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continuação do conto - parte III
Posted by Unknown
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22 de junho de 2012
10:39
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Telma_F
Oi amigos,
Estou atrasada nos desafios mas, estou atrasada na vida também! Montes de coisas para fazer, montes de coisas acontecendo, eu tentando priorizar e me afogando em leituras.
Mas cá está a continuação.
Desta vez com as palavras da Paty: - parcimônia - funil - espartilho - simulacro - pânico
A próxima, que pretendo que seja a parte final ou, no mínimo a penúltima, seguirão com as palavras desafiadas pela Olhos Celestes.
Talvez haja erros ortográficos ou gramaticais. Pra não me atrasar tanto, resolvi enviar sem revisar, então...já vou me desculpando por isso.
Um beijo em cada um de vocês.
Saudades de prosear.
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fonte da imagem: Deviantart
Seu primeiro sentimento foi o de raiva, mas ao olhar o
retrovisor e ver que ela estava com um sorriso quase infantil, qualquer
resquício de insatisfação havia sido substituído, fortemente, pela necessidade
de aproveitar o momento. Titubeou. Sentiu um medo tremendo de falar e ela sumir
de novo.
Como que adivinhando seus pensamentos, ela adiantou-se:
- Você deve estar pensando no porquê de eu ter dado o
endereço do cemitério, não é?
Ele assentiu.
- E deve estar pensando como sabia que você viria até
aqui...
Ele assentiu, novamente.
- Você não acha que eu estrava procurando emprego de cantora
naquele bar, acha? – disse ela com aquele mesmo sorriso que o fazia sentir-se
inebriado e imbecil ao mesmo tempo.
- Eu estava lá porque sabia que você iria estar ali. – ela
sorria como se isso fosse óbvio e ele preferiu não perguntar nada, para não
parecer ainda mais idiota.
- Hey, relaxe... Por que tão tenso, meu bem? – dizia
enquanto continuava a massagear-lhe gentilmente
as costas – Eu escolhi você e é isso o que verdadeiramente importa. Algum
mistério não cairia bem nessa sua vida tediosa?
Aquela afirmação, em tom de pergunta assustou-o! Como ela
sabia da sua vida tediosa? Mais parecia um simulacro de filme “trash”! Ela
estaria apenas blefando? Blefando sobre tudo? Sobre o fato de ele estar naquele
bar também? E sobre o fato de ele ter ido procurá-la no endereço que ela havia
deixado?... E sobre...
- Esqueça! – ela fez menção de sair do carro. – se continuar
tentando solucionar todas essas dúvidas ao invés de aproveitar o momento, você
não é o homem que eu achei a princípio.
O desespero tomou conta e ele gritou envergonhando:
- Não!
Enrubescendo, abaixou o tom de voz e prosseguiu, tentando
parecer controlado:
- Não vá.
E acrescentou quase sussurrando, quase suplicando:
- por favor... não vá.
Ela sentou-se novamente.
- Assim está bem melhor, meu bem. Desça do carro. Vamos caminhar.
Sem esperar resposta ela desceu e atravessou a rua. Ele
apressadamente seguiu-a.
Não questionou ou tentou pará-la quando ela, sem qualquer
parcimônia, entrou no cemitério. Apenas seguiu-a.
A brisa da noite estava refrescante. Um leve farfalhar nas
folhas das árvores do suntuoso cemitério era o único som, além dos saltos de seus
sapatos.
Ela foi adentrando as ruas pequenas do cemitério sem olhar
para trás, segura de que ele a seguia. E claro, ele não questionou, apenas
seguiu-a.
O local lhe causava certo arrepio, mas ao ver aquela mulher
intrigante à sua frente, caminhar tão segura sentiu confiança. Se ela não
temia, por que ele?
Ela parou numa belíssima sepultura. Toda em mármore e com a
escultura de um anjo em cima. Um anjo de braços abertos como que a guardar a
alma do que ali repousava. Um vaso em formato de funil amparava rosas murchas. Ele
sentiu um nojo súbito ao pensar na quantidade de germes que existiam naquele
local. Não que fosse hipocondríaco, mas...
Antes que pudesse finalizar o raciocínio ela empurrou-o na
parede lateral do túmulo e colou sua boca na dele.
Suas mãos se encaixaram em concha em seu pescoço e ela
aprofundou o beijo. Sua língua exigia.
Ele dava.
Seu corpo curvilíneo encaixou-se no seu, pressionando,
exigindo.
Seus movimentos cheios de graça, mas isentos de qualquer
vergonha, roçava o seu, apertava-o.
Ele colocou as mãos em seus quadris puxando-a para si e,
naquele momento, se havia ainda qualquer resquício de resistência, ela foi
quebrada totalmente. Seus pensamentos estavam concentrados nela. Sua respiração
arfava. Sua ereção pulsava.
“Meu Deus! Que boca era essa?” – e ela sorriu no exato
momento em que ele pensou, como se soubesse o que se passava, a cada segundo,
em sua mente.
Suas mãos desceram até sua calça, abriram seu zíper e, ele não conseguiu conter
a ejaculação assim que sentiu sua intenção.
Espasmos percorriam seu corpo. Pequenas convulsões incontroláveis
e vergonhosas. Ele abaixou o rosto, timidamente.
- Meu adolescente, lindo! Não se envergonhe de nada que seja
natural nem fique tão intrigado com o sobrenatural. Deixe fluir. Vem! Vou te
levar pra casa.
Ele queria objetar! Queria dizer que não queria ir embora
ainda e que era casado, mas não ousou dizer nada.
