5
O Despertar Na Caverna (A Guerreira e o Ogro - capítulo 1)
Posted by Marcinha
on
19 de maio de 2013
06:00
in
a guerreira e o ogro,
fantasia,
guerreira,
Marcinha,
ogro,
série
Quando ela abriu os olhos, percebeu que estava dentro de uma caverna. Manteve-se imóvel, enquanto tentava ambientar a vista para divisar o que havia à sua volta. Os instintos de guerreira sempre guiavam sua ações; precisava saber se estava sozinha ou se alguém a vigiava, antes de fazer qualquer movimento que demonstrasse que havia recobrado a consciência.
Percorreu com os olhos o interior da rocha bem iluminada por inúmeras tochas; havia vários utensílios de uso doméstico sobre uma bancada de madeira, alguns alforjes de couro encostados a uma parede, uma caixa de madeira com vários objetos de metal e uma imensa massa de combate. Mais adiante uma fogueira crepitava, e em frente ao fogo havia um ogro sentado de costas para ela. Era uma criatura imensa, vestida modestamente com roupas de couro bem surradas, que remexia o fogo lentamente com um galho seco. A guerreira o observou durante um tempo; o ogro parecia calmo e pensativo. Então ela se moveu lentamente, tentado enxergar o restante da caverna, e sentiu-se mais confortável ao ver que sua espada estava guardada na bainha e colocada no chão ao seu lado, ao alcance de sua mão. Ela esticou o braço para alcançar sua arma e houve um farfalhar neste momento, só então percebeu que estava deitada sobre peles com forro de palha.
– Finalmente acordou. – comentou o ogro em tom casual, com sua voz grave e baixa.
– Quanto tempo dormi? – indagou a guerreira, tratando de estabelecer prontamente um diálogo.
– Três dias. – respondeu o ogro, que se virou finalmente para olhar para ela. – E apenas hoje a febre e a palidez cederam. Como se sente?
– Estou ótima. – respondeu a guerreira imediatamente, mesmo sem ter certeza de como estava sua saúde; mas não iria demonstrar vulnerabilidade ao ogro.
– Que bom. – retorquiu o ogro, um pouco menos amistoso, por ter notado a hostilidade dela. – Se tiver fome, venha comer; há caldo de carne e raízes no vasilhame de pedra.
Tendo dito isto, o ogro voltou-se para o fogo novamente. Mas em vez de revolver as chamas com o galho, colocou-o no chão com um gesto brusco, e ficou imóvel, sentado com os cotovelos apoiados sobre os joelhos.
A guerreira se levantou da cama improvisada onde dormira, e olhou para sua espada num momento de dúvida que durou apenas um instante. Então pegou a arma e prendeu a bainha à cintura; era melhor estar segura do que demonstrar gentileza. O ogro a olhou por sobre o ombro quando percebeu o que ela fizera, depois voltou a fitar o fogo novamente.
Ela se aproximou do vasilhame que continha a sopa, ainda estava quente. Destampou-o e sentiu o cheiro da carne cozida, dando-se conta então do quanto estava faminta. Serviu-se numa generosa cuia de cerâmica, e se sentou para comer perto da fogueira, há uma distância segura do ogro, que ainda fitava o fogo. Só então ela pode perceber o ogro com nitidez; era enorme e corpulento, com mãos grandes e calejadas, com dedos nodosos e unhas incrustadas de sujeira. Tinha a cabeça totalmente lisa, e orelhas grandes demais, em contraste com os olhos pequenos que ficavam praticamente escondidos à sombra da testa proeminente. A boca enorme estava contraída e, acompanhando o cenho franzido, demonstrava a quantidade de pensamentos que deviam agitá-lo naquele momento. Entretanto, o ogro não parecia sentir raiva, nem demonstrava agressividade. Ele parecia sombrio, com uma expressão torturada de quem carregasse todo o peso do mundo sobre seus ombros.
A guerreira sentiu compaixão por ele, mas logo respirou fundo e voltou à postura defensiva. Precisava pensar com praticidade, saber como havia chegado ali e descobrir se conseguiria partir com o consentimento do ogro ou se precisaria usar de violência para isso. Perguntou então, como quem apenas inicia um conversa casual:
– Como cheguei aqui?
