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Batata Quente (1) - Parte 7
Vamos tirar um pouco a teia de aranha dessa estória?
Acho que o próximo pedaço já pode ser o final. Quem se habilita???
Partes anteriores:
Parte 1
Parte 2
Rita viu o furgão sair do barracão escondida atrás de um caminhão estacionado do outro lado da rua. Seu sexto sentido a dizia que agora seria fácil se aproximar e, como ele nunca falhava, resolveu se arriscar.
Pé ante pé foi se aproximando da porta por onde saiu o carro. Lá dentro era pouco iluminado, mas forçando a vista pôde ver alguém preso em uma viga central. Aproximou-se ainda um pouco receosa. Quando avistou os cabelos cor de fogo de sua mãe deixou o bom senso de lado e correu o mais rápido que suas pernas nada atléticas permitiam. Ao aproximar-se, percebeu que ela estava desacordada. Bateu levemente em sua face e, ao vê-la despertar, falou:
- Mamãe, o que houve?
- Rita, minha filha, fuja!
- Não mamãe, vou soltá-la. Só vou embora com a senhora. Quem fez isso?
- Thomas, aquele monstro.
- Sempre desconfiei daquele calhorda. Droga, essas cordas estão muito apertadas. Preciso de uma faca. - e dizendo isto, saiu à procura de algo que pudesse cortar as cordas que prendiam sua mãe.
Thomas encolheu novamente, não queria chamar atenção, ainda não era o momento. Entrou no furgão e dirigiu-se ao galpão. Primeiro arrancaria cada pedaço de Marta, com ela ainda viva. Quem sabe embalaria algumas partes e mandaria para Joana, na desventura de ela estar viva? Sim, sim, isso seria muito interessante! Colocaria as partes numa caixa muito bonita e vistosa. E não podia esquecer do cartão! Podia até já pensar nos dizeres: "Para minha querida irmãzinha, um presente para você nunca se esquecer o quanto eu acho família importante. Com amor, Thomas". Esse pensamento o fez rir descontroladamente. Não conseguia parar. Seria simplesmente lindo.
- Mamãe, achei uma faca meio cega. Vai ter que servir.
Ao se aproximar, Rita percebeu que Marta tinha desmaiado novamente. Suspirou. Como iam fugir dali com a mãe tão debilitada?
- Calma, Rita - ela pensou, tentando se acalmar - um passo de cada vez. Primeiro: desamarrar.
Começou a passar a faca sempre num mesmo ponto, concentrada ao extremo. Depois do que pareceu ser uma eternidade, os pulsos de sua mãe se soltaram e ela tombou para a frente fazendo um baque alto no chão.
- Droga. - Rita resmungou e aproximou-se rapidamente da mãe. Sacudiu-a levemente e ela olhou-a, a dor e a confusão estampada nos olhos.
- Rita, me deixe aqui e vá até o Mausoléu do seu avô. O cedro está lá, se o Thomas ainda não o pegou, faça-o e fuja o mais rápido que você puder.
Rita arregalou os olhos enquanto falava:
- Mamãe, eu não sou a filha corajosa, não posso fazer isso, preciso de você.
- Não minha filha. Eu que preciso de você neste momento. Não posso fazer isto sozinha e preciso que você me ajude.
- Ok, certo. Mas não vou deixar você aqui exposta. Me acompanhe até meu carro. Você fica nele enquanto vou até o mausoléu.
- Certo, mas vamos rápido, o cemitério é perto daqui, Thomas estará de volta a qualquer momento.
E, dizendo isto, as duas foram para o carro de Rita, abraçadas, o mais rápido que o corpo debilitado de Marta permitia.
Thomas assobiava ao se aproximar do galpão. Um carro passou por ele cantando pneu, mas ele não tomou nem conhecimento. Seus pensamentos estavam voltados para Marta.
-Que parte arrancar primeiro? A orelha? Ou um dedo? Podia começar pelo mindinho e ir arrancando um por um. - o pensamento o fazia sorrir, feliz. - O importante era prolongar o sofrimento.
Bateu o cedro na coxa direita, ao compasso de sua música preferida. Parecia noite de Natal. Estava tão contente!
Ao entrar no galpão, já foi logo falando:
- Marta, minha querida, que saudades!
Mas a ironia escapou de sua voz enquanto ele olhava atordoado para a corda cortada no chão. A estúpida havia fugido! Começou a bufar como um touro enlouquecido.
