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Desafiando um "Arqueiro" mal acostumado

Posted by Baltazar Escritor on 6 de outubro de 2011 23:53 in , ,

Isso aí, tava na moleza (nem tanto) tá precisando exercitar o cérebro Kbeça. Ve se você lembra desse:

Sombras na Noite - Parte 1

Rio de Janeiro - 19/01/2007 - 22:12H

Jorge anda apressado pelas vielas da Lapa. Seu pai, Artyrus, adido cultural grego no Brasil, está desaparecido. O ultimo contado foi a dois dias por telefone. Suas palavras ainda ecoam em sua cabeça:
- Jorge, meu filho, guarde esta relíquia com sua vida. Os amaldiçoados não podem chegar até ela. Haja o que houver, não a entregue a ninguém. Nem mesmo a mim...
Em seguida um estrondo, um grito e silêncio. Jorge chama pelo pai mas ninguém responde.
De lá para cá coisas estranhas aconteceram. Pessoas de terno apareceram na faculdade fazendo perguntas sobre seu pai e se ele havia deixado algo com ele. Reviraram seu apartamento, bateram no seu carro, o sequestraram, torturaram e ameaçaram. O liberaram na condição de ir buscar a relíquia e trazer para eles. Eles... Quem serão eles? Primeiro pensou serem traficantes, pois viu uma mesa cheia de "farinha","erva" e dinheiro, mas quando saiu da "casa", estava em um bairro nobre da zona sul. Uma mansão na beira da praia, cheia de seguranças. Ao contrário dos traficantes colombianos, aqui no Brasil, o local preferido do tráfico é o morro.
Sem carro, ou dinheiro, machucado e desorientado, veio cambaleando pelas ruas do Rio até sua casa na Lapa. Pensou em chamar a polícia, mas ficou com medo de estarem envolvidos em toda essa marmelada.
Finalmente chegou. O apartamento é pequeno. Quarto e sala apenas. Apesar de ser filho de um adido, preferiu conquistar o mundo com as próprias mãos. Entrou, tomou um banho, bebeu um trago, acendeu um cigarro, ainda enrolado com a toalha começou a cuidar dos machucados.
- Mas que porra... - murmura Jorge, soltando uma baforada e enchendo o copo.
Cara limpa, coloca um jeans e uma camisa e se prepara para ir até o terrero de Mãe Antonia. Mãe Antonia. Jorge tem outro motivo para chamá-la assim, além da religião. Faz anos que não se falam, brigaram feio no passado. Nem lembra mais o motivo, Mais um trago, mais um cigarro. Sai de casa.
Quando recebeu a relíquia pelo correio não entendeu nada. Era um pequeno cavalo marinho de ouro e um bilhete do pai "Use o hipocampus para chegar ao Rei". Após o telefonema, com medo, mandou o pacote por correio para uma amiga em Curitiba. Silvana. Jorge sorri quando pensa na amiga.
- Bons tempos... Bons tempos.
Olha para cima, próximo ao Crico Voador os holofotes rastreiam o céu. Hoje tem show.
- Será que se eu colar um "morcegão", algum herói aparece para me ajudar? - Ri. Próximo a ele, uma prostituta ouve, acha graça e flerta:
- Se quiser eu posso te ajudar.
Belo sorriso, belo corpo - pensa Jorge.
- Hoje não, gatinha.
Quando menos espera está na porta do terreiro.
- Oxalá me ajude. - Dito isto, entra.


(Essa Foi a continuação do Eragocris)