– Eu a trouxe. – respondeu o ogro – Eu estava de passagem pelos ermos quando a vi de longe; vi quando perdeu os sentidos, então a recolhi e trouxe para cá, para que pudesse ser cuidada.
– Por que eu perdi os sentidos? – indagou, confusa – O que viu naquele dia?
– Você tentava mover sozinha uma pedra que daria trabalho a dois homens. – respondeu o ogro – Em meio ao esforço caiu, e quando me aproximei a palidez dos mortos estava no seu rosto. Seu cenho estava franzido, acredito que estava sentindo muita dor.
– Eu sangrava? Estava ferida?
– Examinei você o melhor que pude, e não encontrei nada. Não aparentava estar ferida, e não havia nenhum membro quebrado ou mesmo luxado. A única anormalidade é que sua testa queimava... pra dizer a verdade, a cabeça inteira estava quente como a lâmina de um espada esquecida ao sol.
– Ah. – disse ela, assim que compreendeu do que se tratava, e praguejou – Maldição.
– Você sabe o que aconteceu.
– Que pergunta tola, é claro que não. – retorquiu a guerreira, na defensiva.
– Não foi uma pergunta. Você sabe. – o ogro a encarava, fazendo uma pausa enfática – Mas não é obrigada a me contar.
– Eu não sei! – mentiu ela, odiando as dores constantes na cabeça que constantemente a inutilizavam por dias – E também não é da sua conta!
– Não há motivo pra se alterar. Baixe a guarda, está bem? – afirmou o ogro, com um tom decidido e uma expressão dura e repreensiva.
Ela pensou em pelo menos três respostas desaforadas no minuto seguinte, mas acabou por manter-se calada. Um conflito gratuito com o ogro não a levaria a lugar nenhum, e a afastaria das informações que precisava. Respirou fundo, e decidiu ficar calada por algum tempo, enquanto tomava a sopa que já esfriara, esquecida, em seu colo. Em dado momento, olhou para o ogro discretamente, e arriscou mais uma pergunta.
– A pedra que eu tentava mover... eu consegui?
– Não.
– A gruta ficou aberta. – ela lamentou, a voz era um sussurro para si mesma.
– Não. Eu a fechei. Está selada, não se preocupe. – afirmou o ogro.
– Por quê? – ela indagou, aliviada e perplexa ao mesmo tempo – Por quer se deu ao trabalho de fechar algo que... que não significava nada para você?
– Porque eu olhei lá dentro, e compreendi por que você se esforçou até a exaustão para fechá-la. É um sepulcro, não é?
– É. – respondeu ela, com uma expressão sombria, os olhos fixos no chão.
– Quem jaz lá dentro? – indagou o ogro, com real interesse.
– Sepultado lá está tudo que eu já fui um dia. – respondeu ela, cada vez mais sombria – Meu passado. Meu coração. Minhas lágrimas. A dor lancinante no meu peito. Minha alma. – ela ergueu os olhos e encarou o ogro. – Arranquei tudo de mim e enterrei lá.
O ogro fez um silêncio reverente. Compreendia perfeitamente o que ela dissera. Não ficou decepcionado em saber que o sepulcro era simbólico, nem demonstrou escárnio, como por um momento ela temeu que ele fizesse. Em vez disso ele se calou, partilhando por um momento da dor dela. Então, finalmente, a inquietação que ela sentia em relação ao ogro se afastou.
– Ninguém sabe sobre o sepulcro. – ela afirmou, sustentando o olhar dele quando ele despregou os olhos do chão. – Agora você é o único além de mim que sabe que ele existe e o que ele significa. Gostaria que tomasse essa revelação como um agradecimento.
– Não precisa me agradecer a acolhida. – afirmou o ogro com sinceridade – Muitos outros viajantes poderiam ter feito o mesmo por você se a tivessem encontrado primeiro.