- Vadia! Agora você me irritou!
Ao chegarem ao cemitério, Rita tentou chegar o mais próximo possível que seu carro conseguia do mausoléu do avô, o que ainda era consideravelmente distante. Correu o trecho que faltava, sentindo a perna arder e o pulmão queimando. Ela realmente precisava se exercitar mais!
Quando chegou ao destino, sentiu seu coração falhar uma batida. O mausoléu estava profanado. Com certeza o cedro não estava mais ali. Afastou o nojo e debruçou-se sobre o túmulo, olhando detidamente. Nada.
Saiu e olhou em volta, nem sabia como dar essa notícia para a mãe. Olhava para o nada quando notou um movimento, aproximou-se cautelosa, até que perdebeu o que era aquela forma:
- Meu Deus, Joana!
A irmã estava respirando com dificuldade, parecia muito machucada. Pegou o celular e ligou para a emergência. Deu as coordenadas necessárias para encontrarem a irmã e saiu, se desculpando, mesmo que ela não conseguisse ouvi-la:
- Perdoe-me mana, mas não posso ficar. Preciso perguntar para mamãe o que fazer agora. A ambulância está a caminho.
- Para onde aquela idiota foi? Com certeza não fugiu sozinha. Como ela cortaria as cordas?
Batendo o cedro na mão esquerda espalmada, andava de um lado para o outro. Precisava pensar no seu próximo passo. Parou com um movimento brusco. Será que o cedro ajudaria numa situação dessa? Não custava tentar.
- Cedro, me mostre onde a Marta está!
Uma estranha fumaça começou a sair do centro do objeto e criou uma espécie de tela em frente ao rosto de Thomas, onde era possível ver Marta desmaiada no banco do carona, olhou em volta e avistou Rita se aproximando correndo do carro.
- Como essa gorda estúpida conseguiu salvar a mãe?
Socou com raiva a fumaça e a imagem se desfez. Queria que fosse tão simples aplacar o ódio que sentia no peito.
- Aquelas. Vacas. Vão. Pagar. Ah, se vão!
- Mamãe. Mamãe, por favor, acorde! - Rita disse, dando tapinhas em Marta.
- Joana? - Marta murmurou, os olhos embaçados.
- Não, mãe, Rita. Preciso de um conselho! Acorda mãe!
Marta piscou mais um pouco e tentou se ajeitar melhor no assento, mas a dor foi tão insuportável que ela desistiu.
- O que houve Rita, onde está o cedro?
- Acho que está com o Thomas, mãe. O Mausoléu estava aberto e a Joana estava caida na frente dele.
- Joana?! Caída?!
- Calma, mãe, sem exaltações. Já chamei a ambulância, eles estão a caminho.
- Certo, deixe-me pensar... Uma vez seu pai me contou uma história sobre uma outra família que detinha um cedro como o nosso. A idéia de ter 2 cedros, com os mesmos poderes, em famílias diferentes era para evitar uma desgraça como a que estamos vivendo.
- Tá, mãe, encurta a estória que o tempo está escasso. Onde está esta família?
- Morta. Todos morreram.
- Então...
- O cedro deve estar no Mausoléu deles, Rita! Não é obvio?
- Mamãe, desculpe a minha burrice. Na faculdade não tinha nenhuma cadeira sobre salvar o mundo, eu sou meio nova nisso,ok?
- Mocinha, sem ironias comigo.
- Sem sermão mamãe, onde é esse mausoléu?
Thomas conseguiu se acalmar o suficiente para pensar novamente.
- Cedro, mostre-me Joana.
E o cedro, mais uma vez, criou uma tela de fumaça em frente ao seu rosto. Hospital Panamericano.
- Que maravilha, você está tão perto maninha! Acho que vou ter que te pegar de isca para que as 2 antas apareçam.
Soltou uma gargalhada sinistra. Já sentia a vitória nas mãos.
- Cedro, me transforme na Marta.
Mais uma vez o objeto reluzente não o decepcionou. Ele era uma cópia fiel de uma Marta sadia.
Ao retornar ao carro, Rita estava arfante e suada, mas com um sorriso feliz no rosto, havia encontrado o cedro! Colocou-o no colo de sua mãe que parecia estar um pouco melhor, pois não tinha perdido a consciência no espaço de tempo que esteve fora.
- Para onde agora, mamãe?
