6
Batata Quente (2) - Parte 5
Essa parte ficou bem levezinha com um diálogo para revelar algumas coisas. Vou deixar a ação para o próximo hem? Batata quente mesmo!
Batata Quente (2) - Parte 5
Batata Quente (2) - Parte 5
- Você vai comer essa carne crua?
Ele teve que sorrir da expressão horrorizada dela com os
olhos arregalados para a porção abastada de carne crua no prato à sua frente.
-É o que eu preciso comer para manter-me forte durante meu
breve período de vida humana. Desculpe, sei que não deve ser muito agradável.
Vou comer na sala.
- Não!
Ela segurou sua mão quando já estava de pé. Seu toque era
quente e macio, como sempre imaginava que seria.
- Eu não me importo. De verdade. Sente-se e coma comigo.
Ele sentou-se, e ambos comeram em silêncio por um longo
tempo. Custou a convencê-la de que deveria tomar um banho e comer alguma coisa
antes de conversarem sobre o que estava acontecendo. Além de estar realmente preocupado
com a aparente fraqueza dela, queria ganhar tempo. Não podia contar tudo e
teria que ponderar suas palavras. Mas o que o deixava realmente feliz era ver
que ela não o temia, e parecia não ter nojo dele também.
- Então. Você podia começar me contando o que eram aquelas
criaturas. – A voz dela era suave, mas decidida.
- São vampiros. E são meus inimigos naturais. São fortes e
poderosos, mas é preciso muitos deles para acabar com alguém como eu.
- E alguém como você seria?
- Um lobo. Na verdade eu sou um lobo em minha essência. Mas
há séculos atrás fiz um juramento que...bem, para poder salvar e proteger a
minha espécie, ganhei forças e poderes para superar qualquer vampiro. Mas em troca
disso, passo parte da minha vida petrificado em uma forma horrenda. E preciso
estar sempre em solo sagrado para a transformação senão...
Os olhos de Suzane estavam fixos nos seus absorvendo cada
palavra. E não conseguiu concluir sua explicação. Era terrível demais. Por agora
tinha que ser o suficiente.
- Então é isso. Sou na maior parte do tempo um monstro. Mas
não se preocupe porque consigo ter emoções humanas também. Estou aqui pra ajudá-la.
Ela piscou várias vezes como se saísse de um transe e sorriu.
Aquele sorriso amável que tantas vezes apreciou só de longe. Não conteve o
impulso de tocá-la. Traçou seus dedos sobre a bochecha dela até o queixo. Ela
suspirou. Um suspiro longo e cansado. Era impossível decifrar suas emoções
naquele momento.
- Agora me diga o que esses vampiros querem de mim Christopher.
Essa era a parte difícil da história. Como dizer a ela que
seu sangue carregava a imortalidade para a espécie dele? Será que ela
entenderia o lado não humano que corria em suas veias?
Um baque surdo, inaudível para os ouvidos humanos, alertou-o
para o perigo de estarem ali.
- Suzane, você não pode mais ficar aqui. Temos que ir
embora. Acharei um lugar seguro pra você.
- Mas espera aí. Essa é a minha casa! Não posso deixá-la
assim!
- Não temos tempo pra discutir isso agora. Pegue algumas
coisas e vamos.
Enquanto ela organizava alguns pertences na mochila, ele
inspecionou cada canto da casa onde era possível a entrada das criaturas,
embora eles não precisassem necessariamente de uma entrada. Mas com certeza
seriam cautelosos para não afugentá-los. Mais dois baques vindos do telhado.
Dessa vez o som foi alto o suficiente para Suzane gritar.
- Vamos Suzane!
Arrastando-a pelo braço conseguiram chegar ao beco lateral,
mas viu que não seria possível saírem dali pelos meios normais.
- Confia em mim?
Ela apenas meneou a cabeça afirmativamente, mas ele viu em
seus olhos a dúvida e o medo.
-Então segure forte no meu pescoço e feche os olhos. Não vou
deixar que nada aconteça a você. Pode confiar em mim.
E como um raio cortando um céu sem estrelas, ele voou de
encontro à escuridão da noite.
6 comentários:
então amiga... Não eram as explicações q eu tinha em mente, rsrsrsrsrssrrs, e
ResponderExcluirisso é o legal do Batata Quente, cada
um surpreende o outro com sua continuação! Mas eu gostei, deixou uma bomba nas mãos do Balta... é você q vai pegar essa BatataQuente
agora né Balta?!
ah, na parte q vc diz "...E não pude concluir minha explicação." vc colocou em primeira pessoa, nao seria em terceira pessoa?
Eu pego, é minha...
ResponderExcluirAssim que eu terminar de ler.
Obrigado pela correção Olhos. Tá errado mesmo, vou consertar. Sempre embolo um pouco essa parte de 1ª pessoa e 3ª pessoa rsrsrs
ResponderExcluirEstou ansiosa pela continuação Balta!
Olá!
ResponderExcluirEu tenho certeza que eu ouvi falar sobre uma história de uma humana que conhece um vampiro, e sei que ela estava sendo perseguida por outros pq o sangue dela ajudava-os a serem imortais..
Não sei se estou confundindo as bolas (como sempre auehahe), mas acho que lembro de um livro assim.
Posso estar me confundindo pois não entendo essa coluna batata quente :/ infelizmente
É algum desafio?
Beijos!
Andressa
umdiaacadalivro.blogspot.com
@umdiaacadalivro
Lobo? que vira gárgula em solo sagrado?
ResponderExcluirpegou pesado agora, kkkk. Adorei!
Nesse não achei nada, mas vou dizer que nem eu falei com a Olhos, fiquei tão entretida na estória que nem procurei, rsrs. Nada me saltou aos olhos.
Arrasou, gatona.
Nanda, essa história de lobo virar gárgula em solo sagrado é porque gosto de ser inédita!kkkkk
ResponderExcluirMas fundamentalmente é porque ele fez um juramento (com alguém ou alguma coisa), que o prende nessa situação do sagrado...entendeu? A não ser que alguém mude radicalmente a linha da história, é mais ou menos essa a minha ideia.^^ Enfim, vamos ver o que Balta vai arrumar com isso.
Andressa querida, seja bem vinda ao nosso blog! O Batata Quente é sim um desafio onde todos contribuem com um pedacinho da história. Se você leu um livro com alguma coisa parecida é realmente mera coincidência viu, porque tudo sai das nossas cacholinhas!
E desculpe Olhos se mudei as suas expectativas, mas é impossível saber aonde o outro quer chegar, e eu acho isso muito legal!
Comenta aê!