– Eu agradeço, sim, por me acolher e por me cuidar; mas estou agradecendo principalmente por se importar. Foi honrado de sua parte se dar ao trabalho de selar um sepulcro. E seu gesto preservou o que há lá dentro; objetos e lembranças que eu não gostaria de ver violados ou saqueados. Tem minha gratidão e meu respeito, ogro – e, dito isto, ela pôs o punho fechado sobre o coração, e se curvou em reverência – Meu nome é Markka, guerreira da Costa Alta, nação que escolhi para mim.
– Sou Zenthor, ogro artesão nascido no Planalto Árido. Minha caverna é sua morada enquanto precisar. – e logo se corrigiu – Pode partir quando quiser, é claro, mas acho que ainda não está forte o bastante.
– Se eu não for um fardo, aceito a oferta. Não tenho pressa de partir.
"Não mais", pensou a guerreira consigo mesma.
Percorreu com os olhos o interior da rocha bem iluminada por inúmeras tochas; havia vários utensílios de uso doméstico sobre uma bancada de madeira, alguns alforjes de couro encostados a uma parede, uma caixa de madeira com vários objetos de metal e uma imensa massa de combate. Mais adiante uma fogueira crepitava, e em frente ao fogo havia um ogro sentado de costas para ela. Era uma criatura imensa, vestida modestamente com roupas de couro bem surradas, que remexia o fogo lentamente com um galho seco. A guerreira o observou durante um tempo; o ogro parecia calmo e pensativo. Então ela se moveu lentamente, tentado enxergar o restante da caverna, e sentiu-se mais confortável ao ver que sua espada estava guardada na bainha e colocada no chão ao seu lado, ao alcance de sua mão. Ela esticou o braço para alcançar sua arma e houve um farfalhar neste momento, só então percebeu que estava deitada sobre peles com forro de palha.
– Finalmente acordou. – comentou o ogro em tom casual, com sua voz grave e baixa.
– Quanto tempo dormi? – indagou a guerreira, tratando de estabelecer prontamente um diálogo.
– Três dias. – respondeu o ogro, que se virou finalmente para olhar para ela. – E apenas hoje a febre e a palidez cederam. Como se sente?
– Estou ótima. – respondeu a guerreira imediatamente, mesmo sem ter certeza de como estava sua saúde; mas não iria demonstrar vulnerabilidade ao ogro.
– Que bom. – retorquiu o ogro, um pouco menos amistoso, por ter notado a hostilidade dela. – Se tiver fome, venha comer; há caldo de carne e raízes no vasilhame de pedra.
Tendo dito isto, o ogro voltou-se para o fogo novamente. Mas em vez de revolver as chamas com o galho, colocou-o no chão com um gesto brusco, e ficou imóvel, sentado com os cotovelos apoiados sobre os joelhos.
A guerreira se levantou da cama improvisada onde dormira, e olhou para sua espada num momento de dúvida que durou apenas um instante. Então pegou a arma e prendeu a bainha à cintura; era melhor estar segura do que demonstrar gentileza. O ogro a olhou por sobre o ombro quando percebeu o que ela fizera, depois voltou a fitar o fogo novamente.
Ela se aproximou do vasilhame que continha a sopa, ainda estava quente. Destampou-o e sentiu o cheiro da carne cozida, dando-se conta então do quanto estava faminta. Serviu-se numa generosa cuia de cerâmica, e se sentou para comer perto da fogueira, há uma distância segura do ogro, que ainda fitava o fogo. Só então ela pode perceber o ogro com nitidez; era enorme e corpulento, com mãos grandes e calejadas, com dedos nodosos e unhas incrustadas de sujeira. Tinha a cabeça totalmente lisa, e orelhas grandes demais, em contraste com os olhos pequenos que ficavam praticamente escondidos à sombra da testa proeminente. A boca enorme estava contraída e, acompanhando o cenho franzido, demonstrava a quantidade de pensamentos que deviam agitá-lo naquele momento. Entretanto, o ogro não parecia sentir raiva, nem demonstrava agressividade. Ele parecia sombrio, com uma expressão torturada de quem carregasse todo o peso do mundo sobre seus ombros.
