embaixadas nas quais o escritor pudesse buscar asilo. Em 1968, pouco depois de ter se tornado viúva, Aracy participava de reuniões de intelectuais que se opunham à ditadura militar no País. No dia 13 de dezembro, quando o regime baixou o AI-5, um dos artistas caçados pela polícia encontrou guarida no apartamento de Aracy no Posto 6, Arpoador, com vista para o Forte de Copacabana. Era o compositor Geraldo Vandré, autor de Pra não dizer que não falei das flores. "Do apartamento, ele podia ver a movimentação de soldados e policiais na rua", diz Tess.
E diria que o mais interessante, é que no Brasil Aracy não é reconhecida por seus feitos, a não ser como esposa de Guimarães Rosa.

|
Gostou?
4

Escritos Milenares

Posted by Lívia Marques on 10:30 in , , ,


  É gente, e pensar que a coisa era muito pior que hoje. 











“A mulher deve adorar o homem como a um deus. Toda manhã, por nove vezes consecutivas, deve ajoelhar-se aos pés do marido e, de braços cruzados, perguntar-lhe: Senhor, que desejais que eu faça?”
Zaratustra (filósofo persa, século VII a.C)

"Todas as mulheres que seduzirem e levarem ao casamento os súditos de Sua Majestade mediante o uso de perfumes, pinturas, dentes postiços, perucas e recheio nos quadris, incorrem em delito de bruxaria e o casamento fica automaticamente anulado."
 Constituição Nacional Inglesa (lei do século XVIII)

"Mesmo que a conduta do marido seja censurável, mesmo que este se dê a outros amores, a mulher virtuosa deve reverenciá-lo como a um deus. Durante a infância, uma mulher deve depender de seu pai, ao se casar de seu marido, se este morrer, de seus filhos e se não os tiver, de seu soberano. Uma mulher nunca deve governar a si própria."
Leis de Manu (Livro Sagrado da Índia)

"Quando um homem for repreendido em público por uma mulher, cabe-lhe o direito de derrubá-la com um soco, desferir-lhe um pontapé e quebrar-lhe o nariz para que assim, desfigurada, não se deixe ver, envergonhada de sua face. E é bem merecido, por dirigir-se ao homem com maldade de linguajar ousado."
 Le Ménagier de Paris (Tratado de conduta moral e costumes da França, século XIV)


"As crianças, os idiotas, os lunáticos e as mulheres não podem e não têm capacidade para efetuar negócios.“
 Henrique VII (rei da Inglaterra, chefe da Igreja Anglicana, século XVI)

"Quando uma mulher tiver conduta desordenada e deixar de cumprir suas obrigações do lar, o marido pode submetê-la à escravidão. Esta servidão pode, inclusive, ser exercida na casa de um credor de seu marido e, durante o período em que durar, é lícito a ele (ao marido) contrair novo matrimônio"
Código de Hamurabi (Constituição Nacional da Babilônia, outorgada pelo rei Hamurábi, que a concebeu sob inspiração divina, século XVII A.C.)


"Os homens são superiores às mulheres porque Alá outorgou-lhes a primazia sobre elas. Portanto, dai aos varões o dobro do que dai às mulheres. Os maridos que sofrerem desobediência de suas mulheres podem castigá-las: deixá-las sós em seus leitos, e até bater nelas. Não se legou ao homem maior calamidade que a mulher."
Alcorão (livro sagrado dos muçulmanos, recitado por Alá a Maomé no século VI)


"Que as mulheres estejam caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar. Se quiserem ser instruídas sobre algum ponto, interroguem em casa os seus maridos.“
São Paulo (apóstolo cristão, ano 67 D.C.)

"A natureza só faz mulheres quando não pode fazer homens. A mulher é, portanto, um homem inferior."
Aristóteles (filósofo, guia intelectual e preceptor grego de Alexandre, o Grande, século IV A.C.)


"O pior adorno que uma mulher pode querer usar é ser sábia.“
Lutero (teólogo alemão, reformador protestante, século XVI)

|
Gostou?
6
Posted by Lívia Marques on 10:03 in ,
Lívia Marques

Olá eu sou a mais nova aquisição do blog! Tenho 43 anos e sou aposentada por invalidez, por isso tenho todo o tempo do mundo pra ficar de papo pro ar só lendo e fazendo as coisas que mais gosto,rsrsrsrs. Adoro escrever, mas ando meio enferrujada e sou tímida demais para mostrar meus escritos para as outras pessoas, então sinto muito mas não adianta me darem desafios, viu Nanda e Paty? Espero que gostem das postagens que pretendo fazer de vez em quando, estou sempre atenta a sugestões. Bjos a todos e muito prazer.

|
Gostou?
4
Posted by Lívia Marques on 9 de fevereiro de 2012 11:27 in

 A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos,
nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
Carlos Drummond de Andrade


|
Gostou?
2

Filho

Posted by PatyDeuner on 08:44 in , , , , , , ,
 


"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como 
mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isso mesmo!
Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como?
Não é nosso, recordam-se?
Foi apenas um empréstimo!"

   José Saramago



|
Gostou?
3

O cavalo que canta

Posted by PatyDeuner on 6 de fevereiro de 2012 08:57 in , , , ,

Um jovem ladrão prometeu ao Imperador ensinar o cavalo dele a cantar, no prazo de um ano, caso o monarca adiasse a sua execução e o perdoasse depois de conseguida a façanha. Ao ouvir o pedido, um outro condenado afirmou que seria impossível ensinar um cavalo a cantar. O jovem ladrão, então, retrucou: "Talvez em um ano o Imperador morra, o cavalo morra ou mesmo eu. Ou talvez o cavalo aprenda realmente  a cantar. É só uma questão de tempo."
Quantas vezes, na vida, não damos o tempo necessário para o cavalo cantar e nos precipitamos?
Nunca sabemos o que vem pela frente.
Aproveite o momento.

Retirado do blog "Amar faz bem".

Boa semana para todos!


|
Gostou?

Copyright © 2009 Retalhos Assimétricos All rights reserved. Theme by Laptop Geek. | Bloggerized by FalconHive.