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Prova de Amor
Posted by Olhos Celestes
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10 de novembro de 2012
11:00
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Olhos_Celestes
Continuação do conto ta Telma (e meu) com as frases propostas em desafio pela Paty por e-mail:
1- Tenha paciência que sua hora vai
chegar em breve.
2- Estava completamente nu, deitado
sobre uma areia que parecia mover-se.
3- - Pare agora seu bastardo nojento!
4- Seus olhos brilharam com uma luz
tão cálida que deixei-me levar.
5- O desejo aferrou-se dentro dele
queimando seus quadris, enquanto a consciência desvanecia-se.
Quando Guilherme saiu daquele
auditório já sabia exatamente o que fazer, tinha absoluta certeza do que faria,
e quando pensou em arrependimento rapidamente fez sua mente focalizar na
sensação de suas mãos tocando o corpo de Catharina, e então o sentimento de
arrependimento não era nada perto daquilo. Faria o que estava escrito naquele
primeiro bilhete que ela lhe dera, e depois a encontraria naquele lugar tão
especial que ela citara no bilhete que lhe foi entregue há pouco e então
ficariam juntos para sempre. O momento estava próximo, isso lhe causava uma
enorme agitação interior.
Dirigiu até sua casa apressado, a
imagem de Catharina não saída da sua cabeça, tanto que por um momento quase
bateu o carro, cruzando sem querer um sinal vermelho. O susto o fez chacoalhar
a cabeça e se concentrar no caminho. Chegando em casa, como já era tarde da
noite, encontrou as luzes apagadas, foi até seu quarto e viu sua esposa já
dormindo, com a cara inchada de choro. “Tenha
paciência que sua hora vai chegar em breve.” Ele pensou, e então se
encaminhou para o quarto do filho. Olhou para o menino dormindo feito um anjo e
por um momento hesitou, achou melhor voltar para o quarto da mulher. Chegando
lá tirou o punhal do bolso e o ergueu no ar. Como se pressentisse o que ia
acontecer a mulher acordou, tento tempo ainda para um ultimo grito de pavor
antes que Guilherme cravasse o punhal em seu pescoço.
Sem sentir remorso Guilherme
caminhou até o quarto do filho, que havia acordado com o grito da mãe. Ele
ergueu o punhal para a criança, que lhe retribuiu com um olhar doce e saudoso
de amor pelo pai, ele não sabia o que estava acontecendo, era pequeno demais
para entender. Guilherme não conseguiu desferir o golpe, deixou que uma lágrima
lhe escapasse os olhos, mas então pensou em Catharina, precisava vê-la, e para
isso precisava fazer aquilo. Não, ela entenderia, tinha de entender. Pegou o
menino no colo e o colocou no banco de trás do carro, guardou o punhal no
porta-luvas e se pôs a dirigir.
Foi até o local indicado no
bilhete, dirigiu muito até chegar lá, estava exausto, seu filho chorou pedindo
atenção no banco de trás até adormecer. Chegaram numa praia deserta, a viagem
fora muito longa e o dia já amanhecia, não demorou para Guilherme encontrar a
cabana que Catharina lhe descrevê-la no bilhete. Foi até lá com o filho no colo
e bateu na porta, esperando que ela o recebesse com um sorriso.
- Porque trouxe o moleque? – Foi
a primeira coisa que ela disse ao abrir a porta, deixando Guilherme um tanto
envergonhado por não ter feito todo o possível para vê-la sorrir.
- Seus olhos brilharam com uma luz tão
cálida que deixei-me levar. – foi o que
respondeu.
Catharina
lançou um olhar de total desaprovação para ele.
- Esse não
era o combinado meu bem, - disse – livre-se dele.
Guilherme
olhou para seu filho com dor.
- Você
consegue meu bem... – Catharina encostou seus lábios demoradamente nos dele,
para dar-lhe confiança.
Guilherme recebeu o beijo sentindo seu
corpo todo arder, quando o beijo acabou, sem pensar duas vezes, entregou seu
filho nos braços de Catharina, que o pedia. Deixou que levasse o menino sem se
preocupar, mas antes de ir Catharina ainda deu-lhe ordens:
-Não me siga, sei o que fazer com ele.
Enquanto isso meu bem, tira sua roupa e me espere ali mesmo, na areia da praia.
Com o corpo pulsando de uma paixão
ainda não correspondida, Guilherme fez o que sua amada dissera, despiu-se e se
deitou na praia, esperando por um tempo interminável. Pensou, depois de um
tempo, que ela não viria mais, que ficara tão irada por ele ter trazido o filho
junto que jamais voltaria para ele, mas não, ela viria, deveria esperar
exatamente como ela dissera, ela era
assim mesmo.
Esperou. Estava completamente nu, deitado sobre uma areia que parecia mover-se quando ela chegou. O sol já estava bem alto no céu,
queimando sua pele. Ela apareceu deslumbrante, vestia uma camisola branca de
renda e nada mais, os cabelos negros ao vento, encantadora, maravilhosa,
parecia um anjo, ele jamais vira algo tão belo. Sentiu um calafrio percorrer o
corpo todo, sua masculinidade ficando ereta e pulsando, doendo, o desejo
incontrolável tomando conta de cada célula sua enquanto ela chegava cada vez
mais perto.
Majestosamente
deitou-se sobre ele, passando as mãos por seu corpo, pousando a mão dele em sua
coxa, ele não hesitou dessa vez, foi subindo a mão por dentro da camisola, e
quando sua mão encontrou o que queria Catharina o olhou com olhos arregalados e
furiosos.
- Pare
agora seu bastardo nojento!
Ele não
conseguiu compreender, parecia outra pessoa falando no lugar dela, os olhos
brilhavam com uma maldade assustadora, parecia que um demônio havia tomado
conta daquele corpo de anjo que ele estava tocando. Porém foi tudo rápido
demais até para seus pensamentos, que ainda estavam inebriados de desejo junto
com seu corpo pulsante, neste momento sentiu um baque, rápido e forte em sua
cabeça, e ainda sem entender nada o desejo aferrou-se dentro dele
queimando seus quadris, enquanto a consciência desvanecia-se.
4 comentários:
:0
ResponderExcluirMeu Deus! Definitivamente não era o que esperava para a esposa traída, mas ainda assim deixa a estória ainda mais tentadora...na espera do arrependimento dele quando se der conta do que está acontecendo. Ainda estou esperançosa de que o filho sobreviva :)
Desculpe a demora de ler Olhos, mas adorei o texto apesar de muito brutal esse desenlace.
Se quiser mais frase pra continuar é só falar.
tento tempo
Muuuuuuuuuito sem tempo para escrever Paty, ainda tenho um desafio pendente (o do batata quente), mas aceito sim outro desafio para a conclusão desse conto (só falta uma parte mesmo), prometo entregar os desafios, só não sei quando...
ResponderExcluirMas já vou adiantando que essa estória é ainda mais macabra do que você pensa.
Mais macabra? :0
ResponderExcluirVou mandar outro desafio por email
Caracoles.
ResponderExcluirMuita pena da mulher traída, muita pena do filho (tomara que ainda esteja vivo).
Essa vilã é bipolar, só pode. E esse cara é um completo maníaco compulsivo, rs.
Tá ficando punk essa estória. Aguardando o desfecho!
Comenta aê!