A guerreira sentiu compaixão por ele, mas logo respirou fundo e voltou à postura defensiva. Precisava pensar com praticidade, saber como havia chegado ali e descobrir se conseguiria partir com o consentimento do ogro ou se precisaria usar de violência para isso. Perguntou então, como quem apenas inicia um conversa casual:
– Como cheguei aqui?
– Eu a trouxe. – respondeu o ogro – Eu estava de passagem pelos ermos quando a vi de longe; vi quando perdeu os sentidos, então a recolhi e trouxe para cá, para que pudesse ser cuidada.
– Por que eu perdi os sentidos? – indagou, confusa – O que viu naquele dia?
– Você tentava mover sozinha uma pedra que daria trabalho a dois homens. – respondeu o ogro – Em meio ao esforço caiu, e quando me aproximei a palidez dos mortos estava no seu rosto. Seu cenho estava franzido, acredito que estava sentindo muita dor.
– Eu sangrava? Estava ferida?
– Examinei você o melhor que pude, e não encontrei nada. Não aparentava estar ferida, e não havia nenhum membro quebrado ou mesmo luxado. A única anormalidade é que sua testa queimava... pra dizer a verdade, a cabeça inteira estava quente como a lâmina de um espada esquecida ao sol.
– Ah. – disse ela, assim que compreendeu do que se tratava, e praguejou – Maldição.
– Você sabe o que aconteceu.
– Que pergunta tola, é claro que não. – retorquiu a guerreira, na defensiva.
– Não foi uma pergunta. Você sabe. – o ogro a encarava, fazendo uma pausa enfática – Mas não é obrigada a me contar.
– Eu não sei! – mentiu ela, odiando as dores constantes na cabeça que constantemente a inutilizavam por dias – E também não é da sua conta!
– Não há motivo pra se alterar. Baixe a guarda, está bem? – afirmou o ogro, com um tom decidido e uma expressão dura e repreensiva.
Ela pensou em pelo menos três respostas desaforadas no minuto seguinte, mas acabou por manter-se calada. Um conflito gratuito com o ogro não a levaria a lugar nenhum, e a afastaria das informações que precisava. Respirou fundo, e decidiu ficar calada por algum tempo, enquanto tomava a sopa que já esfriara, esquecida, em seu colo. Em dado momento, olhou para o ogro discretamente, e arriscou mais uma pergunta.
– A pedra que eu tentava mover... eu consegui?
– Não.
– A gruta ficou aberta. – ela lamentou, a voz era um sussurro para si mesma.
– Não. Eu a fechei. Está selada, não se preocupe. – afirmou o ogro.
– Por quê? – ela indagou, aliviada e perplexa ao mesmo tempo – Por quer se deu ao trabalho de fechar algo que... que não significava nada para você?
– Porque eu olhei lá dentro, e compreendi por que você se esforçou até a exaustão para fechá-la. É um sepulcro, não é?
– É. – respondeu ela, com uma expressão sombria, os olhos fixos no chão.
– Quem jaz lá dentro? – indagou o ogro, com real interesse.
– Sepultado lá está tudo que eu já fui um dia. – respondeu ela, cada vez mais sombria – Meu passado. Meu coração. Minhas lágrimas. A dor lancinante no meu peito. Minha alma. – ela ergueu os olhos e encarou o ogro. – Arranquei tudo de mim e enterrei lá.
O ogro fez um silêncio reverente. Compreendia perfeitamente o que ela dissera. Não ficou decepcionado em saber que o sepulcro era simbólico, nem demonstrou escárnio, como por um momento ela temeu que ele fizesse. Em vez disso ele se calou, partilhando por um momento da dor dela. Então, finalmente, a inquietação que ela sentia em relação ao ogro se afastou.
– Ninguém sabe sobre o sepulcro. – ela afirmou, sustentando o olhar dele quando ele despregou os olhos do chão. – Agora você é o único além de mim que sabe que ele existe e o que ele significa. Gostaria que tomasse essa revelação como um agradecimento.
– Não precisa me agradecer a acolhida. – afirmou o ogro com sinceridade – Muitos outros viajantes poderiam ter feito o mesmo por você se a tivessem encontrado primeiro.
