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Continuação do conto da Telma
A Nanda me desafiou por e-mail com 5 frases para continuar o conto da Telma, e aí vai:
1. Se as
rosas são vermelhas e as tulipas azuis...”
2. “Vai ser no
auditório?”
3. “Droga, isso não
podia ter acontecido.”
4. “Passa tudo, isto é
um assalto!”
5. “Mamãe, o que você
está fazendo aqui?”
Logo
foram deitar, mas ele não dormiu. Ficou a noite inteira tentando entender tudo
que estava acontecendo, solucionar os enigmas. E, afinal, quando a mulher
misteriosa apareceria de novo? Nem mesmo perguntou se seu nome era mesmo
Catharina. Na manhã seguinte estava acabado, cansado demais para qualquer
coisa, mas tentou se manter ativo e saiu para as suas atividades diárias como
se nada tivesse acontecido, tentando em vão não pensar nela.
Lá pelo fim
do dia estava caminhando por uma praça, totalmente sem apetite e distraído,
quando um rapaz de boné agarrou-o por trás e encostou um cano duro em suas
costas.
— Passa tudo, isto é um assalto!
Guilherme
inicialmente não teve reação, mas o assaltante estava sem paciência e apertou
mais o cano contra as costas dele.
— Faz o
seguinte cara, - disse com raiva – vai andando como se eu fosse teu colega, não
tente nada ou eu atiro. Nós vamos entrar naquela porta lá do outro lado da rua,
ta vendo?
Ele
assentiu, nervoso, e foi caminhando, o rapaz colado nele, até chegarem na porta
indicada.
“Droga, isso não podia ter acontecido!”
Ele pensou com raiva, estava tão distraído que tinha deixado ser surpreendido,
e justo no dia em que estava com uma boa quantia de dinheiro vivo na carteira.
E se o sequestrassem? Suas roupas deixavam claro que ele possuía muito
dinheiro, poderiam querer mantê-lo em cativeiro e obrigar sua esposa a limpar as
contas...
Guilherme
estava absorto em pensamentos ruins quando entraram pela porta e seguiram por
um corredor escuro até chegarem a uma sala iluminada apenas por uma vela. Ele
percebeu uma mesa no centro onde a vela estava e atrás da mesa uma silhueta, sentada
de costas para a porta.
Sentiu um
perfume já conhecido e inebriante, então seus pensamentos ficaram confusos. Era
ela? Sentiu-se um pouco tonto, curioso mas, estranhamente aliviado. Se ELA
tivesse algo a ver com seu possível sequestro, ótimo, pelo menos passaria mais
tempo com sua paixão. Sentiu o corpo estremecer de prazer com aquele pensamento
absurdo.
Ela
virou-se lentamente e ele sentiu, mesmo sem conseguir enxergar muito na sala
pouco iluminada, que ela sorria saudosamente para ele.
— Se as rosas são vermelhas e as tulipas
azuis... – ela disse devagar - Se a Terra gira em torno do sol e a lua em
torno da Terra... Se a água do mar é o ou não cristalina.
Ela
levantou-se e caminhou lentamente em sua direção. Guilherme nem percebeu que o
tal assaltante já havia se retirado e eles estavam sozinhos na sala.
— Nada
disso é mais importante do que o que tenho para você. O mundo... o mundo não
existe mais... – ele sentia-se um pouco tonto com a presença dela e tentava
quase em vão prestar atenção ao que ela dizia e não apenas aos seus movimentos
graciosos. – tudo que existirá para você agora sou eu.
E dizendo
isso ela roçou os lábios nos dele, que reagiu instantaneamente colando sua boca
na dela, mas sem nenhum aviso ela afastou-se, dando-lhe as costas.
—Eu
preciso de você. – ela disse somente.
— Me
diga, me diga e eu faço tudo que quiser! – Ele respondeu, suplicante para
conseguir um beijo ardente.
— Você
será fiel a mim? – ela virou-se e o encarou, ele pôde sentir a força do seu olhar arrebatador e
não conseguiu dar outra resposta.
— Sim... –
Ele sussurrou.
—
Então... eu te deixarei um bilhete contendo algumas instruções do que deve
fazer, se aceitar vá até o auditório da cidade e eu serei sua, para sempre...
— No...
auditório...? – ele estava sonhando com o dia em que a teria por completo, seu
corpo no dela. Gaguejou um pouco de emoção ao confirmar o que ouvira. – Vai ser
no auditório?
Ela se
aproximou subitamente e colou seu corpo no dele, pegou sua mão e colocou no
bolso de trás de sua calça, fazendo-o apertar sua nádega. No bolso havia um papel.
— O
bilhete lhe explicará tudo. Venha só se estiver realmente pronto.
Ela
beijou-o intensamente, deixando-o desnorteado, então encaminhou Guilherme até a
porta da frente, fechando-a entre os dois. Então ele se viu de volta na praça,
caminhando enquanto lia o bilhete, ainda zonzo com o cheiro do perfume dela.
Na sua
casa sua esposa o esperava há horas. O jantar estava na mesa e ela vestia o
espartilho que ele lhe dera, estava no jardim, olhando para a rua e imaginado o
que teria acontecido para ele faltar com o compromisso com ela que ele mesmo
arranjara.
— Mamãe, o que você está fazendo aqui?
Não vamos jantar? – o filhinho do casal apareceu, puxando-a pela mão.
— Vamos
esperar mais um pouco meu filho, seu pai vai chegar logo...
4 comentários:
Boa Olhos. A mulher ta cada vez mais psicotica, kkkk.
ResponderExcluirNa parte que ele pergunta se ele sera fiel a ela, tem isso aqui: "ele pode ser olhar arrebatador", acho que ta errado, ne?
Estou ansiosa para saber as instruções e o que tem neste novo bilhete.
Caramba nem eu entendi q confusão fiz ai!! vou arrumar ja
ResponderExcluiruh-huuuuuuuuuuuuuuuuuu
ResponderExcluir*batendo palmas de pé*
Grande estilo!!!
A continuação foi em grande estilo!
Estou amando, Olhos! Não poderia ter sido melhor representada.
beijoconas e espero a continuação.
:)
Ótimo Olhos! Esse mistério tá cada vez melhor! Quando sairá a próxima parte?
ResponderExcluirComenta aê!