7

Batata Quente (1) - Parte 4

Posted by Olhos Celestes on 15 de agosto de 2012 13:18 in , ,

— Rita, quem era? – Perguntou a mãe se aproximando da porta, e percebeu que a filha estava paralisada fitando um envelope em suas mãos. Chegando mais perto pôde ler seu nome nele e viu também a bolsa de Joana no chão, pegou, todos os pertences da filha estavam lá, intactos.
— Filha, que brincadeira é essa?
— Eu... eu não sei mãe. – Rita, trêmula, lhe entregou o envelope e as duas entraram. Marta abriu o envelope, temendo o que pudesse haver nele, e pra seu desespero ele só continha uma folha amassada com um recado e um endereço:
“Marta querida, se você deseja ver sua filhinha novamente venha agora mesmo a este endereço: Rua dos Salgueiros, 530. É indispensável que você venha sozinha, ou a Joana vai sofrer as consequências, e não comente sobre isso com NINGUÉM.”
Marta olhou para Rita com os olhos cheios de lágrimas, agora tremia muito mais.
— O que estava escrito mãe? O que aconteceu com Joana?! – Rita sentiu que ia perder o equilíbrio.
Mas Marta não respondeu, apenas pegou a bolsa de Joana e também a sua e sai em disparada para a rua.
— Não me siga! – Gritou para a filha que vinha logo atrás.

O taxi a deixou na frente de um barracão abandonado, Marta checou o endereço, era ali mesmo. Tremeu de frio, a noite já ia alta e o vento era gelado. Depois de observar todo o lugar notou uma porta entreaberta. Quando abriu-a e entrou sentiu um cheiro de bolor que a enjoou, mas a sensação durou só alguns instantes, pois foi substituída pelo pavor quando sentiu uma mão gelada a segurar pelo braço.
— Thomas... – Ela deixou escapar como um suspiro quando viu quem a estava segurando.

— Vamos lá queridinha irmã... – Thomas abriu a porta e Joana protegeu os olhos com a mão contra a luz que vinha dela, já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e escuro.
— Eu não vou te dizer nada. – Disse entre dentes. – Não vou te ajudar, seu monstro! Deve estar blefando. – Riu, sentia a fome e o cansaço já prejudicando seu estado mental.
— Vejamos se não...
Thomas pegou-a pelo cabelo e a ergueu, arrastando-a para fora do quarto, em direção a luz, que ela agora via que vinha de janelas no alto de um enorme barracão sujo, onde estavam. Mas algo a fez paralisar e nem Thomas puxando pelo seu cabelo a fez ter alguma reação.
— Mãe...? – Ela sufocou.
Marta a olhou com suplica e ao mesmo tempo alivio por ver sua filha tão querida viva. Estava amarrada em um pé direito de ferro que sustentava o barracão, aparentemente exausta, com um olho roxo e vários arranhões pelo rosto e braços.
— Então irmãzinha... – Thomas segurou-a pelo braço e a apertou, machucando-a. Joana gemeu, com os olhos já cheios de lágrimas. – Comece a dizer tudo que sabe se não quiser assistir de camarote a sua mãezinha apanhando.

|
Gostou?

7 comentários:

  1. Ficou ótimo Olhos! Mas percebi que você só deu uma continuidade na história sem dar novas perspectivas a ela não é? Podia ter acrescentado mais sem medo de bagunçar o coreto menina! rsrsrsrs

    SÓ ME CONFUNDI UM POUCO NESSA FRASE:

    — Vamos lá queridinha irmã... – Thomas abriu a porta, Joana protegeu os olhos com a mão contra a luz que vinha da porta, já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e escuro.

    Não sei, acho que tinha que ter ponto final depois de porta, ou então um "e". E a palavra "porta" soou meio repetitiva vindo logo depois. Vê o que vc acha.

    Bom, como são poucos que estão participando do Batata Quente, não sei quem poderia continuar a história agora...
    Alguém se habilita?

    ResponderExcluir
  2. pronto, ja arrumei.
    Realmente fikei com um pouco de medo de mudar alguma coisa, ja q não escrevo textos desse tipo, nao sabia se não ia akabar estragando alguma coisa. E tbm se nao dermos uma continuação a estoria fika tudo acontecendo rapido demais e pode acabar fikando confuso... eu axo...

    ResponderExcluir
  3. Essa história também precisa ser terminada, e já notei que poucos estão interessados nela. Então sugiro que ela se encerre no 8º capítulo para dar tempo dela se desenvolver a contento. Como ninguém se prontificou ainda, vou pegar essa Batata Quente de novo! Mas gostaria que mais alguém fizesse um pedacinho depois de mim :(

    ResponderExcluir
  4. Eu posso contribuir com mais uma parte depois... mas cadê a galera do blog ein?! Telma, ainda anda muito ocupada? Nanda e Kbeça, como anda a mudança? Balta, escreve um pedacinho dessa também vaaai!

    ResponderExcluir
  5. Colocando a leitura do blog em dia, vamos lá...

    Ótimo texto, Olhos. Só achei um errinho bobo:
    "já não sabia a quanto tempo estava ali naquele quarto mofado e escuro." - ha do verbo haver tem H.

    Realmente achei que vc deveria ter se arriscado mais, aloprado. A pimenta da gárgula, vc poderia ter posto aqui também, a graça dos desafios coletivos é isso... um alopra o outro que vem depois tem que aloprar mais ainda pra manter a peteca no ar.
    invente, tente, faça uma história diferente, rsrs.

    Bem, eu posso pegar esse desafio, mas só vou respondê-lo final de semana (não sei se sábado ou domingo), tem problema????

    ResponderExcluir
  6. Vai que vai Nanda! Faz mais um pedaço dessa história esse findi que tô ansiosa!

    ResponderExcluir
  7. Pois é Nanda, mas assim como falei para a Paty, não só tive um pouco de medo de bagunçar como também achei q faltava uma continuação mais coerente. Eu sou muito chata em relação a isso, as coisas devem ser explicadas. Na minha opinião essa estoria nao ta fikando tao interessante por q falta continuações coerentes entre uma parte e outra, nao adianta só dar uma ideia maluca pra estória e pronto, tem q fazer acontecer, explicar como akilo foi aconecer... eu realmente fiko um pouco perdida nessa historia por causa disso, e justamente por isso fikei com medo de continuar. é minha opinião

    ResponderExcluir

Comenta aê!

Copyright © 2009 Retalhos Assimétricos All rights reserved. Theme by Laptop Geek. | Bloggerized by FalconHive.