- Bom, o hospital mais perto daqui é o Panamericano. Enquanto você estava fora, ouvi um sirene que devia ser da ambulância que veio resgatar sua irmã. Ela deve estar nesse hospital. Vamos para lá, aposto como Thomas está indo para lá também.
Ao entrar pelas portas, Thomas parou uma enfermeira e se identificou como a mãe de Joana. Prontamente foi levado até o quarto onde lhe explicaram que a paciente estava sedada pois tinha ficado muito agitada. Ele sorriu compassivo, enquanto comentava:
- Esta é minha filhinha. Ela odeia hospitais.
A enfermeira deu um sorriso cumplice e se afastou, deixando-o com Joana.
- Que coisa mais sem graça, você aí sedada. Quem eu vou aterrorizar enquanto as imbecis não chegam?
Thomas andava de um lado para o outro do quarto, entediado.
- Cedro, acorde Joana.
Mal havia completado a frase e Joana já estava de olhos abertos, fitando-o feliz.
- Mamãe, como a senhora conseguiu escapar? E o cedro? Como a senhora recuperou?
- Não se exalte, minha filha. Logo logo responderei suas perguntas, estamos esperando algumas visitas.
- Quem, mãe?
Neste momento, o destino se encarregou de responder à pergunta de Joana. Marta e Rita entraram no quarto e estacaram na porta, sem saber como proceder. Thomas não podia perder aquele momento de indecisão das duas, e exclamou com o tom mais indignado que conseguiu fingir:
- Quem é você, impostora?
Acho que o próximo pedaço já pode ser o final. Quem se habilita???
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Parte 2
Rita viu o furgão sair do barracão escondida atrás de um caminhão estacionado do outro lado da rua. Seu sexto sentido a dizia que agora seria fácil se aproximar e, como ele nunca falhava, resolveu se arriscar.
Pé ante pé foi se aproximando da porta por onde saiu o carro. Lá dentro era pouco iluminado, mas forçando a vista pôde ver alguém preso em uma viga central. Aproximou-se ainda um pouco receosa. Quando avistou os cabelos cor de fogo de sua mãe deixou o bom senso de lado e correu o mais rápido que suas pernas nada atléticas permitiam. Ao aproximar-se, percebeu que ela estava desacordada. Bateu levemente em sua face e, ao vê-la despertar, falou:
- Mamãe, o que houve?
- Rita, minha filha, fuja!
- Não mamãe, vou soltá-la. Só vou embora com a senhora. Quem fez isso?
- Thomas, aquele monstro.
- Sempre desconfiei daquele calhorda. Droga, essas cordas estão muito apertadas. Preciso de uma faca. - e dizendo isto, saiu à procura de algo que pudesse cortar as cordas que prendiam sua mãe.
Thomas encolheu novamente, não queria chamar atenção, ainda não era o momento. Entrou no furgão e dirigiu-se ao galpão. Primeiro arrancaria cada pedaço de Marta, com ela ainda viva. Quem sabe embalaria algumas partes e mandaria para Joana, na desventura de ela estar viva? Sim, sim, isso seria muito interessante! Colocaria as partes numa caixa muito bonita e vistosa. E não podia esquecer do cartão! Podia até já pensar nos dizeres: "Para minha querida irmãzinha, um presente para você nunca se esquecer o quanto eu acho família importante. Com amor, Thomas". Esse pensamento o fez rir descontroladamente. Não conseguia parar. Seria simplesmente lindo.
- Mamãe, achei uma faca meio cega. Vai ter que servir.
Ao se aproximar, Rita percebeu que Marta tinha desmaiado novamente. Suspirou. Como iam fugir dali com a mãe tão debilitada?
- Calma, Rita - ela pensou, tentando se acalmar - um passo de cada vez. Primeiro: desamarrar.
Começou a passar a faca sempre num mesmo ponto, concentrada ao extremo. Depois do que pareceu ser uma eternidade, os pulsos de sua mãe se soltaram e ela tombou para a frente fazendo um baque alto no chão.
- Droga. - Rita resmungou e aproximou-se rapidamente da mãe. Sacudiu-a levemente e ela olhou-a, a dor e a confusão estampada nos olhos.
- Rita, me deixe aqui e vá até o Mausoléu do seu avô. O cedro está lá, se o Thomas ainda não o pegou, faça-o e fuja o mais rápido que você puder.
Rita arregalou os olhos enquanto falava:
- Mamãe, eu não sou a filha corajosa, não posso fazer isso, preciso de você.
