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Batata Quente (1) - Parte 4
— Rita, quem era? – Perguntou a
mãe se aproximando da porta, e percebeu que a filha estava paralisada fitando
um envelope em suas mãos. Chegando mais perto pôde ler seu nome nele e viu
também a bolsa de Joana no chão, pegou, todos os pertences da filha estavam lá,
intactos.
— Filha, que brincadeira é essa?
— Eu... eu não sei mãe. – Rita,
trêmula, lhe entregou o envelope e as duas entraram. Marta abriu o envelope,
temendo o que pudesse haver nele, e pra seu desespero ele só continha uma folha
amassada com um recado e um endereço:
“Marta querida, se você deseja
ver sua filhinha novamente venha agora mesmo a este endereço: Rua dos Salgueiros,
530. É indispensável que você venha sozinha, ou a Joana vai sofrer as
consequências, e não comente sobre isso com NINGUÉM.”
Marta olhou para Rita com os
olhos cheios de lágrimas, agora tremia muito mais.
— O que estava escrito mãe? O que
aconteceu com Joana?! – Rita sentiu que ia perder o equilíbrio.
Mas Marta não respondeu, apenas
pegou a bolsa de Joana e também a sua e sai em disparada para a rua.
— Não me siga! – Gritou para a
filha que vinha logo atrás.
O taxi a deixou na frente de um
barracão abandonado, Marta checou o endereço, era ali mesmo. Tremeu de frio, a
noite já ia alta e o vento era gelado. Depois de observar todo o lugar notou
uma porta entreaberta. Quando abriu-a e entrou sentiu um cheiro de bolor que a
enjoou, mas a sensação durou só alguns instantes, pois foi substituída pelo
pavor quando sentiu uma mão gelada a segurar pelo braço.
— Thomas... – Ela deixou escapar
como um suspiro quando viu quem a estava segurando.
— Vamos lá queridinha irmã... –
Thomas abriu a porta e Joana protegeu os olhos com a mão contra a luz que vinha
dela, já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e
escuro.
— Eu não vou te dizer nada. –
Disse entre dentes. – Não vou te ajudar, seu monstro! Deve estar blefando. –
Riu, sentia a fome e o cansaço já prejudicando seu estado mental.
— Vejamos se não...
Thomas pegou-a pelo cabelo e a
ergueu, arrastando-a para fora do quarto, em direção a luz, que ela agora via
que vinha de janelas no alto de um enorme barracão sujo, onde estavam. Mas algo
a fez paralisar e nem Thomas puxando pelo seu cabelo a fez ter alguma reação.
— Mãe...? – Ela sufocou.
Marta a olhou com suplica e ao
mesmo tempo alivio por ver sua filha tão querida viva. Estava amarrada em um pé
direito de ferro que sustentava o barracão, aparentemente exausta, com um olho
roxo e vários arranhões pelo rosto e braços.
— Então irmãzinha... – Thomas segurou-a
pelo braço e a apertou, machucando-a. Joana gemeu, com os olhos já cheios de
lágrimas. – Comece a dizer tudo que sabe se não quiser assistir de camarote a
sua mãezinha apanhando.
7 comentários:
Ficou ótimo Olhos! Mas percebi que você só deu uma continuidade na história sem dar novas perspectivas a ela não é? Podia ter acrescentado mais sem medo de bagunçar o coreto menina! rsrsrsrs
ResponderExcluirSÓ ME CONFUNDI UM POUCO NESSA FRASE:
— Vamos lá queridinha irmã... – Thomas abriu a porta, Joana protegeu os olhos com a mão contra a luz que vinha da porta, já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e escuro.
Não sei, acho que tinha que ter ponto final depois de porta, ou então um "e". E a palavra "porta" soou meio repetitiva vindo logo depois. Vê o que vc acha.
Bom, como são poucos que estão participando do Batata Quente, não sei quem poderia continuar a história agora...
Alguém se habilita?
pronto, ja arrumei.
ResponderExcluirRealmente fikei com um pouco de medo de mudar alguma coisa, ja q não escrevo textos desse tipo, nao sabia se não ia akabar estragando alguma coisa. E tbm se nao dermos uma continuação a estoria fika tudo acontecendo rapido demais e pode acabar fikando confuso... eu axo...
Essa história também precisa ser terminada, e já notei que poucos estão interessados nela. Então sugiro que ela se encerre no 8º capítulo para dar tempo dela se desenvolver a contento. Como ninguém se prontificou ainda, vou pegar essa Batata Quente de novo! Mas gostaria que mais alguém fizesse um pedacinho depois de mim :(
ResponderExcluirEu posso contribuir com mais uma parte depois... mas cadê a galera do blog ein?! Telma, ainda anda muito ocupada? Nanda e Kbeça, como anda a mudança? Balta, escreve um pedacinho dessa também vaaai!
ResponderExcluirColocando a leitura do blog em dia, vamos lá...
ResponderExcluirÓtimo texto, Olhos. Só achei um errinho bobo:
"já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e escuro." - ha do verbo haver tem H.
Realmente achei que vc deveria ter se arriscado mais, aloprado. A pimenta da gárgula, vc poderia ter posto aqui também, a graça dos desafios coletivos é isso... um alopra o outro que vem depois tem que aloprar mais ainda pra manter a peteca no ar.
invente, tente, faça uma história diferente, rsrs.
Bem, eu posso pegar esse desafio, mas só vou respondê-lo final de semana (não sei se sábado ou domingo), tem problema????
Vai que vai Nanda! Faz mais um pedaço dessa história esse findi que tô ansiosa!
ResponderExcluirPois é Nanda, mas assim como falei para a Paty, não só tive um pouco de medo de bagunçar como também achei q faltava uma continuação mais coerente. Eu sou muito chata em relação a isso, as coisas devem ser explicadas. Na minha opinião essa estoria nao ta fikando tao interessante por q falta continuações coerentes entre uma parte e outra, nao adianta só dar uma ideia maluca pra estória e pronto, tem q fazer acontecer, explicar como akilo foi aconecer... eu realmente fiko um pouco perdida nessa historia por causa disso, e justamente por isso fikei com medo de continuar. é minha opinião
ResponderExcluirComenta aê!