1
DICAS: Se não x Senão
Posted by Unknown
on
30 de dezembro de 2013
06:00
in
dicas,
lingua portuguesa,
português,
sammyfreitas
Hoje vamos falar da dupla “senão” e “se não”.
Escreve-se "senão" quando a palavra assume as seguintes funções:
1. De conjunção alternativa, podendo ser substituída por "caso contrário";
Ex. Estude bastante, senão [caso contrário] você não terá sucesso.
2. De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por "mas";
Ex. Silvinha não é garota de ficar em diversões, senão [mas] de levar a sério os estudos
3. De preposição, tendo o mesmo significado de "com exceção de" ou "exceto";
Ex. Ele não o comprará, senão [exceto] por bom preço.
4. E de substantivo masculino, significando "falha" ou "defeito".
Ex. Não há um senão [defeito] naquele bolo.
Já o "se não" só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção condicional (substituível por "caso") ou integrante (podendo ser trocada, com a oração que ela introduz, por "isso", "isto" ou "aquilo"). Veja alguns exemplos:
Se não chover [caso não chova], irei encontrar meus amigos.
Perguntei se não iriam chegar atrasados [perguntei isso].
Escreve-se "senão" quando a palavra assume as seguintes funções:
1. De conjunção alternativa, podendo ser substituída por "caso contrário";
Ex. Estude bastante, senão [caso contrário] você não terá sucesso.
2. De conjunção adversativa, sendo possível trocá-la por "mas";
Ex. Silvinha não é garota de ficar em diversões, senão [mas] de levar a sério os estudos
3. De preposição, tendo o mesmo significado de "com exceção de" ou "exceto";
Ex. Ele não o comprará, senão [exceto] por bom preço.
4. E de substantivo masculino, significando "falha" ou "defeito".
Ex. Não há um senão [defeito] naquele bolo.
Já o "se não" só deve ser usado quando o "se" é uma conjunção condicional (substituível por "caso") ou integrante (podendo ser trocada, com a oração que ela introduz, por "isso", "isto" ou "aquilo"). Veja alguns exemplos:
Se não chover [caso não chova], irei encontrar meus amigos.
Perguntei se não iriam chegar atrasados [perguntei isso].
Parece simples, mas a prática mostra que não é.
O problema é que há casos em que a distinção de sentido não fica tão explícita.
Por exemplo: tanto é certo escrever
(1) “Este exemplo esclareceu tudo, se não, vejamos” como (2) "Este exemplo esclareceu tudo, senão, vejamos”,
Pois em (1) é possível a conversão para “Este exemplo esclareceu tudo, caso não, vejamos”,
Ao passo que em (2) é possível refazer para “Este exemplo esclareceu tudo, caso contrário, vejamos”.
São esses casos de proximidade de significado que complicam a nossa vida.
E não há muito o que fazer para evitá-los. A não ser entender bem o contexto para saber quando é indiferente usar “senão” ou “se não”.
O problema é que há casos em que a distinção de sentido não fica tão explícita.
Por exemplo: tanto é certo escrever
(1) “Este exemplo esclareceu tudo, se não, vejamos” como (2) "Este exemplo esclareceu tudo, senão, vejamos”,
Pois em (1) é possível a conversão para “Este exemplo esclareceu tudo, caso não, vejamos”,
Ao passo que em (2) é possível refazer para “Este exemplo esclareceu tudo, caso contrário, vejamos”.
São esses casos de proximidade de significado que complicam a nossa vida.
E não há muito o que fazer para evitá-los. A não ser entender bem o contexto para saber quando é indiferente usar “senão” ou “se não”.
Fonte: Laércio Lutibergue é professor, revisor de texto, escritor e consultor linguístico.
Um comentário:
Ótima dica, Sammy. A gente vai escrevendo quase por osmose, mas é sempre bom ler essas regrinhas, passa a fazer mais sentido. ;)
ResponderExcluirComenta aê!