- Não minha filha. Eu que preciso de você neste momento. Não posso fazer isto sozinha e preciso que você me ajude.
- Ok, certo. Mas não vou deixar você aqui exposta. Me acompanhe até meu carro. Você fica nele enquanto vou até o mausoléu.
- Certo, mas vamos rápido, o cemitério é perto daqui, Thomas estará de volta a qualquer momento.
E, dizendo isto, as duas foram para o carro de Rita, abraçadas, o mais rápido que o corpo debilitado de Marta permitia.
Thomas assobiava ao se aproximar do galpão. Um carro passou por ele cantando pneu, mas ele não tomou nem conhecimento. Seus pensamentos estavam voltados para Marta.
-Que parte arrancar primeiro? A orelha? Ou um dedo? Podia começar pelo mindinho e ir arrancando um por um. - o pensamento o fazia sorrir, feliz. - O importante era prolongar o sofrimento.
Bateu o cedro na coxa direita, ao compasso de sua música preferida. Parecia noite de Natal. Estava tão contente!
Ao entrar no galpão, já foi logo falando:
- Marta, minha querida, que saudades!
Mas a ironia escapou de sua voz enquanto ele olhava atordoado para a corda cortada no chão. A estúpida havia fugido! Começou a bufar como um touro enlouquecido.
- Vadia! Agora você me irritou!
Ao chegarem ao cemitério, Rita tentou chegar o mais próximo possível que seu carro conseguia do mausoléu do avô, o que ainda era consideravelmente distante. Correu o trecho que faltava, sentindo a perna arder e o pulmão queimando. Ela realmente precisava se exercitar mais!
Quando chegou ao destino, sentiu seu coração falhar uma batida. O mausoléu estava profanado. Com certeza o cedro não estava mais ali. Afastou o nojo e debruçou-se sobre o túmulo, olhando detidamente. Nada.
Saiu e olhou em volta, nem sabia como dar essa notícia para a mãe. Olhava para o nada quando notou um movimento, aproximou-se cautelosa, até que perdebeu o que era aquela forma:
- Meu Deus, Joana!
A irmã estava respirando com dificuldade, parecia muito machucada. Pegou o celular e ligou para a emergência. Deu as coordenadas necessárias para encontrarem a irmã e saiu, se desculpando, mesmo que ela não conseguisse ouvi-la:
- Perdoe-me mana, mas não posso ficar. Preciso perguntar para mamãe o que fazer agora. A ambulância está a caminho.
- Para onde aquela idiota foi? Com certeza não fugiu sozinha. Como ela cortaria as cordas?
Batendo o cedro na mão esquerda espalmada, andava de um lado para o outro. Precisava pensar no seu próximo passo. Parou com um movimento brusco. Será que o cedro ajudaria numa situação dessa? Não custava tentar.
- Cedro, me mostre onde a Marta está!
Uma estranha fumaça começou a sair do centro do objeto e criou uma espécie de tela em frente ao rosto de Thomas, onde era possível ver Marta desmaiada no banco do carona, olhou em volta e avistou Rita se aproximando correndo do carro.
- Como essa gorda estúpida conseguiu salvar a mãe?
Socou com raiva a fumaça e a imagem se desfez. Queria que fosse tão simples aplacar o ódio que sentia no peito.
- Aquelas. Vacas. Vão. Pagar. Ah, se vão!
- Mamãe. Mamãe, por favor, acorde! - Rita disse, dando tapinhas em Marta.
- Joana? - Marta murmurou, os olhos embaçados.
- Não, mãe, Rita. Preciso de um conselho! Acorda mãe!
Marta piscou mais um pouco e tentou se ajeitar melhor no assento, mas a dor foi tão insuportável que ela desistiu.
- O que houve Rita, onde está o cedro?
- Acho que está com o Thomas, mãe. O Mausoléu estava aberto e a Joana estava caida na frente dele.
- Joana?! Caída?!
- Calma, mãe, sem exaltações. Já chamei a ambulância, eles estão a caminho.
- Certo, deixe-me pensar... Uma vez seu pai me contou uma história sobre uma outra família que detinha um cedro como o nosso. A idéia de ter 2 cedros, com os mesmos poderes, em famílias diferentes era para evitar uma desgraça como a que estamos vivendo.
- Tá, mãe, encurta a estória que o tempo está escasso. Onde está esta família?
- Morta. Todos morreram.