Sombras na Noite - Parte 2

Rio de Janeiro - 20/01/2007 - 03:07H

Uma névoa de sonolência pairava ao redor de Jorge, como se a realidade e o mundo dos sonhos fossem um só.
Sendo levado pela correnteza agradável dessa sonolência, quando de uma vez só despertou, foi como se acordasse num filme de terror.
Sangue e vísceras se amontoavam com pedaços humanos. O odor acre da morte ainda era recente, e Jorge teve de se esforçar para lembrar onde estava, sem que com isso vomitasse. A primeira, se lembrar, ele conseguiu, a segunda não.
Enquanto se limpava, Jorge pôde ver que suas mãos estavam sujas. Ele havia sentido quando despertou que suas mãos estavam pegajosas, e vendo ao seu redor, desejou com todas as suas forças que fosse mostarda, catchup ou maionese, que fosse só um sonho e que, na realidade, ele fosse um sonâmbulo, e depois de acordar a noite para um lanche, tivesse se sujado. Mas não. E outra ância o acometeu.
Um gemido baixo o retirou desse estupor, e olhando pra direção do som, viu se tratar da Mãe Antônia que tentava se levantar, sem conseguir. Jorge correu ao seu encontro, e ao constatar o porque de Mãe Antônia não podia se levantar, uma nova ância se abateu sobre ele, pois a parte debaixode Mão Antônia, estava dois metros distantes da parte superior.
Mãe Antônia após olhar com olhos aterrorizados pra ele, se pós a gritar com o que lhe restava de forças enquanto seu sangue se esvaía:
- NÃO ME MATE, NÃO ME CORTE MAIS COM SUA ESPADA! TIRE AS SOMBRAS DE MIM, POIS EU NÃO SEI DE NADA! NÃO ME MACHUQUE MAIS, NÃO ME MACHU...
E a sua frente Jorge viu morrer alguém que lhe foi próximo, e que pelo que tudo indicava, ele fora o responsável. Toda a sua força foi arrancada e ele caiu de joelhos. Como um limão galego que era espremido após só sobrar o bagaço, que aliás era como ele se sentia.
- Pelo... amor... dos... deuses... Que merda aconteceu aqui??
O som de sirenes o acordou daquele pesadelo de corpos e sangue, o trazendo á força pra uma realidade que ele não queria admitir; Se fora ele o responsável, mesmo sem se lembrar, ele seria preso, e se aqueles que o sequestraram tiverem amigos na polícia, ele pode se considerar pego, ou na pior das hipóteses, morto.
Assim, reunindo o que lhe restava de forças, ele sai por uma porta nos fundos do que foi o terreiro de Mãe Antônia, se esgueirando pelas sombras com sua camisa manchada de sangue que já começava a secar e cheio de perguntas.
- O que diabos aconteceu? O que foi que eu fiz? Oque era essa espada que Mãe Antônia falou? E que sombras eram essas que ela disse?? E o mais importante, que merda que eu faço agora?
Após andar vários quarteirões do som das sirenes, e se encostando num beco escuro, ele recupera o fôlego enquanto encara que já não lhe resta outra opção além de quebrar uma promessa que ele fez a si mesmo a mais de 10 anos desde que seu pai se divorciou de sua antiga esposa brasileira.
Assim, Jorge iria se reencontrar com sua mãe. E, pelos deuses, Jorge preferia ter de voltar ao terreiro de Mãe Antônia do que enfrentá-la.


(E essa foi a  minha)

Sombras na Noite - Parte 3

Rio de Janeiro - 20/01/2007 - 15:49H

As reminiscências do que aconteceu passavam como aviões pela cabeça de Jorge, poucos fragmentos que não tinham um significado. Seu destino agora era o convento de Santo Antônio, deveria falar com a madre superiora.
Três freiras o atenderam, ele especificou que queria falar com a superiora, ele era o Jorge, ela ia entender. Minutos depois elas dizem que ele pode entrar, meio a contragosto, homens não eram permitidos naquele lugar.
- Mamãe? Como vai a senhora?
O rosto inflexível da mulher que abandonou seu marido e seu filho pelo véu de freira estava carregado de ódio.
- O que você veio fazer aqui? Não me diga que é a mando do servo de satã? - Ela se referia ao ex-marido sempre dessa maneira, "servo de satã", ou "endemoniado".
- Não, não foi, eu não posso apenas ter saudadeda minha mãe?
- Aqui não sou apenas sua mãe, sou mãe detodos!
- Me desculpe, mas não quero sermões. Você estava com meu pai quando ele.. bem... fazia suas pesquisas de campo.
- Um novo nome pra paganismo?
- Por favor, me esculte! - Então ele relatou tudo o que aconteceu, só que para seu espanto, com a maior riqueza de detalhes.
Havia um homem, que atraía pra si todas as sombras do lugar, ele na verdade às roubava. Estava sendo vítima de uma estranha possessão, pois não parecia ter controle de suas ações. Brandia uma grande espada cravejada de jóias e que parecia agir por conta própria. Lhe veio um nome na mente.
- Excalibur...
- Sim, - respondeu sua mãe - é o que parece. Eu temia este dia. Como disse o profeta louco "o guerreiro sem alma se levanta novamente e a armadura deverá detê-lo."
- O quê?
- Seu pai, precisamos dele!
- Ele, bem, ele está impossibilitado de ajudar. - E contou o mal sucedido à mãe.
- Hum, compreendo. Ouça bem, é importante, essa relíquia que seu pai lhe confiou é o capacete da armadura de São Jorge, seu xará, você precisará reunir toda armadura pra enfrentar o que está por vir. E o mais importante, deverá conseguir tirar a espada de São Jorge da guarda dos Jesuítas.



Te desafio a dar continuidade com as frases:

"Alguém corte o queijo!"
"Se for, será, talvez, quem sabe... você entendeu!"
"Meu cabelo está armado."
"Recado? Que recado?"
"O hippocampus vive debaixo d'água e se alimenta principalmente de pequenos crustáceos, moluscos e vermes."

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3 comentários:

  1. Nossa Senhora, pegou pesado Balta. Ui! kkkk.

    Kbeça, que a força esteja com vc! Porque vc vai precisar, não é brinquedo não! huahuahahuahua. ;-)

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  2. Cruz credo Kbeça! Você tá ferrado!
    E não pense que vou dar moleza não, estou esperando o meu desafio também.
    Mwahahahaha(risada malévola pra você também).

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