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Um pequeno deguste
Posted by Baltazar Escritor
on
2 de agosto de 2012
08:00
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O que é isto? Bem, eu percebi que enquanto eu estive emerso em outro mundo as postagens se multiplicaram, vou levar uma era pra ler todos os textos hehe.
Quanto a resposta aos desafios pendentes, bem eu escrevi o desafio das cinco palavras que a Nanda me deu, mas como eu já expliquei ele tomou proporções além da minha intenção e vai demorar pra digitar, então aí vai um pequeno deguste pra vocês ^^.
FABRICA DE CRISTAIS
Quanto a resposta aos desafios pendentes, bem eu escrevi o desafio das cinco palavras que a Nanda me deu, mas como eu já expliquei ele tomou proporções além da minha intenção e vai demorar pra digitar, então aí vai um pequeno deguste pra vocês ^^.
FABRICA DE CRISTAIS
O frio cegante, congelando
fechadas as pálpebras dos incautos, não se fazia tão presente quanto o forte e
inconfundível cheiro de formol que preenchia e tomava posse das narinas ali
presentes. De fato, nenhum daqueles supostos estudantes de medicina se livraria
da sensação nauseante que aquele cheiro provocava, pelo menos pelas próximas
horas. Os professores, três excelentes médicos em término de seu doutorado,
obtido às custas do dinheiro abundante do tráfico de entorpecentes, tentavam
passar uma instrução adequada a seus alunos. Todos os alunos, membros
selecionados como os mais aplicados das facções criminosas que lideravam a
região, se esforçavam para ver os professores por trás das nuvens de vapor que
suas respirações pesadas e asmáticas infundiam no ambiente. A sala de exumação
dos cadáveres era, como tudo na escola clandestina de medicina, improvisada.
Uma câmara frigorifica de um mercado da região fora “requisitada” para esse
fim, era para lá que os corpos dos inimigos, desafetos e alunos que se
recusavam a terminar o precário curso eram levados. O dono do mercado, já que
precisava de uma reforma e não tinha dinheiro para a empreitada, decidiu ceder
a câmara frigorifica de boa vontade, em troca da reforma ele só teria que
trabalhar alguns meses de açougue fechado. Tudo, calculando o prejuízo nas
vendas, seria mais vantajoso que se recusasse a oferta do tráfico.
Os corpos em cima das mesas de
metal ou pendurados em ganchos, tinham em sua maioria marcas de tiros e
punhaladas. O Dr. Fausto explicava os efeitos da anestesia na veia de sódio do
organismo quando um dos alunos interrompeu, com a mão direita cobrindo o nariz
e a boca.
— Professor, desculpe... Eu estou
meio... Eu não... Eu... — ele não conseguiu terminar de se explicar a tempo.
O piso mosaico, um dos poucos permitidos
pela vigilância sanitária em lugar em que se lida manualmente com alimentos,
ficou lambuzado com o vômito do aluno.
Com uma cara de nojo o Dr. Fausto
mandou que todos fossem tomar um ar,
menos o aluno que vomitou, ele deveria limpar a sujeira que fez.
3 comentários:
Macabro isso...mas deixou o gostinho de quero mais.
ResponderExcluirEsperando a continuação. :)
pensei que ele tb ia pendurar aquele aluno de estomago fraco no espeto... Rs.
ResponderExcluirBom texto Balta. Nao achei nenhum erro.
Ve se aparece mais vezes, meu rapaz!
É, estou meio sumido, mas estou escrevendo. A continuação desse desafio estou digitando e ainda estou rascunhando o desafio da Telma...
ResponderExcluirAinda falta ler os outros textos, mas gonna ler hehe
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