- Então...
- O cedro deve estar no Mausoléu deles, Rita! Não é obvio?
- Mamãe, desculpe a minha burrice. Na faculdade não tinha nenhuma cadeira sobre salvar o mundo, eu sou meio nova nisso,ok?
- Mocinha, sem ironias comigo.
- Sem sermão mamãe, onde é esse mausoléu?
Thomas conseguiu se acalmar o suficiente para pensar novamente.
- Cedro, mostre-me Joana.
E o cedro, mais uma vez, criou uma tela de fumaça em frente ao seu rosto. Hospital Panamericano.
- Que maravilha, você está tão perto maninha! Acho que vou ter que te pegar de isca para que as 2 antas apareçam.
Soltou uma gargalhada sinistra. Já sentia a vitória nas mãos.
- Cedro, me transforme na Marta.
Mais uma vez o objeto reluzente não o decepcionou. Ele era uma cópia fiel de uma Marta sadia.
Ao retornar ao carro, Rita estava arfante e suada, mas com um sorriso feliz no rosto, havia encontrado o cedro! Colocou-o no colo de sua mãe que parecia estar um pouco melhor, pois não tinha perdido a consciência no espaço de tempo que esteve fora.
- Para onde agora, mamãe?
- Bom, o hospital mais perto daqui é o Panamericano. Enquanto você estava fora, ouvi um sirene que devia ser da ambulância que veio resgatar sua irmã. Ela deve estar nesse hospital. Vamos para lá, aposto como Thomas está indo para lá também.
Ao entrar pelas portas, Thomas parou uma enfermeira e se identificou como a mãe de Joana. Prontamente foi levado até o quarto onde lhe explicaram que a paciente estava sedada pois tinha ficado muito agitada. Ele sorriu compassivo, enquanto comentava:
- Esta é minha filhinha. Ela odeia hospitais.
A enfermeira deu um sorriso cumplice e se afastou, deixando-o com Joana.
- Que coisa mais sem graça, você aí sedada. Quem eu vou aterrorizar enquanto as imbecis não chegam?
Thomas andava de um lado para o outro do quarto, entediado.
- Cedro, acorde Joana.
Mal havia completado a frase e Joana já estava de olhos abertos, fitando-o feliz.
- Mamãe, como a senhora conseguiu escapar? E o cedro? Como a senhora recuperou?
- Não se exalte, minha filha. Logo logo responderei suas perguntas, estamos esperando algumas visitas.
- Quem, mãe?
Neste momento, o destino se encarregou de responder à pergunta de Joana. Marta e Rita entraram no quarto e estacaram na porta, sem saber como proceder. Thomas não podia perder aquele momento de indecisão das duas, e exclamou com o tom mais indignado que conseguiu fingir:
- Quem é você, impostora?
3 comentários:
ResponderExcluirNossa Nanda...vc contou uma estória quase inteira num texto só! Muitas coisas aconteceram e 0 final está próximo. Gostei do desenvolvimento rápido e preciso, focando cada hora em um personagem. Será que consigo terminar essa estória com tamanha maestria?
Bom, está faltando uma letra na palavra abaixo:
"Thomas etará de volta a qualquer..."
Nessa frase "- Aquelas. Vacas. Iam. Pagar. Ah, iam."eu acho que se fosse o pensamento do Thomas, o verbo estaria bem colocado. Porém a frase foi pronunciada então eu acho que a colocação certa seria:
"- Aquelas. Vacas. Vão. Pagar. Ah, vão."
Posso estar errada Nanda...o que vc acha?
- Aquelas. Vacas. Iam. Pagar. Ah, se iam!
Paty, vc me mima, hahahahahah.
ResponderExcluirComo vc tinha dito que o ideal era a gente fazer 1 parte para finalizar, no máximo 2 partes, eu tinha que desenrolar e muito esta estória, porque ela estava na parte 6, enquanto o outro batata quente estava já na 9! Eu meio que fiz 3 pedaços em um só, para deixar tudo pronto pro gran finale. Rs.
Já alterei o que vc levantou, obrigada!
Então esse final de batata-quente vai ficar contigo?
Bom...agora que acabaram as festas voltei ao ritmo normal de trabalho, então estou apertada de novo. Mas como já estou vendo que ninguém vai se prontificar vou fazer a parte final, mas só pra semana que vem.
ResponderExcluirA BATATA QUENTE É MINHA! \0/
Comenta aê!