- Sim. – ela respondeu a pergunta não feita – Eu sei que
você é casado e vou apenas acompanhá-lo até sua casa em seu carro. Não vou
causar-lhe transtornos.
- Vou voltar a vê-la?
- Sim, vai. Eu preciso de você.
Que delícia ouvir aquela frase vinda daqueles lábios
perfeitos. “Ela precisa de mim!” – pensou ele e isso, no momento era tudo o que
ele queria saber – mentiu para si mesmo.
- Gostaria de levá-la até sua casa... – falou sem jeito...
- Estou em casa! O mundo é minha casa e você ainda não está
preparado para conhecê-lo. Há imaturidade demais em você ... mas, sua
imaturidade me encanta. Deixemos o conhecimento das coisas comigo, tá bem?
- Mas, como você vai voltar pra casa? Vai me seguir de carro?
- Não tenho carro, nem medo. Sou perigosa demais para as
ruas. Sou perigosa demais até para o mal. Que mau poderia fazer-me mal? – e riu
de sua própria brincadeira com as palavras. Ele sorriu mecanicamente, sem
entender ao certo. Não teve tempo para pensar melhor sobre o que ela disse, ela já havia ligado a chave do carro e o desafiava com o olhar e a expressão
irônica.
Percorreram em silêncio o trajeto até a casa dele.
Ela saltou do carro assim que chegaram e ele percebeu que
sentiu certo pânico de ser flagrado pela esposa com a desconhecida. Não teria
como explicar-lhe.
- Dê isso a ela. Deixe-a pensar que está tudo bem. Deixe-a
pensar que a ama e que quer resolver as coisas.
Ao dizer isso ela mostrou uma caixa no banco de trás do
carro dele. Quando ela colocou isso ali? O que tinha dentro? Quis perguntar,
mas ela cortou-o novamente.
- Vamos, confie em mim. Não se encha de perguntas enquanto
não estiver pronto para as respostas. Dê a caixa a ela sem olhar o conteúdo.
Faz isso por mim?
Ele assentiu mais uma vez, sem saber porquê mas, incapaz de
movimento diferente.
Ela saltou agilmente do carro. Deu-lhe um beijo casto na
boca e disse:
- Eu acharei você. Não se preocupe em quando ou onde. Eu acharei você.
E saiu andando confiante e elegantemente pela rua escura.
Ele ficou olhando até não poder vê-la mais. Feliz e
assombrado ao mesmo tempo.
Depois de alguns minutos, entrou em casa, beijou a esposa e
entregou-lhe a belíssima caixa, fechada com um laço de cetim vermelho.
A mulher, surpresa, deixou o presente de lado e enlaçou seu
pescoço.
Ele sentiu culpa, repulsa e pena, mas enlaçou-a de volta.
Fingiu um sorriso e disse:
- Não vai abrir?
- Claro meu amor! - Respondeu ela com entusiasmo.
Ele estava ansioso.
Ela abriu a caixa de costas para ele e ele ouviu um gritinho
logo depois que ela desfez o laço:
- aiiiiiiii!
Ansiedade! Suor nas têmporas.
- Mostra – ele disse tentando parecer natural.
Ela virou-se lentamente levantando a peça na altura dos
seios:
- É linda demais, amor! E, nem acredito que tenha voltado a
pensar em mim deste jeito...
Depois ela completou sussurrando:
- Serve perfeitamente. Farei um jantar amanhã e usarei para
você.
Disse isso, guardou o espartilho na caixa de onde viera e
beijou-o com paixão.
10 comentários:
Ótimo Telma! Vc realmente consegue prender a atenção do leitor com sua narrativa! Mas por favor não nos deixe esperando muito tempo pelo desfecho dessa história, ok? Bjão.
ResponderExcluirEstou confusa... Não te mandei essas palavras... as unicas q mandei foram Cadeado, desgraças, peixe, cadáver e eloquente
ResponderExcluirIntenso demaaais! Estou adorando cada vez mais, tem chance de virar um livro? ^^ Prendo a respiração a cada novo capitulo, impossivel não me envolver na história, é exatamente o tipo de romance cheio de misterio q eu adoro!
ResponderExcluirOlhos... eu é que estou confusa!...rs
ResponderExcluirEssas são palavras do desafio na Paty, as próximas que entram são as suas.
Tô muito confusa mesmo! O que não é raro! :p
Obrigada meninas! Muito obrigada mesmo!!!! *smack* em ambas!
corrigi o pedido de desculpas...rs* Troquei a Paty pela Olhos.
ResponderExcluirEspero estar correto agora.
Olhos, na próxima etapa, tentarei finalizar o conto usando as palavras dadas por você.
;)
finalizar??? NÃÃÃO! sua historia eh maravilhosa, por que acabá-la tao cedo? rsrsrs
ResponderExcluirhahahahahahahahahaha
ResponderExcluirShow, show, show! Arrasou, lindona! Manda logo a próxima parte, porque a gente tá sedento!
ResponderExcluirAgora, essa é a amante que todo cara pediu aos céus, aceita a oficial e ainda manda presentes? Rs.
Caramba Telma, parece mesmo que estou lendo um livro daqueles que amo. Você está de parabéns. É uma ótima história com suspense, romance e o sobrenatural que adoro! Estou confiante que você dará um final perfeito a essa trama. Esperando ansiosa a próxima parte. ;)
ResponderExcluirNão sei, não Nanda... Quando o milagre é grande demais...rs*
ResponderExcluir-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*
Paty!!!! eeeeeeeeeeeeeeeeeeeee...rs... vou tentar fechar legal!
Comenta aê!