– Eu agradeço, sim, por me acolher e por me cuidar; mas estou agradecendo principalmente por se importar. Foi honrado de sua parte se dar ao trabalho de selar um sepulcro. E seu gesto preservou o que há lá dentro; objetos e lembranças que eu não gostaria de ver violados ou saqueados. Tem minha gratidão e meu respeito, ogro – e, dito isto, ela pôs o punho fechado sobre o coração, e se curvou em reverência – Meu nome é Markka, guerreira da Costa Alta, nação que escolhi para mim.
– Sou Zenthor, ogro artesão nascido no Planalto Árido. Minha caverna é sua morada enquanto precisar. – e logo se corrigiu – Pode partir quando quiser, é claro, mas acho que ainda não está forte o bastante.
– Se eu não for um fardo, aceito a oferta. Não tenho pressa de partir.
"Não mais", pensou a guerreira consigo mesma.
5 comentários:
ResponderExcluirUau, adorei a história! ^^
Muito... cheia de sentimento, como todos os seus textos!
Adorei a história. Como disse a Denize, carregada de sentimentos e simbolismos.
ResponderExcluirSenti no fundo da minha alma a dor/desespero/solidão da guerreira.
Amei a gentileza do ogro - tão mais humano que a maioria dos humanos!
Amei as descrições. Nos faz sentir próximos aos personagens, e imaginar perfeitamente o local em volta deles. Adoro esse tipo de escrita.
Este pedaço mexeu muito comigo:
"Foi honrado de sua parte se dar ao trabalho de selar um sepulcro. E seu gesto preservou o que há lá dentro; objetos e lembranças que eu não gostaria de ver violados ou saqueados. Tem minha gratidão e meu respeito, ogro – e, dito isto, ela pôs o punho fechado sobre o coração, e se curvou em reverência"
E este, tem a escrita de uma beleza imensurável:
"Compreendia perfeitamente o que ela dissera. Não ficou decepcionado em saber que o sepulcro era simbólico, nem demonstrou escárnio, como por um momento ela temeu que ele fizesse. Em vez disso ele se calou, partilhando por um momento da dor dela. Então, finalmente, a inquietação que ela sentia em relação ao ogro se afastou."
Parabéns Marcinha! Lindo texto!
Única correção que vi a fazer:
*orelhas grades demais - GRANDES
Arrasou mana.
ResponderExcluirGostei muitão do texto.
Só achei que ela era desconfiada demais, se o cara acolheu ela 3 dias desacordada e não fez nada, porque faria agora que ela estava acordada??? Não tem lógica.
Mas, achei fofo o ogrinho bonzinho, hahahahhahah. Tomara que a Markka e ele tenham um rolo.
Obrigada, meninas... Essa realmente é uma constante nos meus textos, emoções à flor da pele.
ResponderExcluirObrigada pela correção, Sammy, já ajeitei lá.
Agora comentando bastidores... eu concordo, Nanda, a agressividade e a desconfiaça da guerreira são irracionais sim, chegam a destoar. Assim como é sem noção um ogro tão sensível e honrado. Será essa a vantagem dos personagens de ficção? Essa é a parte engraçada, não. Esses personagens de fantasia foram baseados em pessoas reais, que agem e interagem exatamente assim. E eu devo ressaltar que esse texto é praticamente uma homenagem, por que, nossa, esse ogro é uma pessoa muuuuuito paciente, coitado.
Em tempo, devo alterar o título do post e as tags para melhor localização dos textos da sequencia. Embora essa saga não esteja terminada, ela possui alguma continuação já, e pretendo posta-la aqui. ;)
Caramba Marcinha...você escreve como profissional mesmo...senti como se desbravasse um de meus livros. Seus relatos são extremamente profundos...até simples descrições são verdadeiras obras de arte. E não estou puxando o saco não. Só elogio dessa forma quando acho mesmo.
ResponderExcluirPARABÉS!
Nessa frase:
– Eu não sei! – mentiu ela, odiando as dores constantes na cabeça que constantemente a inutilizavam por dias.
Achei que constantes e constantemente ficaram muito próximas e confundiu um pouco. Não que esteja errado, mas...
Comenta aê!